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Climatério, Sintomas CONSEQUÊNCIAS DO HIPOESTROGENISMO, Menopausa -…
Climatério
período fisiológico que se inicia desde os primeiros indícios de insuficiência ovariana, mesmo que os ciclos continuem regulares ou até ovulatórios, e termina na senectude ou senilidade que, por sua vez, se inicia aos 65 anos (Figura 1). Portanto, cada mulher pode iniciar seu climatério de forma diferente, tanto em cronologia quanto em relação aos sintomas
O diagnóstico do climatério é clínico. Não há necessidade de dosagens hormonais para confirmá-lo quando há irregularidade menstrual ou amenorreia e quadro clínico compatível.
Sintomas
CONSEQUÊNCIAS DO HIPOESTROGENISMO
há receptores estrogênicos em diferentes concentrações em vários locais do organismo, como na pele, ossos, vasos, coração, diversas regiões do cérebro, mama, útero, vagina, uretra e bexiga
ALTERAÇÕES NO CICLO MENSTRUAL: irregularidade menstrual (resulta dos ciclos anovulatórios cada vez mais comuns).
Na perimenopausa, o desenvolvimento de ginecopatias, como miomas e pólipos, é favorecido e, nos casos de sangramento intenso, é obrigatória a investigação e exclusão de afecções endometriais com atenção às hiperplasias e ao câncer de endométrio.
SINTOMAS VASOMOTORES
fogachos e suores noturnos.
sensação súbita de calor intenso que se inicia na face, pescoço, parte superior dos troncos e braços, e se generaliza. Além disso, é seguida por enrubescimento da pele e subsequente sudorese profusa. Observa-se aumento do fluxo sanguíneo cutâneo, taquicardia, aumento da temperatura da pele devido à vasodilatação e, eventualmente, palpitação.
-Cada episódio dura aproximadamente dois a quatro minutos e ocorre diversas vezes no decorrer do dia. É especialmente comum à noite, prejudicando a qualidade do sono e contribuindo para irritabilidade, cansaço
ALTERAÇÕES NO SONO
devido à flutuação hormonal: menor duração, aumento nos episódios de despertar noturno e menor eficácia do sono
sintomas correlacionados: HAS, DM, depressão, ansiedade...
ALTERAÇÕES DO HUMOR
ALTERAÇÕES COGNITIVAS: redução da atenção e alterações da memória. há queixas de esquecimento, piora na perda de memória verbal, processamento rápido de informações e demência.
O estrogênio tem papel modulador nos sistemas neurotransmissores, influenciando o desempenho nas tarefas de aprendizagem e memória, bem como sua ação no hipocampo e lobo temporal. Apesar do hipoestrogenismo estar intrinsecamente relacionado às alterações cognitivas, a fase de transição, que cursa com oscilações hormonais, parece ser a mais sintomática. Após período de piora da performance cognitiva na perimenopausa, observa-se retorno da capacidade usual no período pós-menopausa.
ALTERAÇÕES EM PELE E FÂNEROS
CABELO: Torna-se mais fino e pode aumentar o padrão de queda
A síndrome do olho seco: Ela se caracteriza por irritação ocular, ressecamento, pressão, sensação de corpo estranho, aspereza, queimação e fotofobia. Esses sintomas parecem decorrer tanto da diminuição dos níveis de estrogênio quanto de androgênios.
AUDITIVAS : diminuição da redução auditiva
PELE: Há um declínio do colágeno e da espessura da pele
PESO CORPORAL × CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL
ALTERAÇÕES ATRÓFICAS
a síndrome geniturinária (SGM) ou Atrofia Vulvovaginal (AVV):
alterações histológicas e físicas da vulva, vagina e trato urinário baixo devido à deficiência estrogênica.
Genitais: ressecamento, ardência e irritação;
Sexuais: ausência de lubrificação, desconforto ou dor (dispareunia e piora da função sexual);
Urinários: urgência miccional, disúria, infecções recorrentes do trato urinário, piora da incontinência urinária preexistente.
DISFUNÇÃO SEXUAL: É um reflexo dos quadros de dispareunia e do ressecamento vaginal. A vascularização vaginal é reduzida e a lubrificação não é efetiva.
ALTERAÇÕES ÓSSEAS E ARTICULARES: osteoporose .
As fraturas mais comuns relacionadas à osteoporose são as de rádio distal (Colles), de coluna vertebral e de fêmur proximal (quadril).
ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES E METABÓLICAS
A transição menopáusica, por si só, é fator de risco para a SM (em função do hipoestrogenismo, o perfil hormonal passa a ser androgênico )
Menopausa
PÓS-MENOPAUSA(período que se inicia 12 meses após a última menstruação e vai até os 65 anos.)
Na tentativa de estimular uma adequada produção de estradiol pelos ovários, a hipófise é ativada por picos de hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) e secreta grandes quantidades de gonadotrofinas, levando a um estado de hipogonadismo hipergonadotrófico. Devido à redução da resposta ovariana às gonadotrofinas, os níveis de FSH e LH são marcadamente elevados nos primeiros anos após a menopausa, decrescendo com o envelhecimento.
O Hormônio Antimülleriano (AMH ou HAM): diminui para níveis indetectáveis na pós-menopausa
Com a diminuição da massa folicular, ocorre relativo aumento no estroma ovariano, porção responsável pela produção de androstenediona e testosterona. Em geral, a síntese dos esteroides androgênicos está diminuída, mas a produção remanescente é suficiente para manter os ovários ativos. Esses androgênios, principalmente a androstenediona, servem como substrato para a aromatização periférica.
No ovário, a produção de estradiol é quase nula. Já no tecido adiposo, por meio da aromatização periférica da androstenediona, a produção da estrona é mantida e, mesmo em pequenas concentrações circulantes, passa a ser o principal estrogênio na pós-menopausa. Quanto à progesterona, não há mais produção.
Fecha diagnóstico: níveis de FSH acima de 40 mUI/ml e de estradiol (E2) menores do que 20 pg/ml são característicos do período pós-menopáusico.
PATOGENIA
a menopausa é um evento ovariano secundário à atresia fisiológica dos folículos primordiais.(pode ser influenciada pelo eixo Hipot. -hipofisário.
Pode ocorrer de forma natural ou artificial (ex: após alguma cirurgia)
DINÂMICA FOLICULAR NAS ETAPAS DA VIDA DA MULHER (menacme: periodo entre menarca e menopausa)
na vida fetal há um pool de folículos imaturos, que vai reduzindo e então ao nascimento cada ovario possui aprox. 1milhão de foliculos primordiais.
durante a vida reprodutiva, apenas 300 a 400 folículos serão ovulados.
o consumo de pool folicular com o passar dos anos determina alterações hormonais importantes, responsáveis pelas modificações fisiológicas características do período peri e pós-menopausa.
TRANSIÇÃO MENOPAUSAL
se caracteriza pela irregularidade do ciclo menstrual devido à variabilidade hormonal e ovulação inconstante.
A diminuição maciça do número de folículos ovarianos resulta na queda gradual da inibina B que, por sua vez, desativa o feedback negativo sobre a hipófise, liberando a secreção do hormônio folículo-estimulante (FSH) na tentativa de aumentar o recrutamento folicular. O resultado dos níveis elevados de FSH é a aceleração da depleção folicular até o seu esgotamento.
A contínua perda da reserva folicular diminui os níveis de estradiol que não são mais suficientes para estimular o pico de hormônio luteinizante (LH), encerrando, assim, os ciclos ovulatórios. Sem a ovulação propriamente dita, não há formação do corpo lúteo e, consequentemente, produção de progesterona. Além disso, os níveis de estradiol não são suficientes para estimular o endométrio, levando à amenorreia.
evento fisiológico e inevitável que ocorre devido ao envelhecimento ovariano e sua consequente perda progressiva de função.
a idade média geral da menopausa é de 48,7 anos, variando entre 46 e 52 anos. A menopausa que acontece antes dos 40 anos, de forma espontânea ou artificial, é denominada de insuficiência ovariana prematura. É tardia, quando ocorre após os 52 ou 55 anos, dependendo da referência bibliográfica.