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PRIMEIRA REPÚBLICA (1889-1930) - Coggle Diagram
PRIMEIRA REPÚBLICA (1889-1930)
Proclamação da República e governos militares.
Proclamação da República (1889)
:
Aconteceu em 15 de novembro de 1889. Liderada por militares e civis insatisfeitos com a monarquia. Depôs o imperador Dom Pedro II e estabeleceu um regime republicano no Brasil. Marechal Deodoro da Fonseca assumiu a presidência. Fim da monarquia e início da Primeira República.
Primeira República (1889-1930)
:
Período marcado por instabilidade política e alternância de presidentes.Política do "café com leite": revezamento de presidentes de São Paulo e Minas Gerais.Oligarquias regionais mantiveram controle político e econômico.Voto censitário e restrito, pouca participação popular.Setores urbanos crescentes reivindicaram reformas políticas e sociais.Economia agrário-exportadora com base no café.
NÃO MILITARES
Prudente de Morais (1894-1898): Primeiro presidente civil, consolidou a República.
Campos Sales (1898-1902): Adotou a política do "encilhamento" para estimular a economia.
Rodrigues Alves (1902-1906): Impulsionou melhorias urbanas em São Paulo.
Afonso Pena (1906-1909): Priorizou o desenvolvimento econômico e a educação.
Nilo Peçanha (1909-1910): Assumiu após a morte de Afonso Pena e promoveu reformas sociais.
Hermes da Fonseca (1910-1914): Liderou a política das "salvações", intervindo em estados.
Wenceslau Brás (1914-1918): Presidiu durante parte da Primeira Guerra Mundial.
Delfim Moreira (1918-1919): Vice-presidente que assumiu após a renúncia de Rodrigues Alves.
Epitácio Pessoa (1919-1922): Presidiu durante a Semana de Arte Moderna de 1922.
Arthur Bernardes (1922-1926): Enfrentou revoltas tenentistas e o movimento separativista do Contestado.
Washington Luís (1926-1930): Último presidente da Primeira República, foi deposto pela Revolução de 1930.
Governos Militares na Primeira República
:
A instabilidade política levou a vários golpes e revoltas militares.Política dos governadores: acordos entre presidentes e líderes estaduais para manter o poder.Movimentos tenentistas: oficiais militares jovens questionaram a política oligárquica.Revolta Paulista de 1924 e Revolução de 1930: levantes militares que culminaram na queda do presidente Washington Luís e na ascensão de Getúlio Vargas.
Marechal Deodoro da Fonseca (1889-1891)
: Primeiro presidente do Brasil após a Proclamação da República.
Marechal Floriano Peixoto (1891-1894)
: Sucessor de Deodoro, enfrentou a
Revolta da Armada
cujo objetivo era tentar derrubar o governo Floriano, considerado ilegítimo por alguns oficiais do Exército e da Marinha. Diante da impossibilidade de tomar a capital federal, os revoltosos da Revolta da Armada foram para o Sul do país, onde estava em curso a Revolução Federalista, e se aliaram às forças do Partido Federalista.
Política Interna
Intervenção no Sul: Júlio de Castilhos comandava a oligarquia positivista gaúcha e o Partido Republicano Rio-Grandense, que entrou em confronto com o Partido Federalista, liderado por Silveira Martins. O governo Floriano intervém, com a liderança do Coronel Moreira César, em apoio a Júlio de Castilhos.
Legado:
A Proclamação da República marcou o fim da monarquia e o início da República. A Primeira República foi marcada por coronelismo, voto restrito e instabilidade política.Os movimentos militares prepararam o terreno para a Revolução de 1930, que encerrou a Primeira República e levou Getúlio Vargas ao poder.
Constituição de 1891
Forma de Governo e República: Estabeleceu o Brasil como uma República Federativa, com um sistema presidencialista de governo.
Divisão dos Poderes: Definiu a separação entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, com seus respectivos papéis e atribuições.
Sistema Eleitoral: Adotou o sistema de voto direto, secreto e universal para eleições, exceto para analfabetos, mendigos e soldados.
Federalismo: Instituiu o federalismo, concedendo autonomia e competências próprias aos estados e municípios.
Liberdade Religiosa: Garantiu a liberdade de culto e separação entre Igreja e Estado.
Direitos Individuais: Assegurou direitos fundamentais como liberdade de expressão, de associação e de imprensa.
Abolição da Escravidão: Refletiu a recente abolição da escravidão, determinando a igualdade perante a lei.
Cidadania e Nacionalidade: Estabeleceu critérios para a cidadania brasileira, incluindo estrangeiros residentes.
Forças Armadas: Regulou a organização e o papel das Forças Armadas, definindo a hierarquia e a disciplina militares.
Mandato Presidencial: Fixou mandato presidencial de quatro anos, com possibilidade de reeleição.
O REGIME OLIGÁRQUICO NO BRASIL
Política dos Estados: As decisões políticas eram influenciadas por grupos oligárquicos, conhecidos como "coronéis", que detinham poder local em seus estados.
Coronelismo: O coronelismo era um sistema de poder em que os líderes locais, chamados de "coronéis", exerciam grande influência sobre a população, controlando empregos, terras e relações sociais.
Sistema Eleitoral Censitário: O sistema eleitoral era restritivo, baseado em critérios como renda e educação, o que limitava a participação popular nas eleições.
Sistema Partidário: Dois principais partidos dominaram o cenário político: Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM), ambos representando as oligarquias paulista e mineira, respectivamente.
Hegemonia de São Paulo e Minas Gerais: São Paulo e Minas Gerais exerciam influência política significativa, alternando-se no poder presidencial e controlando a maior parte das decisões políticas.
Política do "Café com Leite": Acordo de revezamento entre as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais na Presidência, buscando manter o equilíbrio entre os estados.
Fraudes Eleitorais: As eleições eram frequentemente marcadas por fraudes, como o "voto de cabresto" (controle de eleitores por coronéis) e manipulação de resultados.
Política Oligárquica: Os governantes focavam mais em interesses locais e regionais do que em políticas nacionais, levando a um cenário de instabilidade e poucos avanços sociais.
Deposição de Presidentes: Várias crises políticas ocorreram durante esse período, incluindo depoimentos de presidentes, como Floriano Peixoto e Washington Luís.
ECONOMIA AGROEXPORTADORA
Café como Pilar: O café continuou sendo o principal produto de exportação, principalmente de São Paulo e Minas Gerais. Essa commodity representava uma parcela significativa das receitas de exportação.
Política dos Governadores: As oligarquias estaduais controlavam os governos dos estados e buscavam consolidar seu poder através da "Política dos Governadores", que consistia em acordos de apoio mútuo entre os estados e o governo federal.
Coronelismo: A influência dos coronéis, líderes locais ligados aos latifundiários, persistiu, influenciando eleições e garantindo o controle político das oligarquias.
Ciclos de Prosperidade e Crise:
A economia cafeeira passou por ciclos de prosperidade e crise, com flutuações nos preços internacionais do café afetando diretamente o país. Períodos de bonança foram seguidos por momentos de retração econômica.
Expansão Ferroviária: A construção de ferrovias se intensificou para escoar a produção de café dos estados produtores para os portos de exportação, contribuindo para o desenvolvimento da infraestrutura do país.
Impacto Social: A economia agroexportadora manteve desigualdades sociais, com a concentração de terras e riqueza nas mãos das elites agrárias, enquanto a população rural enfrentava condições de trabalho precárias.
Início da Industrialização
: Embora a industrialização tenha começado nesse período, ela ainda era incipiente e concentrada em alguns setores, como têxtil. O país ainda dependia de produtos manufaturados importados.
Vulnerabilidade Externa: A dependência de um único produto de exportação tornava a economia vulnerável a choques externos, como a crise de 1929, que afetou o comércio internacional e levou a uma crise econômica interna
PEB
Obra de Rio Branco: José Maria da Silva Paranhos Júnior, conhecido como Barão do Rio Branco, teve um papel fundamental na consolidação das fronteiras do Brasil através de negociações e arbitragens, como no caso das questões de limites com países vizinhos.
II Conferência de Paz da Haia (1907): O Brasil participou dessa conferência internacional que tratou de temas como a arbitragem, a mediação e a solução pacífica de disputas entre nações, contribuindo para o fortalecimento das relações diplomáticas.
Brasil e a Grande Guerra de 1914: Inicialmente neutro, o Brasil acabou aderindo ao lado dos Aliados na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), após sofrer com ataques de submarinos alemães. A participação brasileira foi limitada, mas marcou o início de um maior envolvimento do país em questões internacionais.
Brasil na Liga das Nações: Após o fim da Primeira Guerra Mundial, o Brasil se tornou membro da Liga das Nações (antecessora da ONU), buscando participar ativamente do cenário internacional e promover a paz e a cooperação entre as nações.
SOCIEDADE E CULTURA
Semana de Arte Moderna de 1922: O evento marco desse período, realizado em São Paulo, rompeu com o academicismo e trouxe a vanguarda artística, literária e musical ao cenário nacional. Ideias inovadoras e a busca por uma identidade cultural própria foram destacadas.
Valorização do Nacionalismo: Os modernistas buscaram explorar as raízes culturais brasileiras, rompendo com influências estrangeiras. A valorização da língua, da cultura popular e do folclore ganhou destaque nas obras literárias e artísticas.
Romancistas e Pintores Modernistas: Escritores como Mário de Andrade e Oswald de Andrade contribuíram para a formação de uma nova estética literária. Na pintura, nomes como Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Di Cavalcanti trouxeram a linguagem modernista às telas.
Desconstrução das Formas Tradicionais: O Modernismo questionou padrões estéticos e literários, rompendo com as formas tradicionais de expressão. A busca por uma linguagem mais autêntica e revolucionária marcou essa fase.
Inovação Estilística: O uso de novas técnicas literárias, como o verso livre e a colagem, trouxe uma nova dinâmica às obras. A experimentação e a quebra de padrões consolidaram o caráter vanguardista do movimento.
Academia Brasileira de Letras - Fundada em 1897
CRISE DOS ANOS 20
Tenentismo: Foi um movimento liderado por jovens oficiais militares insatisfeitos com a corrupção, oligarquias e falta de modernização do país. Eles buscavam reformas políticas, sociais e econômicas para superar as deficiências da Primeira República.
Revolta do Forte de Copacabana (1922): Liderada por tenentes, protestou contra a política do governo e a falta de renovação nas Forças Armadas. Embora tenha sido rapidamente reprimida, sinalizou o descontentamento militar.
Revolução Paulista de 1924: Em São Paulo, tenentes e setores civis insatisfeitos se rebelaram contra o governo central. Embora tenha sido derrotada, a revolta revelou o descontentamento com a política vigente.
Revolução de 1930: Considerado o ápice da crise, culminou na deposição do presidente Washington Luís e a ascensão de Getúlio Vargas. Contou com apoio de diversos grupos, incluindo tenentes e setores urbanos insatisfeitos.
Movimentos Regionais: Além das revoltas citadas, houve outras em diferentes partes do país, como a Coluna Prestes (1925-1927), que percorreu o interior do Brasil como um movimento tenentista, e a Revolta dos Juazeiros (1914-1915) no Nordeste.
REVOLUÇÃO DE 1930
Contexto de Crise: A década de 1920 foi marcada por crises econômicas, insatisfação com a política das oligarquias e descontentamento das Forças Armadas com a falta de modernização e participação no poder.
Aliança Política: Diversos grupos descontentes se uniram, incluindo setores militares liderados por tenentes, oligarquias dissidentes e políticos insatisfeitos com a sucessão de Washington Luís.
Movimento Armado: A Revolução teve início em 3 de outubro de 1930, quando a Aliança Liberal liderada por Getúlio Vargas se insurgiu contra o governo e as eleições que seriam favoráveis ao candidato oficial.
Avanço e Queda do Governo: A Revolução ganhou força rapidamente, culminando em confrontos em várias partes do país. Em 24 de outubro, o governo de Washington Luís foi deposto e o presidente eleito, Júlio Prestes, foi impedido de tomar posse.
Ascensão de Vargas: Getúlio Vargas assumiu o poder em 3 de novembro de 1930 como chefe do Governo Provisório. O novo governo suspendeu a Constituição de 1891, dissolveu o Congresso Nacional e iniciou reformas políticas e econômicas.
Impactos: A Revolução de 1930 marcou o fim do sistema oligárquico da República Velha, estabelecendo um governo de características mais centralizadoras. Essa revolução também abriu caminho para uma nova era na política brasileira, a Era Vargas, que teve um papel significativo nas transformações políticas, sociais e econômicas do país.