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Atuação do Farmacêutico no Tabagismo - Coggle Diagram
Atuação do Farmacêutico no Tabagismo
DEPENDÊNCIA AO TABACO
Física
Tolerância
- aumento gradativo da quantidade necessária
de nicotina para se alcançar os mesmos efeitos.
Abstinência
- que se manifestam
a partir da supressão do efeito da nicotina.
Uso compulsivo
- aumento da frequência / intensidade do uso e manutenção no hábito de fumar.
Psicológica
O fumante pode associar o uso do tabaco a uma potencialização de suas funções cognitivas.
Comportamental
Criação de hábitos que se tornam gatilhos do desejo de fumar.
ACESSO AO TRATAMENTO
Demanda Espontânea
- busca do serviço pelo próprio usuário.
Encaminhamento
- por algum profissional de saúde.
Identificação de fumantes
- feita a partir da aplicação da Ficha de Visita Domiciliar e Territorial.
AVALIAÇÃO DO GRAU DE MOTIVAÇÃO
Roda de Prochaska e DiClemente
6-
Recaída
: falha na manutenção (retorno a qualquer dos estágios anteriores).
5-
Manutenção
(“Eu consigo”): processo de continuidade, a fim de manter os ganhos e evitar recaídas.
4-
Ação
(“Eu faço”): implementa mudanças ambientais e comportamentais, investe tempo e energia na execução da mudança.
1-
Pré-contemplação
(“Eu não vou”): não considera a possibilidade de mudar.
2-
Contemplação
(“Eu poderia”): tem dúvidas sobre parar de fumar.
3-
Preparação
(“Eu vou / Eu posso”): inicia algumas mudanças e revisa tentativas passadas.
ABORDAGEM
1-
Abordagem breve ou mínima (PAAP)
- perguntar, avaliar, aconselhar e preparar o fumante para a cessação do hábito de fumar, SEM acompanhá-lo no processo.
2-
Abordagem básica (PAAPA)
- perguntar, avaliar, aconselhar e preparar o fumante para a cessação do hábito de fumar, COM acompanhamento do processo.
3-
Abordagem intensiva / Aconselhamento estruturado
- encontros estruturais periódicos. Acompanhamento da pessoa durante e após o processo de cessação
Abordagem intensiva coletiva
- sessões terapêuticas coletivas para cessação do tabagismo.
Avaliação clínica do fumante
- o usuário deverá passar por uma avaliação clínica, com a finalidade de conhecer clinicamente o usuário e elaborar um plano de tratamento.
Sessões terapêuticas coletivas
- grupos de até 15 indivíduos coordenados, preferencialmente, por dois
profissionais de saúde de nível superior.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
- O farmacêutico deverá oferecer apoio à eSF (Equipe de Saúde da Família) para o acompanhamento da farmacoterapia do usuário durante todo o período de tratamento
1-
Adesivos de nicotina
: usuários que fumam mais de 6 cigarros por dia e estão motivados a parar de fumar.
Contraindicações
Absolutas
: (alguns exemplos)
arritmias cardíacas graves (fibrilação atrial)
angina pectoris instável
gestação e amamentação.
doenças dermatológicas que impeçam a aplicação do adesivo
Relativas
:
doenças cardiovasculares
2-
Goma de nicotina
indicada para: Pacientes que fumam até 5 cigarros/dia. • Pacientes com contraindicação para uso de adesivos. • Resgate da fissura na TRN combinada.
Contraindicações
Absolutas
: (alguns exemplos)
incapacidade de mastigação
lesões na mucosa oral
úlcera péptica
uso de próteses dentárias móveis.
Relativas
:
doenças cardiovasculares
gestação e amamentação.
3-
Bupropiona
: pacientes com contraindicação ao uso de TRN (Terapia de Reposição de Nicotina), ou paciente com transtornos psiquiátricos como depressão pregressa e esquizofrenia.
Contraindicações
Absolutas
(alguns exemplos):
epilepsia
convulsão febril na infância
tumor do sistema nervoso central
histórico de traumatismo cranioencefálico
menores de 18 anos
Caso o paciente faça ou tenha feito uso de IMAO, como os medicamentos selegilina, fenelzina.
4-
Nortriptilina
: Depressão maior; dor crônica, miofacial e orofacial (uso off-label).
Contraindicações:
Não usar durante o período de recuperação aguda após o infarto do miocárdio.
Uso concomitante com linezolida ou azul de metileno IV.
Hipersensibilidade a outros derivados da dibenzazepina; risco de reações de sensibilidade cruzada.
Gravidez de risco D
Lactantes: o medicamento passar para o leite.
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
Nem todas as interações necessitam de intervenções, como retirada ou troca do medicamento, mas apenas a monitorização dos parâmetros de efetividade e segurança.
CUIDADO FARMACÊUTICO À PESSOA TABAGISTA
Ferramentas de apoio para o acompanhamento da pessoa tabagista
1-
O método clínico centrado na pessoa
:
1) Explorar a doença e o adoecimento.
2) Compreender a pessoa como um todo.
3) Elaborar um projeto terapêutico comum e manejo dos problemas.
4) Incorporar prevenção e a promoção de saúde.
5) Incrementar a relação profissional de saúde-paciente.
6) Ser realista.
2-
Entrevista motivacional
:
1) expressar empatia
2) desenvolver discrepância - Dialogar com o intuito de promover a reflexão sobre as consequências do comportamento.
4) acompanhar a resistência
(3) evitar argumentação
5) apoiar a autoeficácia
3-
Avaliação qualitativa
:
Auxiliar o próprio fumante a reconhecer as situações que o colocam sob o risco de fumar no seu dia a dia.
Permite ao profissional de saúde identificar os principais pontos a serem trabalhados durante o processo da abordagem intensiva/aconselhamento estruturado.
Escala de Razões para Fumar (ERF)
: possibilita identificar em quais situações o paciente usa o tabaco, considerando não só a dependência física, mas também a dependência psicológica e o condicionamento.
4-
Avaliação quantitativa
: avaliar a magnitude do processo de tolerância-dependência estabelecido e o impacto do tabagismo na vida do indivíduo.
Teste de Fagerström para a dependência à nicotina
Cálculo da carga tabágica
5-
Prescrição farmacêutica de TRN
Prescrição independente - na falta de um médico, o farmacêutico poderá realizar a avaliação clínica a partir da “Ficha de Avaliação Clínica do Fumante”, iniciar e acompanhar o tratamento farmacológico com a TRN.
Prescrição Suplementar - o farmacêutico poderá realizar prescrições da TRN
6-
Intervenções psicossociais
: O profissional farmacêutico (ou outro) deve estar atento aos alertas, principalmente em relação à saúde mental, para que a escolha da abordagem terapêutica tenha a abrangência devida.
Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9) - usado no rastreamento de episódios depressivos.
7-
Abordagem transversal / Educação
em saúde
Contribuir para a divulgação/orientação ao usuário e aos demais profissionais de saúde
Orientar os pacientes quanto ao uso racional dos medicamentos
Registro no GERAF - o farmacêutico deve preencher os dados de acompanhamento farmacêutico aos pacientes tabagistas no GERAF.
Oferecer suporte aos prescritores quanto às informações relativas à farmacoterapia