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Diarreia Aguda e Crônica - Coggle Diagram
Diarreia Aguda e Crônica
Manifestações clinicas
Aguda
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Desidratação
Boca seca, sede intensa, diminuição da urina e cansaço.
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Padrão Epidêmico
Em casos de infecções por vírus ou bactérias em comunidades, a diarreia aguda pode afetar várias pessoas simultaneamente.
Crônica
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Desconforto Digestivo
Inchaço, gases ou sensação de plenitude após as refeições.
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Sintomas Associados
Náusea, vômitos, febre e urgência fecal.
Desidratação
Boca seca, urina escura e tonturas.
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Diagnóstico
Aguda
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Leucocitose com neutrofilia e desvio à esquerda em infecções bacterianas invasivas com diarreia inflamatória.
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Desidratação causa hipovolemia, elevando creatinina e ureia.
Distúrbios eletrolíticos ligados a perdas entéricas, requerem correção.
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Leucócitos Fecais: Identifica processos inflamatórios, mas não é específico para infecções.
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Pesquisa de Toxinas e Antígenos: ELISA para toxinas do Clostridium difficile, antígenos de rotavírus, Giardia, Cryptosporidium. PCR também é utilizado.
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Retossigmoidoscopia Flexível: Indicada em proctite (tenesmo, dor retal) e suspeita de colite pseudomembranosa.
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Crônica
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Hemograma: Anemia relacionada à disabsorção, infecção, inflamação ou disfunções em órgãos como fígado e pâncreas.
Exames de Fezes: Detecção de parasitas, bactérias ou vírus causadores da diarreia.
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Colonoscopia: Avaliação do cólon, identificação de inflamações ou lesões.
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Tomografia Computadorizada ou Ressonância: Pode ser utilizada para avaliar complicações ou encontrar anormalidades.
Geral
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Aguda: duração inferior a 2 semanas, tipicamente relacionada a quadros infecciosos, especialmente de etiologia viral.
Subaguda ou persistente: 2-4 semanas, representa quadro autolimitado ou apresentação inicial de diarreia crônica.
Crônica: duração superior a 4 semanas, com vasto diagnóstico diferencial a ser identificado com base em outros dados clínicos descritos a seguir.
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Origem baixa: múltiplos episódios de evacuação de menor volume associados a sintomas de tenesmo ou puxo.
Origem alta: menor número de episódios com grande volume de evacuação associados a náuseas e vômito proeminentes.
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Diurna e noturna: considerar doenças sistêmicas (doenças inflamatórias intestinais) ou diarreias secretivas (p. ex., colite microscópica).
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Inflamatória: presença de produtos patológicos (sangue, muco ou pus).
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Lactose: intolerância à lactose extremamente prevalente em população adulta, com maior facilidade de estabelecimento de nexo causal entre exposição e sintomas.
Glúten: doença celíaca, ou enteropatia relacionada a glúten, pode cursar com diarreia disabsortiva e manifestações extraintestinais. Está associada a outras doenças autoimunes. Há maior dificuldade de estabelecimento de relação entre exposição e sintomas.
A avaliação da diarreia deve sempre se iniciar por sua duração. Já a divisão didática em aquosa, inflamatória e disabsortiva é útil, no entanto de difícil distinção em anamnese. É preciso valorizar epidemiologia, cronologia e sintomas associados. Nesse contexto, a solicitação racional de exames complementares auxiliará na confirmação de hipóteses diagnósticas
O diagnóstico da diarréia baseia-se nas queixas de defecação frequente e no relato de fatores associados, inclusive doenças coexistentes, uso de fármacos e exposição a possíveis patógenos intestinais. Os distúrbios como DII e doença celíaca devem ser considerados. Quando o início da diarreia está relacionado com uma viagem ao exterior, deve-se considerar a possibilidade de diarreia do viajante.
Tratamento
Aguda
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Hidratação Oral: O uso de soluções de reidratação oral (SRO) é fundamental para prevenir a desidratação, especialmente em casos de diarreia aguda. Essas soluções contêm água, eletrólitos e glicose para repor os fluidos perdidos.
Antidiarreicos: Medicamentos antidiarreicos, como a loperamida, podem ser usados para reduzir a frequência das evacuações e melhorar a consistência das fezes. No entanto, é importante usá-los com cautela, pois podem reter bactérias ou toxinas no intestino.
Antieméticos: Caso ocorram vômitos frequentes junto com a diarreia, antieméticos podem ser prescritos para aliviar a náusea e os vômitos.
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Hidratação Adequada: Beber líquidos, como água, caldo, suco de frutas diluído e chás de ervas, ajuda a repor os fluidos perdidos durante a diarreia e prevenir a desidratação.
Alimentação Leve: Consumir alimentos leves e de fácil digestão, como arroz, bananas, maçãs, torradas e purê de batata, pode ajudar a fornecer nutrientes sem sobrecarregar o sistema digestivo.
Evitar Alimentos Irritantes: Evitar alimentos picantes, gordurosos, fritos, lácteos não pasteurizados e alimentos que possam agravar os sintomas.
Higiene Adequada: Lavar as mãos com frequência, especialmente após usar o banheiro e antes de comer, pode ajudar a prevenir a propagação de infecções que causam diarreia.
Descanso: Descansar e evitar esforços excessivos pode ajudar o corpo a se recuperar mais rapidamente.
Monitoramento: Acompanhar a frequência e consistência das evacuações, juntamente com os níveis de hidratação, é importante para garantir que a diarreia esteja sendo gerenciada adequadamente.
Crônica
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Medicamentos Antidiarreicos: Em alguns casos, antidiarreicos como a loperamida podem ser usados para controlar os sintomas, reduzindo a frequência e melhorando a consistência das fezes.
Tratamento de Condições Subjacentes: Se uma causa específica for identificada (como infecções crônicas, doenças inflamatórias intestinais), os medicamentos direcionados para tratar essas condições podem ser prescritos.
Antibióticos e Antiparasitários: Se a diarreia crônica for causada por infecções bacterianas ou parasitárias, medicamentos específicos podem ser prescritos para tratar a infecção.
Medicamentos para Controlar a Inflamação: Caso a inflamação esteja envolvida, medicamentos anti-inflamatórios ou imunossupressores podem ser indicados para reduzir a resposta inflamatória.
Probióticos: A suplementação com probióticos pode ajudar a restaurar o equilíbrio da microbiota intestinal e melhorar a saúde digestiva.
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Modificação da Dieta: Uma dieta equilibrada e adaptada às necessidades individuais pode ajudar a reduzir os sintomas. Isso pode incluir evitar alimentos que desencadeiam a diarreia, adotar uma dieta rica em fibras solúveis e limitar o consumo de alimentos irritantes.
Hidratação Adequada: Manter-se bem hidratado é fundamental para prevenir a desidratação, especialmente se a diarreia crônica levar a perdas de líquidos.
Alimentação Fracionada: Consumir refeições menores e mais frequentes pode ajudar a aliviar a carga sobre o sistema digestivo e minimizar os sintomas.
Redução do Estresse: A prática de técnicas de gerenciamento do estresse, como yoga, meditação e exercícios de relaxamento, pode ser benéfica para alguns indivíduos com diarreia crônica relacionada ao estresse.
Acompanhamento Médico Regular: Manter um acompanhamento regular com um médico especialista em gastroenterologia é importante para monitorar a progressão da condição e ajustar o tratamento conforme necessário.
Adoção de Hábitos de Higiene: Praticar bons hábitos de higiene, como lavar as mãos regularmente, é crucial para prevenir infecções que podem agravar a diarreia crônica.