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FEBRE SEM SINAIS (PEDIATRIA), PROTOCOLO USP, CRITÉRIO DE ROCHESTER para…
FEBRE SEM SINAIS
(PEDIATRIA)
Comum
Anamnese detalhada consegue descartar causas
:warning: < 36 meses normalmente não consegue - ALERTA
< 36 MESES
CAUSAS
Doença infecciosa autolimitada
Fase prodrômica de uma doença infecciosa benigna
Infecção bacteriana grave (IBG) --> risco morbidade e mortalidade
BACTEREMIA OCULTA
Hemocultura positiva em criança que está com febre
Sem infecção localizada
Bom estado geral
Pouco ou nenhum achado clínico
NORMAL: Resolução espontânea
CASOS GRAVES: Evolui para meningite, , pneumonia, artrite séptica, osteomielite e sepse.
Ver situação vacinal da criança
CRIANÇA VACINADA: Eschericha coli, Staphylococcus aureus e Salmonella sp
CRIANÇA NÃO VACINADA: Haemophilus influenzae tipo b e Streptococcus pneumoniae
INFECÇÃO URINÁRIA OCULTA
MAIS COMUM DE FSSL
GRUPO DE RISCO: meninas menores de 24 meses de idade, meninos não circundados menores de 12 meses e meninos circundados menores de 6 meses
Vacinação não tem interferência
PNEUMONIA OCULTA
ANAMNESE: achados de tosse, falta de ar, desconforto respiratório
EXAME FÍSICO: FR, dificuldade respiratória, alteração na ausculta pulmonar, queda da spO2
Mas pode não ter nenhum desses sinais ---> PNEUMONIA OCULTA
-FATORES DE RISCO:
Febre > 39ºC
Número aumentado de leucócitos no hemograma (acima de 20.000/mm3)
DEFINIÇÃO
FEBRE = elevação da temperatura corpórea em respostas a estímulos
Medição + confiável = oral e retal
Axilar menos confiável, mas adequada para triagem clínica
Não há consenso de valor exato para considerar FEBRE
Mais utilizados são:
retal > 38,3ºC
oral > 38ºC
axilar > 37,8ºC
FEBRE SEM SINAIS LOCALIZATÓRIOS
Ocorrência de febre com menos de 7 dias de duração, em criança na qual a história clínica completa e o exame físico cuidadoso não revelam a causa da febre.
INFECÇÃO BACTERIANA GRAVE
(IBG)
bacteremia, infecção urinária, pneumonia, meningite, artrite séptica, osteomielite, celulite e sepse
MAIS COMUM: bacteremia, infecção urinária e pneumonia
AVALIAÇÃO CLÍNICA
PRINCIPAIS FATORES DE RISCO: estado geral, idade, temperatura e situação vacinal
presença de toxemia, alteração do estado geral ou instabilidade dos sinais vitais = TTO
SEPSE
Tentar sempre avaliar a criança sem febre, pois ela pode alterar o exame = ver a criança fora do período febril
CLÍNICA NÃO É MANDATÓRIA
Lactentes jovens (< 3 meses)
: imaturidade imunológica, manifestações inespecíficas e as infecções evoluem rapidamente para sepse. Protocolos fazem condutas mais invasivas e agressivas a esse público.
Acima de 36 meses
o risco cai
Cuidar febre acima de 39 graus associada a leucocitose acima de 20.000/mm³ (PNEUMONIA OCULTA)
Criança com duas doses das vacinas pneumococo e hemófilo tem risco muito menor de bacteremia oculta, assim podem ter uma avaliação menos invasiva
AVALIAÇÃO
LABORATORIAL
HEMOGRAMA
Avaliar leucócitos e contagem total de neutrófilos
Nas crianças não vacinadas para pneumococo e hemófilo uma contagem total de leucócitos acima de 20.000/mm3 ou uma contagem total de neutrófilos acima de 10.000/mm3 estão associadas com um risco aumentado de IBG nas crianças com FSSL
Lactentes jovens (menores de 3 meses de idade), contagens de leucócitos totais acima de 15.000/mm3 ou abaixo de 5.000/mm3 são fatores de risco para IBG
EXAME DE URINA
Teste rápido: pesquisa de leucócitos enterase e nitrito são úteis (mas tem sensibilidade e especificidade variável)
LEUCOCITÚRIA: utilizada no protocolo como indicativo de ITU
CONFIMAÇÃO: Urucultura
Criança sem controle esfincteriano pegar o material por sondagem vesical
RX DE TÓRAX
Não é necessário em todas as crianças com FSSL
REALIZAR: alteração de FR ou queda da SpO2 e em crianças com febre acima de 39ºC e leucócitos totais acima de 20.000/mm³
PROVAS DE FASE AGUDA
PCR
e
PCT
(procalcitonina)
PCT é mais sensível para febre com menos de 12 horas, tem maior sensibilidade e especifidade para diferenciar doença bacteriana ou viral (ALTO CUSTO, NORMALMENTE NÃO DISPONÍVEL)
objetivo a identificação de IBG, os níveis de corte de 80 mg/L para PCR ou 2 ng/mL para PCT apresentam especificidade de 90% e sensibilidade de 40 a 50%. Para descartar IBG os níveis de corte de 20 mg/L para PCR ou 0,5 ng/mL para PCT apresentam sensibilidade de 80% e especificidade de 70%.
PESQUISA DE VÍRUS RESPIRATÓRIO
Herpesvírus humano tipo 6
Adenovírus
Influenza
Vírus sincicial respiratório
Sars-Cov-2
CONDUTA
Tratado de Pediatria (5ª Edição) disponibiliza protocolo da USP
Rever o protocolo no centro que está trabalhando
Sempre reavaliar a criança até cessar os sintomas
Ver situação epidemiológica no local trabalhado
PROTOCOLO USP
Criança de 0 a 36 meses com FSSL
Comprometimento do Estado Geral
SIM
(Independente da idade)
Internação
Exames laboratorais:
PVR
Hemograma completo
EQU/ Urocultura
LCR
RX tórax
Antibioticoterapia empírica
NÃO
(Conduta com a idade)
< 30 dias
1 a 3 meses
3 a 36 meses
Vacinação
completa
(pelo menos duas doses da vacina conjugada para Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae)
PVR
Considerar EQU/ Urocultura (Coletar urocultura nas meninas menores de 24 meses; nos meninos não circuncidados menores de 12 meses e nos meninos circuncidados menores de 6 meses.)
Reavaliação diária
Vacinação
imcompleta
PVR
Tax. > 39ºC
1 more item...
Tax. <= 39ºC
1 more item...
Critérios de Rochester
PVR
Hemograma completo
EQU
Baixo risco
Reavaliação diária
Alto risco
Internação
Ex. Laboratoriais:
Hemograma completo
LCR
RX tórax
Atb. empírica
Internação
Exames laboratoriais:
PVR (Pesquisa do vírus respiratório)
Hemograma completo
EQU/ Urucultura
LCR
RX tórax
Antibioticoterapia empírica
(associação ampicilina + cefotaxima ou ceftriaxona)
CRITÉRIO DE ROCHESTER
para avaliação de risco em crianças febris abaixo de 60 dias
Critérios de baixo risco para infecção bacteriana grave
= Completar todos os critérios
1) Critérios Clínicos
Previamente saudável
Nascido a termo e sem complicações durante hospitalização no berçário
Sem aparência tóxica
Sem evidência de infecção bacteriana ao exame físico
Sem doença crônica
2) Critérios laboratoriais
Contagem de leucócitos entre 5 e 15.000/mm³
Contagem absoluta de bastonetes < 1.500/mm³
Microscopia sedimento urinário com contagem <= 10 leucócitos/campo
ISABELLA STIVANIN LACERDA
VIII SEMESTRE - TURMA 3 MEDICINA
GRUPO 1
REFERÊNCIA
Júnior, Dioclécio, C. et al. Tratado de pediatria. v.1. Disponível em: Minha Biblioteca, (5th edição). Editora Manole, 2021.