Please enable JavaScript.

Coggle requires JavaScript to display documents.

DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES PARA GESTÃO DE ESTOQUES DE…

- - - - 1) FDC E O ENSINO DE BIBLIOTECONOMIA NO BRASIL NAS ÚLTIMAS DÉCADAS DO SÉC. XX: CENÁRIO DE MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS.
        
        Na década de 1980, houve avanços significativos na estruturação do ensino de Biblioteconomia no Brasil. Foi aprovado um novo currículo mínimo para o curso de bacharelado, com duração de 4 anos, subdividido em três grupos de disciplinas: Fundamentação Geral, Instrumentais e Formação Profissional. Nesse currículo, introduziu-se a disciplina "Formação e Desenvolvimento de Coleções" em 1982, que abordava princípios, políticas de seleção, aquisição, avaliação e conservação de coleções bibliográficas. A inclusão dessa disciplina representou um avanço nos estudos sobre o tema no Brasil, influenciado pelo conhecimento estrangeiro na área.
        
        Nos anos 1990, a Biblioteconomia no Brasil passou por muitas discussões teóricas, principalmente por causa das mudanças na Ciência da Informação e na tecnologia. Ficou claro que os bibliotecários precisavam aprender a trabalhar com diferentes áreas.
        Nessa época, surgiu o conceito de "Moderno Profissional da Informação" (MIP), sugerido pela Federação Internacional de Documentação (FID), que trouxe novas ideias para o ensino de Biblioteconomia no Brasil. Também houve conversas importantes entre os países do Mercosul, com foco na formação de bibliotecários que soubessem gerenciar informações, valorizar o conhecimento e criar novos produtos.
        
        Nos anos 2000, a expressão "Gestão de Estoques Informacionais" (GEI) começou a aparecer em algumas reformulações de currículos de cursos de graduação. No entanto, esse termo não era amplamente utilizado na literatura da área ou como nome de disciplina na maioria dos cursos.
        Não havia uma base teórica sólida para essa mudança de terminologia, e não se encontravam muitos artigos que a justificassem no Brasil. Isso levou à necessidade de refletir sobre o uso do termo "Gestão de Estoques de Informação" e suas implicações, especialmente na busca por uma mudança de paradigma no ensino e na prática dos bibliotecários na sociedade da informação.
      - 3. GESTÃO DE ESTOQUES DE INFORMAÇÃO: O USO DA NOVA TECNOLOGIA NO CAMPO CIENTÍFICO E ACADÊMICO
        
        Introdução de novos termos na Ciência da Informação e Biblioteconomia para descrever atividades de organização de acervos. Uma pesquisa revelou que o termo "gestão de estoques informacionais" não foi encontrado em periódicos, enquanto "estoques de informação" apareceu em nove artigos, e "Gestão de Estoques de Informação" não teve resultados. Isso aponta para a falta de consolidação da associação entre "gestão" e "estoques de informação" na literatura, suscitando dúvidas quanto à compreensão e aplicação desses novos termos. Essas atividades possuem uma natureza gerencial, o que impacta na compreensão do papel e da postura do bibliotecário como gestor.
      - 2) CONCEITOS DE GESTÃO DE ESTOQUES DE INFORMAÇÃO: UMA REFLEXÃO PARA OS TEMPOS ATUAIS.
        
        A sociedade digital transformou como as informações são criadas, usadas e compartilhadas, tanto dentro como fora das bibliotecas. Isso significa que é necessário repensar como as bibliotecas organizam suas coleções, adotando uma abordagem mais orientada para a gestão e adequada ao perfil dos usuários modernos. Para tal, segue a proposta da atualização do termo Formação e Desenvolvimento de Coleções para Gestão de Estoques de Informação, tanto em seus aspectos administrativos quanto na relação do bibliotecário e da biblioteca com seu público-alvo.
        
        2.2 Estoques de Informação
        
        Os estoques de informação precisam estar em constante movimento, serem dinâmicos e atrativos. A gestão desses estoques deve se concentrar na criação e atendimento das demandas de informação, com o objetivo de torná-los valiosos para a instituição que mantém a unidade de informação. Isso requer revisões regulares e periódicas, pois seu propósito principal é atender a necessidades específicas. Eles devem ser constantemente atualizados e divulgados para evitar que fiquem parados nas prateleiras. Em vez disso, devem ser "consumidos" para gerar conhecimento em um público cada vez mais exigente e independente.
        
        2.3 Interagente da informação
        
        O texto aborda :explode: a falta de consenso na terminologia usada para descrever frequentadores de bibliotecas em pesquisas. :explode: Propõe o termo "interagente" para destacar o envolvimento ativo desses frequentadores na criação e disseminação de informações, especialmente no ambiente digital. :explode: Enfatiza a importância da participação ativa dos usuários na relação com a informação e introduz conceitos que analisam as interações entre leitores, pesquisadores e informações nas bibliotecas. :explode:Ressalta o papel dos bibliotecários como mediadores e interagentes e :explode: a necessidade de uma formação acadêmica que integre essas mudanças paradigmáticas na gestão da informação em cursos de Biblioteconomia.
        
        2.1 Gestão
        
        Gerenciar acervos significa :explode:Definir critérios para seleção, aquisição, avaliação e preservação de recursos de informação para torná-los acessíveis com alta qualidade. :explode: Estabelecer metas de desenvolvimento e expansão do acervo, considerando os objetivos da instituição, as necessidades de informação e o contexto global. :explode:Planejar todas as atividades, incluindo a captação de recursos humanos e financeiros necessários para alcançar as metas. :explode: Reconhecer que o sucesso não é apenas medido em termos financeiros, mas também em termos de qualidade e impacto. :explode: Contar com um gestor qualificado e responsável por liderar todo o processo de recursos e políticas administrativas relacionadas aos acervos.
      - 4. DE FDC PARA GEI: NOVAS NOMENCLATURAS NOS CURSOS BRASILEIROS
        
        O uso de novas nomenclaturas em cursos de Biblioteconomia no Brasil, em substituição à disciplina tradicional "Formação e Desenvolvimento de Coleções". Uma pesquisa em trinta e sete cursos revelou que apenas cinco deles adotaram termos como "gestão" e "estoque informacional" nos títulos das disciplinas. No entanto, ao analisar as ementas, constatou-se que a maioria dos cursos ainda mantém abordagens tradicionais centradas em seleção e aquisição de materiais, com pouca ênfase na gestão de estoques de informação. A mudança na terminologia não refletiu uma abordagem mais aprofundada da gestão em coleções de bibliotecas como estoques de informação.