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Infecções na gestação - toxoplasmose - Coggle Diagram
Infecções na gestação - toxoplasmose
O
Toxoplasma gondii
é um protozoário intracelular obrigatório que existe em 3 formas
Na infecção primária, o gato pode eliminar milhares de oocistos diariamente por 1 a 3 semanas. Estes oocistos podem permanecer infectantes por mais de 1 ano em ambientes quentes e úmidos.
Forma de contaminação:
mãos mal lavadas após manipular jardins ou caixa de areia com fezes de gatos; consumo de comida ou água contaminada com oocistos de T. gondii; consumo de carne ou derivados de carne contendo taquizoítos ou bradizoítos viáveis; inalação de poeira contaminada com oocistos; via transfusão sanguínea ou transplante de órgãos.
Infecção fetal:
resulta de passagem transplacentária e transmissão de parasitas após a infecção primária materna durante a parasitemia. Mulheres infectadas previamente não transmitem.
A transmissão fetal se relaciona diretamente com a idade gestacional, enquanto que o risco de acometimento fetal é inversamente proporcional.
Acometimento fetal
abortamento, catarata, estrabismo, icterícia, calcificações intracranianas difusas, microcefalia, microftalmia, crescimento intrauterino restrito, hidropsia fetal, surdez e hepatoesplenomegalia.
Tétrade de Sabin:
micro ou macrocefalia, calcificações cerebrais, coriorretinite, perturbações neurológicas (retardo psicomotor).
Diagnóstico:
a maioria das gestantes é assintomática, mas pode haver rash cutâneo, febre, mialgia, adenomegalia. A triagem deve ser feita pelas sorologias IgM e IgG na 1ª consulta.
Paciente suscetível (IgG-; IgM-):
realizar ações de prevenção e repetir sorologia trimestralmente e no momento do parto.
Paciente imune (IgG+; IgM-):
doença antiga ou toxo crônica.
Infecção aguda ou crônica (IgG+; IgM+):
iniciar espiramicina e realizar avidez de IgG na mesma amostra, se ≤ 16 sem.
Alta avidez:
infecção crônica.
Baixa avidez:
infecção aguda; realizar ecografia fetal mensal.
Avidez intermediária:
costuma ser encarada como infecção aguda.
Infecção aguda ou falso positivo (IgG-; IgM+):
iniciar espiramicina e repetir sorologia em 3 semanas.
Se IgG positivar, infecção aguda e realizar ecografia fetal mensal.
Se IgG mantiver-se negativo, é considerado falso-positivo; suspender espiramicina e repetir sorologia a cada 3 meses.
Infecção fetal:
é realizado por PCR no líquido amniótico a partir de 16 semanas, que é o padrão-ouro. Pode-se pesquisar anticorpos IgM ou IgA, que não cruzam a barreira placentária, na circulação fetal.
Rastreio na gestação:
crescimento intrauterino restrito, óbito fetal, baixo peso ao nascer, parto prematuro.
Rastreio no RN:
exame oftalmológico e neurológico, acompanhamento com IgM, IgG e IgA, avaliação auditiva, TGO e TGP, hemograma.
Tratamento:
após o diagnóstico de infecção materna aguda, iniciar espiramicina. Na ocorrência de comprometimento fetal confirmado, iniciar terapia tripla com sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico.
USG + PCR em tempo real no líquido amniótico (18ª - 21ª semana).
PCR neg E USG normal - manter espiramicina até o final da gestação.
PCR neg E USG alterada - SPAF até o final da gestação.
PCR pos - SPAF até o final da gestação.
Esquema terapêutico sem a possibilidade de avaliar o líquido amniótico
Até 16 sem:
espiramicina 3 g/dia.
De 17 - 33 sem:
sulfadiazina 4 g/dia + pirimetamina 100 mg/dia por 2 dias, e 50 mg/dia após + ác. fólico 15 mg/dia.
Após 34 sem:
espiramicina 3 g/dia.
Prevenção:
não comer carne crua ou malpassada; dar preferência a carnes congeladas; não comer ovos crus ou malcozidos; beber água filtrada; usar luvas para manipular alimentos e carnes cruas; não usar a mesma faca para cortar carnes, vegetais e frutas; lavar bem frutas, verduras e legumes; evitar contato com gatos e objetos contaminados com suas fezes; usar luvas ao manusear terra ou jardim.