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Síndrome do Respirador Oral - Coggle Diagram
Síndrome do Respirador Oral
INTRODUÇÃO
O paciente respirador oral representa uma semi-obstrução nasal intermitente ou persistente, respiração ruidosa e roncos. Apresenta fluxo respiratório total ou parcial pela boca. A dificuldade respiratória varia entre formas mais leves de roncos até quadros de apnéia.
A síndrome da respiração oral se inclui dentro dos distúrbios respiratórios obstrutivos do sono
ETIOPATOGENIA
A rinite alérgica é fator de risco para ocorrência de respiração oral e síndrome da apnéia respiratória do sono na infância. Associa-se com semi-obstrução nasal, aumento das tonsilas palatinas e faríngeas e alongamento da face. Essas alterações provocam redução do calibre das vias aéreas superiores.
A hipertrofia das adenóides e/ou amígdalas está envolvida na fisiopatologia dos quadros de obstrução à respiração nasal. No entanto, a hipertrofia por si, não explica todo o processo fisiopatológico. Há evidências que demonstram uma interação de variáveis estruturais e neuromusculares das vias aéreas superiores, com resposta alterada à estimulação mecânica do sistema respiratório pelo sistema nervoso central.
A patogênese dos distúrbios respiratórios obstrutivos do sono na infância não é completamente elucidada. Existem diversas causas para a respiração oral, porém as mais frequentes são a rinite alérgica e hipertrofia adenoideana e amigdaliana.
DIAGNÓSTICO
ANAMNESE DETALHADA + EXAME FÍSICO
O exame físico das cavidades nasais é realizado com iluminação direta ou indireta. Observa-se a coloração da mucosa nasal (normocoradas, pálidas ou hiperemiadas), o tamanho das conchas nasais inferiores e/ou médias (eutróficas, hipertróficas ou atróficas) e a presença ou não de secreções O exame da cavidade oral deve ser realizado com iluminação adequada, língua dentro da boca e espátula em seu terço médio para não provocar reflexo de vômito. Classifica-se o tamanho das amígdalas como grau I (obstrução de até 25% da orofaringe) grau II (obstrução de 25 a 50%) grau III (obstrução > 50% e < 75%) e grau IV (obstrução > 75%) da luz da orofaringe. A otoscopia pode revelar a presença de efusão persistente na orelha média. O palato, em geral, tem anatomia ogival.
EXAMES COMPLEMENTARES
Endoscopia Nasal:Para muitos autores é o método diagnóstico mais fidedigno que a radiografia de cavum para avaliação de hipertrofia de adenóides.
Radiografia da rinofaringe : Apesar de ser barata, simples e de fácil disponibilidade, sua avaliação é subjetiva e pode ser difícil em crianças menores pela falta de colaboração de posicionamento adequado
Polissonografia : É o padrão ouro para identificação é diagnóstico do grau de apneia obstrutiva do sono Avalia o padrão de sono através de sensores na superfície do corpo, sendo não invasivo . O diagnóstico SAOS é feito quando o IAH (índice de apneia-hipopneia) for maior que um evento/hora associado a dessaturação da oxiemoglobina abaixo de 92% ou retenção de gás carbônico
Oroscopia pode identificar a hiperplasia de amígdala e classifica-la de acordo com a obstrução que causa à orofaringe
QUADRO CLÍNICO
SINTOMAS DIURNOS : Respiração oral ; Cefaleia matinal ; dificuldade de despertar pela manhã; Alterações de humor; Déficit de atenção e hiperatividade; Dificuldades escolares;Sonolência diurna ; Semi-obstrução nasal (rinorréia); Infecções de vias aéreas superiores frequentes; Dificuldade de deglutição;Queda do apetite; Déficit auditivo :
SINTOMAS NOTURNOS : Roncos; Dificuldade respiratória durante o sono; Pausas respiratórias ou apnéia; Sono agitado; Sudorese noturna; Xerostomia ; Posição anormal para dormir ; Enurese; Terror noturno e sonambulismo ; Bruxismo
FATORES DE RISCO
Síndrome de down, hipotireoidismo, rinite alérgica, hipertrofia adenotonsilar, obesidade, anomalias crânio-faciais, macroglossia, laringomalácia, estenose subglótica, fenda palatina e etc
TRATAMENTO
Como se trata de uma doença multifatorial, a abordagem é multidisciplinar e o tratamento visa à correção do fator causal da síndrome.
ADENOTONSILECTOMIA
Indicações : Afecções crônicas cujos sintomas não regridem após tratamento antimicrobiano criterioso; Hiperplasias adenotonsilares em diversos graus que podem ocasionar a síndrome do desconforto respiratório do sono, distúrbios de deglutição e da fonação ; Amigdalite crônica ;
Contra indicações: Fenda palatina; Anemia e discrasias sanguíneas; infecção aguda; Vacinação contra poliomielite e etc
Técnica cirúrgica : Na adenoidectomia o palato mole é retraído com um retrator de palato ou com um catéter introduzido pela narina e retirado pela boca, permitindo melhor inspeção da nasofaringe por visualização direta ou indireta com auxílio de espelhos, ou palpação. Esse procedimento pode ser realizado apenas com uso de curetas, devendo-se tomar cuidado de não lesar tecidos subjacentes Já na amigdalectomia existem duas técnicas básicas : Dissecção e Ballanger-Sluder. Hoje se usa principalmente a dissecção
É o tratamento de escolha frente ao aumento das tonsilas palatinas e faríngeas nos casos de apneia do sono na criança. Mas dependendo do caso, pode ser feita apenas tonsilectomia ou adenoidectomia
CARACTERÍSTICAS FACIAIS
Maxila atrésica; protrusão de incisivos superiores; mordidas aberta e cruzada; eversão de lábio inferior; lábio superior hipodesenvolvido; narinas estreitas ; hipotonia da musculatura perioral