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PÓS-OPERATÓRIO, REFERÊNCIAS SABISTON. Tratado de Cirurgia. A base…

- - - - conceitua-se como
        
        Separação das camadas músculo-aponeuróticas suturadas
      - classifica-se como
        
        Evisceração
        
        se apresenta com
        
        A exposição (saída) do conteúdo da cavidade
        
        quanto ao tratamento
        
        é sempre cirúrgico
        
        que consistem em
        
        antibioticoterapia
        
        limpeza da ferida operatória
        
        proteção local com compressa estéril;
        
        ressutura do local aberto ou de toda a parede em centro cirúrgico
        
        Eventração
        
        se apresenta com
        
        Um abaulamento da ferida, saída de secreção serosa/avermelhada (“água de carne”) pela ferida operatória
        
        Não há exposição do conteúdo da cavidade
        
        Durante a palpação, percebe-se um orifício entre as aponeuroses
        
        À exploração digital, percebe-se o conteúdo da cavidade na ponta do dedo
        
        quanto ao tratamento
        
        Pode ser cirúrgico ou conservador
        
        O conservador consiste em antibioticoterapia, limpeza da ferida curativo de rotina
      - tem como causas
        
        Infecções do sítio cirúrgico ou erro técnico
        durante o fechamento da aponeurose
        
        bem como existem fatores de risco que predispõe
        
        cirurgia de emergência;
        
        infecção do sítio cirúrgico;
        
        idade avançada;
        
        aumento da pressão intra-abdominal;
        
        obesidade;
        
        uso de corticoide;
        
        deiscência prévia;
        
        quimio ou radioterapia;
        
        diabetes mellitus (DM);
        
        tabagismo.
    - - define-se
        
        Acúmulo de secreção no tecido subcutâneo
        
        que possui como composição
        
        tecido adiposo liquefeito e linfa
        
        Tem aspecto amarelo claro e fluido
      - é causado por
        
        Lesão dos vasos linfáticos e do tecido adiposo no momento da incisão cirúrgica
      - apresenta-se clinicamente como
        
        Abaulamento no local da ferida operatória
        
        Saída (drenagem) de secreção amarelada e fluida
      - tem como tratamento
        
        aspiração por punção com agulha;
        
        drenagem por expressão da ferida operatória
        
        drenagem aberta: abertura parcial da ferida operatória
        
        Devem ser seguidos por compressão local durante o curativo
      - a prevenção pode ser feita
        
        Por meio da colocação de drenos na ferida a fim de se evitar o acúmulo da secreção produzida
        
        Curativos compressivos e o uso de cintas também podem ser úteis
    - - é o
        
        Acúmulo de sangue e coágulos no tecido subcutâneo
      - origina-se a partir
        
        da inadequada hemostasia local
        
        levando ao
        
        extravasamento de sangue dos tecidos lesados durante a incisão
      - acompanhado principalmente de
        
        Fatores de risco
        
        Esforço físico no pós-operatório imediato, hipertensos, diabéticos, com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e com coagulopatias
        
        Uso de medicações como anticoagulantes e antiagregantes plaquetários pode facilitar a formação do hematoma
      - é tratado com
        
        A drenagem pela FO em ambiente
        estéril e limpeza da FO.
        
        Dificilmente conseguiremos realizar essa drenagem por punção com agulha, pois o hematoma é muito espesso, sendo assim, a drenagem deverá ser feita abrindo-se parcialmente ou totalmente a FO.
      - apresenta-se com
        
        abaulamento na FO e pele de coloração azulada/arroxeada. Muito comum apresentar dor e calor no local.
    - - conceitua-se como
        
        Infecção na ferida operatória ou nos tecidos manipulados e envolvidos no procedimento
      - classificada em
        
        SUPERFICIAL: quando acomete pele e tecido subcutâneo (compreende 80% das ISC);
        
        PROFUNDA: quando acomete fáscia e tecido muscular; ósseo
        
        ÓRGÃO OU CAVIDADE: quando acomete os órgãos e regiões manipuladas (empiema pleural, abscesso pós esplenect
      - ocasionada mais comumente por
        
        Staphylococcus aureus;
        Staphylococcus coagulase negativo;
        Enterococcus;
        Escherichia coli.
      - possui
        
        Fatores de causa
        
        Idade avançada
        Desnutrição
        Obesidade e DM
        Imunossupressão
        Infecções coexistentes
        Tabagismo
        Colonização prévia
        Tempo cirúrgico prolongado
        
        Fatores de proteção
        
        Tempo cirúrgico curto
        Hemostasia
        Paciente clinicamente compensado
        Banho antisséptico
        Assepsia e anti-sepsia
        Ambiente cirúrgico e materiais preparados
        Uso de antibioticoprofilaxia
      - manifestam-se como
        
        ISC superficiais e profundas
        
        apresentando
        
        Sinais flogísticos na FO com drenagem de secreção purulenta por ela.
        
        que podem ser tratados com
        
        Procedimento cirúrgico como drenagem guiada por exame de imagem ou por cirurgia propriamente dita para drenagem da coleção, associado à antibioticoterapia.
        
        Abertura da FO, limpeza, desbridamento e drenagem da secreção.
        
        2 more items...
        
        ISC de órgão e cavidades
        
        caracterizado por
        
        Febre, dor local, adinamia, taquicardia, coleção na cavidade ou próxima ao órgão manipulado e drenagem de pus pelo dreno,
- - - - causada por
        
        Pré-cirurgica; reação adversa a medicamentos; hipertermia maligna, REMIT
    - - causada por
        
        Atelectasia; flebites; IAM/pericardite; ITU; pneumonias; infecção de sítio cirúrgico fulminante (S. aureus, Clostridium)
        
        1 a 5 dias
    - - causada por
        
        Infecção de sítio cirúrgico; infecções gerais; complicações do procedimento
        
        5 a 30 dias
- - - - 0 - 24 horas
        
        Intestino delgado (Ruídos hidroaéreos)
      - 24 - 48 horas
        
        Estômago (fome)
      - 48 horas
        
        Cólon (Flatus e fezes)
  - - - Caracteriza-se com
        
        Ruídos hidroaéreos ausentes, distensão abdominal, náuseas, vômitos
      - Trata-se com
        
        Jejum, observação e deambulação
      - Íleo pós-operatório prolongado
        
        Caracteriza-se com
        
        Duração maior que 4 dias com manutenção ou piora do sintomas
        
        Deve-se manejar:
        
        Procurar fatores reversíveis
        
        São eles
        
        1 more item...
        
        Trata-se como
        
        Analgesia controlada, cirurgias menos invasivas, peridural, *mascar chiclete
- - - - grande porte
        
        Analgesia de horário
        
        Analgésicos menos potentes, como dipirona,
        paracetamol, butilbrometo de escopolamina e AINE
        
        Podem ser usados analgésicos mais potentes a critério, como opiáceos
        
        (tramadol e morfina, entre outros).
    - - Pequeno porte
        
        Analgésicos de acordo com a queixa de dor. AINES e analgésicos
        
        Diclofenaco.
        
        Ibuprofeno.
        
        Naproxeno.
        
        Nimesulida.
        
        Indometacina.
        
        Cetoprofeno.
        
        Ácido mefenâmico.
        
        Piroxicam.
      - que
      - cirurgias de
  - - - ocorre na
        
        sala de recuperação pós-anestésica
      - onde são verificadas
        
        as funções cardiovasculares, pulmonares e neurológicas
      - são necessárias
        
        prescrições de tratamento detalhadas
        
        que abrangem
        
        Monitoração
        
        Sinais vitais
        
        Pressão venosa central
        
        Balanço hídrico
        
        líquidos administrados
        
        perdas sanguíneas
        
        débito urinário
        
        Outros tipos de monitoração
        
        podem ser utilizados dependendo do tipo de cirurgia
        
        Cuidados respiratórios
        
        o paciente pode
        
        ser mantido em ventilação mecânica
        
        ser tratado com complementação de oxigênio
        
        Posição e mobilização no leito
        
        deve-se descrever qualquer tipo de posicionamento especial necessário
        
        Dieta
        
        vias de administração:
        
        oral
        
        2 more items...
        
        enteral
        
        2 more items...
        
        parenteral
        
        2 more items...
        
        Necessidades diárias:
        
        Calorias: 25/30 Kcal/kg/dia
        
        Na: 3mEq/kg/dia
        
        K: 2mEq/kg/dia
        
        Líquidos: 30ml/kg/dia
        
        Administração de líquidos e eletrólitos
        
        basea-se na
        
        necessidade de manutenção
        
        perda na cirurgia
        
        reposição de perdas gastrintestinais
        
        Drenos
        
        instruções de cuidados com os drenos devem estar incluídas de forma detalhada na prescrição
        
        Medicamentos
        
        é importante
        
        a conciliação de medicamentos em função das possíveis interações medicamentosas
        
        Exames laboratoriais e de imagem
        
        devem
        
        ser utilizados para detectar anormalidades específicas nos grupos de alto risco
    - - nesse período
        
        o paciente recupera a maior parte das funções básicas e torna-se autossuficiente e pronto para continuar a convalescença em casa
      - abrange
        
        cuidados com a ferida operatória
        
        manejo dos drenos
        
        cuidados pulmonares
        
        manejo de líquidos e eletrólitos
        
        basea-se na
        
        necessidade de manutenção
        
        necessidade adicional resultantes de fatores sistêmicos (p. ex., febre, queimaduras, perdas durante a cirurgia);
        
        perda através de drenos
        
        necessidades resultante de edema de tecidos e íleo (perdas para o terceiro espaço)
    - - deve-se
        
        planejar a alta hospitalar antes da cirurgia que pode ser modificada de acordo com a evolução do paciente
        
        fazer planos iniciais para assistência em casa nas atividades da vida diária e para ajudar na recuperação da cirurgia
- - - - Manifesta-se com
        
        Vômitos seguidos de dispneia vigilância torácica
        
        Tosse
        
        estertores creptantes em ambos os campos pulmonares
        
        RX: Infiltrado bilateral
      - Conduta
        
        Suporte respiratório
        
        Jejum adequado na véspera da cirurgia, posicionamento do paciente no leito
        
        Manutenção de via aérea livre: IOT e Ventilação por Pressão Positiva
        
        Antibiótico
    - - Pacientes sedados ou com rebaixamento do nível de consciência
      - Reflexos laríngeos prejudicados
      - Relaxamento inadequado do EEG
      - Ausência de jejum pré-operatório
      - Obstrução de via áerea
      - Obstrução intestinal
      - Persistência de sonda NG
  - - - Idade maior de 40 anos
      - Obesidade
      - TVP prévio
      - Imobilização no leito
      - Neoplasias
      - Politrauma
      - Varizes
      - Síndromes Nefróticas
      - Síndromes de Hipercoagubilidade
      - AVC, ICC
      - Gestação
      - Uso de Contraceptivos (estrogênio)
      - Cateteres Venosos
    - - Quadro clínico variável: depende do local onde o êmbolo se alojou e da presença ou não de comorbidades
        
        Quanto mais proximal na circulação arterial pulmonar o êmbolo impactar, pior é o prognóstico
        
        taquipneia e dispneia transitórias
        
        hipoxemia importante
        
        acinesia de ventrículo direito
        
        choque obstrutivo
    - - D-dímero: indica formação recente de trombo
    - - Heparinização sistêmica e uso de cumarínicos, com um tempo de tratamento anticoagulante de, no mínimo, seis meses
      - Trombólise
  - - - acarreta
        
        Diminuição do clareamento das secreções do parênquima pulmonar acometido, com crescimento bacteriano e risco de pneumonia nosocomial
    - - Febre
        
        Causa mais comum de febre nas primeiras 72, primeiras 48 horas
      - Taquipneia
      - Taquicardia
      - Tosse produtiva
      - Diminuição do Murmúrio Vesicular
    - - Exercícios respiratórios
      - aspiração de secreções respiratórias
      - espirometria de incentivo
  - - - FORMA MAIS GRAVE DE LESÃO PULMONAR AGUDA
        
        Clínica
        
        Dispneia intensa e de rápida instalação (12-48 horas após o insulto inicial)
        
        Taquipneia
        
        Respiração ruidosa
        
        Retrações intercostais e estertores
      - pode ser causada por
        
        Administração excessiva de líquidos (iatrogênica) e disfunção ventricular esquerda secundária ao IAM anterior
        
        Aspiração de conteúdo gástrico, pneumonia, contusão pulmonar, politrauma, pancreatite, exposição à circulação extracorpórea, transfusões múltiplas
        
        Comprometimento na liberação, transporte ou uso de oxigênio, ou eliminação de CO2. − Processos patológicos que dificultam o transporte de oxigênio, como baixo do DC, choque cardiogênico, sepse
      - Conduta
        
        Intubação e Monitorização
        
        Suporte respiratório
        
        Tratar causa de base
- - - - se dá por
        
        Desordem rara do músculo esquelético autossômico dominante induzida pela exposição à determinados agentes anestésicos (alterações no Ca2+)
      - Manifesta-se
        
        Primeiros 30 minutos da indução anestésica até 24 horas após
        
        rigidez intensa, taquipneia, flush cutâneo e hipertermia
        
        Anormalidades no ECG e elevação da creatinoquinase
      - suspeitando-se de hipertermia
        
        suspende a cirurgia ou troca o anestésico
    - - trata-se de
        
        Redução da temperatura corpórea (menos de 35°)
      - pode ocasionar
        
        disfunções plaquetárias e de fatores de coagulação
        
        fazendo com que
        
        aumente o risco de sangramentos
        
        diminua a
        função das células de defesa
        
        prejudique a cicatrização
        
        aumente o tônus simpático
      - Hipotermia grave: coma, edema agudo de pulmão, hipotensão, bradicardia, onda J no ECG
      - previne-se
        
        MONITORANDO PACIENTES MAIS SUSCETÍVEIS: EXTREMOS DE IDADE,
        CIRURGIA EM CAVIDADES, TEMPO SUPERIOR A UMA HORA E EMPREGO DE ANESTESIA COMBINADA
      - Trata-se com
        
        via aérea avançada, cristaloides e aminas vasopressoras + terapia adjuvante: oxigênio, líquidos IV
        aquecidos e irrigação da bexiga e TGI com solução salina morna
        
        Além disso
        
        HIPOTERMIA GRAVE (menos de 28°): REAQUECIMENTO INTERNO COM IRRIGAÇÃO PLEURAL OU PERITONEAL COM
        SOLUÇÕES AQUECIDAS, HEMODIÁLISE, ECMO
        
        HIPOTERMIA MODERADA (entre 28 e 32°): REAQUECIMENTO EXTERNO COM MANTA TÉRMICA.
- - - - Encefalopatia (por edema cerebral)
      - AVC (hemorrágico ou isquêmico)
      - Angina instável ou infarto agudo do miocárdio
      - Insuficiência renal
      - Intenso sangramento pela ferida operatória
    - - anti-hipertensivos de meia-vida curta (BCC)
  - - - Dispnéia
      - Elevação da frequência cardíaca
      - Hipotensão
      - Sinais de insuficiência respiratória
      - Alteração do estado mental
      - Glicemia de difícil controle em diabéticos
    - - Admissão em Unidade Coronariana
      - Terapia anti-isquêmica máxima (betabloqueador com ou sem nitratos)
      - Terapia antitrombótica agressiva (heparinização plena, AAS e clopidogrel)
- - - - Pádua (pacientes clínicos)
      - Caprini (paciente cirúrgicos)
  - - - Dose
        
        Heparina não fracionada: 5.000 UI SC de 12/ 12h ou 8/8h
        
        Heparina de baixo peso molecular (Enoxaparina/ Clexane) de 20 a 40mg em dose única diária