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MAPA DE INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA, P3 - RACIOCÍCIO CLÍNIC-CIRÚRGICO -…

- - - - série de mudanças anatômicas, fisiológicas e histológicas
        
        culminam em dilatação venosa, alteração na cor e textura da pele e até mesmo úlcera cutânea.
- - - - Desconforto em membros inferiores, dor e inchaço.
        
        A dor pode ser generalizada ou localizada em determinada veia, úlcera ou área de lipodermatosclerose.
        
        Dor e desconforto podem causar limitação à deambulação.
        
        O inchaço piora ao longo do dia em pacientes que permanecem em pé ou sentados por muito tempo.
    - - Idade avançada, obesidade, tabagismo, história familiar de doença venosa crônica; história pessoal de trombose venosa em membros inferiores ou trauma de membro inferior, estilo de vida sedentário com longa permanência diária em ortostatismo ou em posição sentada; gravidez e hiperestrogenismo.
    - - Doença arterial periférica, doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca congestiva, diabetes, artrite e outros. São condições geralmente associadas à doença venosa crônica e que costumam agravar os quadros, tornando os casos mais graves.
    - - surgimento de úlceras venosas ou o sangramento espontâneo ou por trauma de veias varicosas.
  - - - Inicialmente aparece na região perimaleolar no fim do dia. Com a progressão da doença, o edema surge e desenvolve-se ao longo de todo o dia.
        
        alguns achados favorecem o diagnóstico de insuficiência venosa quando:
        
        O edema se limita aos membros inferiores (inicialmente unilateral ou bilateral)
        
        melhora com o decúbito e a elevação do membro (embora outras causas de edema hidrostático também melhorem nesse caso);
        
        acompanhado por outros achados de doença venosa (hiperpigmentação da pele, veias varicosas, reticulares e telangiectasias);
    - - clinicamente se manifesta pela ausência de turgência jugular
        
        esse fato não descarte edema por insuficiência venosa;
        
        Há baixa resposta ao diurético
        
        (visto que o mecanismo fisiopatológico não é hipervolemia), podendo cursar, inclusive, com hipotensão.
    - - Ocorre coloração gradativa da pele, inicialmente na região perimaleolar medial, progredindo para o dorso do pé e perna.
    - - Sinal precoce da doença venosa funcional crônica, apresentando-se como um rash cutâneo eczematoso com eritema, prurido, erosões e crostas. O prurido intenso pode causar escoriações por coçadura.
    - - Manifestação tardia e grave da insuficiência venosa crônica. Paniculite fibrosante do tecido celular subcutâneo acometendo regiões perimaleolares e perna distal, com hiperpigmentação evoluindo com fibrose e endurecimento da pele e com comprometimento venoso e linfático.
    - - Úlceras no trajeto das veias safenas magna e parva, sendo muito comum sua localização perimaleolar (especialmente medial), de aparecimento espontâneo ou decorrente de trauma. Podem ser múltiplas ou única, são dolorosas, superficiais, exsudativas e com tecido de granulação.
- - - - USG com Doppler de MMII
        
        pode confirmar o diagnóstico e ajudar na avaliação da gravidade da doença e na indicação de intervenções terapêuticas.
        
        Indicado em quase todos os casos de doença venosa crônica, seja para confirmação diagnóstica dos casos duvidosos ou refratários, ou para avaliação da natureza e extensão do refluxo venoso que define a proposta terapêutica. Pode avaliar a insuficiência venosa funcional (refluxo venoso), a hipertensão venosa e a trombose venosa profunda (TVP).
      - Venografia
        
        Padrão-ouro no diagnóstico de TVP
        
        Possibilita o diagnóstico anatômico e a avaliação hemodinâmica de todo o sistema venoso do membro, no entanto seu alto custo e caráter invasivo são desvantagens quando comparado ao USG com Doppler. Não é indicada de rotina.
- - - - melhora a hemodinâmica venosa, aumentando a velocidade do fluxo venoso profundo e o retorno venoso, ajudando no fluxo linfático e na microcirculação cutânea, e diminuindo as pressões venosas.
      - As meias de compressão estão disponíveis em cinco gradientes de pressão (< 20, 20 a 30, 30 a 40, 40 a 50 e > 50 mmHg)
        
        As meias de compressão utilizadas no tratamento da doença venosa crônica necessitam exercer uma pressão mínima de 20 a 30 mmHg no tornozelo para serem eficazes.
        
        As meias brancas "antiembolismo", comumente administradas aos pacientes no hospital, exercem compressão variável (variando de 6 a 19 mmHg de pressão no tornozelo) e não são um tratamento adequado de insuficiência venosa.
        
        Um grau mais alto de meias de compressão (30 a 40 mmHg) pode ser necessário com doença venosa crônica mais grave.
        
        As roupas de compressão de maior grau (ex.: 40 a 50 mmHg ou 50-60 mmHg) estão disponíveis, mas normalmente são reservadas para pacientes com linfedema crônico ou no tratamento de cicatrizes de queimadura.
    - - Medicamentos venoativos:
        
        São derivados flavonoides, aumentam o tônus venoso por um mecanismo relacionado com a via da norepinefrina.
        
        Hidroxietilrutosídeo: Mistura-padrão de flavonoides semissintéticos que atuam, principalmente, no endotélio da microvasculatura para diminuir a permeabilidade, reduzindo, assim, o edema e os sintomas.
        
        redução da hiperpermeabilidade capilar, drenagem linfática melhorada, efeitos anti-inflamatórios e diminuição da viscosidade do sangue.
      - Extrato de sementes de castanha de cavalo:
        
        Estimula a liberação de prostaglandinas da série F (PGF2-alfa), que induzem a venoconstrição, diminuindo a permeabilidade das paredes dos vasos a proteínas de baixo peso molecular, água e eletrólitos. Dose de 300 mg 2x/dia.
      - Fração flavanoide purificada micronizada — Diosmin® e Daflon®:
      - Agentes que auxiliam no fluxo e na cicatrização de úlceras:
        
        Ácido acetilsalicílico: Na dose de 300 mg/dia (comprimido revestido) pode acelerar a cicatrização de úlceras venosas crônicas; portanto, é útil em pacientes que não tenham contraindicação para seu uso;
        
        Estanozolol: Esteroide anabólico oral que estimula a fibrinólise do sangue e foi avaliado para o tratamento das mudanças mais avançadas da pele associadas a lipodermatosclerose;
        
        Pentoxifilina: Cicatrização completa ou parcial de úlcera venosa na dose de 800 mg/dia. Efeitos colaterais comuns são os gastrintestinais;
        
        Análogo sintético da Prostaciclina: Iloprosta (Carboprostaciclina, administração parenteral a 0,5 a 2 nanogramas/kg/minuto), é um potente vasodilatador que inibe a agregação e adesão plaquetária, aumenta a deformabilidade dos eritrócitos, altera a função dos neutrófilos radicais e a permeabilidade capilar, e pode ajudar a reparar o endotélio danificado;
        
        Sulodexida: Glicosaminoglicano altamente purificado; tem atividade antitrombótica e profibrinolítica relacionada com sua afinidade para a antitrombina III e o cofator de heparina II, entre outros efeitos farmacológicos.
  - - - As varizes primárias com sintomas persistentes e Doppler evidenciando refluxo venoso têm
    - - nos casos de insuficiência e/ou dilatação de safenas
- - - - Natália Bastos
        
        Juliane Trajano
        
        Valério Azevedo
        
        Priscila Helena Lima
        
        Isabelle Melo
        
        Raylton Jansen
- - - - 3) LEMOS, Priscilla Cardoso et al. Avaliação da pentoxifilina e do sulfato ferroso no tratamento da úlcera varicosa dos membros inferiores. Jornal Vascular Brasileiro, v. 20, 2021.
        
        4) REZENDE, Karen Cristina Pantoja et al. Cuidados de enfermagem aplicados à um paciente com úlcera venosa crônica: relato de caso. Brazilian Journal of Health Review, v. 3, n. 4, p. 10662-10673, 2020.