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Doença dermatológica com repercussão na cavidade oral - Coggle Diagram
Doença dermatológica com repercussão na cavidade oral
Infos
As doenças dermatológicas são representadas não somente pelas doenças primárias da pele
Também pelas manifestações cutâneas de doenças viscerais e sistêmicas que podem envolver as mucosas do corpo, inclusive a oral.
Lesões
Nevo branco esponjoso
Pênfigo vulgar
Penfigóide das membranas mucosas
Líquen plano
Lúpus eritematoso
Eritema multiforme
Pênfigo vulgar
Clinicamente
O paciente vai relatar que possuía bolhas na boca
elas se romperam, virando úlceras persistentes, de fundo hemorrágico, com bordas irregulares e intensamente dolorosas
As lesões orais se iniciam 2 anos antes do comprometimento em pele
o dentista é o primeiro a descobrir se o paciente possui pênfigo
o primeiro indício da doença é na boca
Características clínicas
Tem início na mucosa oral
Idade média de 50 anos
Dor forte, ardência, hipersalivação, dificuldade para falar e comer
Erosões irregulares e ulcerações de fundo hemorrágico
Em palato, mucosa labial, mucosa jugal, ventre da língua e gengiva
Clinicamente nós vemos úlceras
padrão irregular
dolorosas
se coalescem (se juntam)
formando uma grande massa ulcerada
fundo hemorrágico
aos poucos podem ir formando membrana
Evolução
O pênfigo vulgar forma bolhas acantolíticas suprabasais
formadas devido a produção anormal de autoanticorpos
São dirigidos contra proteínas dos desmossomos da camada espinhosa (desmogleína 1 e 3)
uma fenda se desenvolve dentro do epitélio, causando a formação de uma bolha intraepitelial
Sinal de Nikolsky positivo
Manobra semiotécnica simples
seria uma lesão provocada no paciente suspeito de pênfigo vulgar
confirmar o diagnóstico
de origem iatrogênica, feita pelo profissional
Infos
É uma dermatose mucocutânea vesiculobolhosa autoimune
o antígeno que provoca a doença é conhecido
pouco comum com grave evolução clínica
É afecção quase exclusiva da idade adulta e sem predisposição por sexo
caracterizada pelo surgimento de lesões vesiculobolhosas na pele e/ou mucosas
Biópsia
INCISIONAL
Fazemos biópsia de tecido perilesional
separação intraepitelial logo acima da camada de células basais do epitélio
Pego tecido ao lado da lesão
não tenho interesse em ver úlcera, vesícula ou bolha no microscópio
É difícil fazer biópsia de pênfigo vulgar
a mucosa do paciente está friável
se descola com bastante facilidade
Apenas o ato de anestesiar, tocar ou incisar o tecido já provoca uma lesão ou descola todo o epitélio
eu preciso que a peça contenha também tecido conjuntivo para visualização da fenda intraepitelial
podemos ainda fazer a imunofluorescência
observamos a presença de anticorpos anti desmogleína 3 entre as células do epitélio
Pênfigo vegetante
Infos
variante benigna do pênfigo vulgar
1 a 2% dos casos de pênfigo
Menos dolorosas
Evolução
Há surgimento de bolhas flácidas
Se rompem
há áreas exulceradas envolvidas por vegetações formando placas de aspecto verrucoso e hiperpigmentado
na mucosa massas de reação de granulação
As lesões costumam iniciar-se na mucosa oral
ao evoluírem, acometem áreas de flexão e intertriginosas (áreas que formam dobras)
Tratamento
Corticosteróides sistêmicos (Prednisona 80-300mg por dia)
Encaminhamento para um médico com experiência em terapia imunossupressora combinada
azatioprina
ciclofosfamida
methofrexate
Pode sofrer completa resolução
remissões e as exacerbações são comuns
Taxa de mortalidade: 5 a 10% devido às complicações do uso crônico de corticosteróides sistêmicos a longo prazo
Penfigóide das membranas mucosas
Evolução
As lesões bucais do penfigóide se iniciam como vesículas ou bolhas
Podem ser identificadas clinicamente (fenda sub) ao contrário do pênfigo (fenda intra)
Clinicamente vemos vesícula ou bolha friável que se rompe e forma úlcera
Nós conseguimos visualizar a bolha clinicamente pois a fenda é subepitelial
A torna-a mais resistente que a bolha do pênfigo vulgar (bolha intraepitelial)
Biópsia
INCISIONAL
Tecido perilesional (ao lado da lesão)
Evitar epitélios soltos (preciso também do conjuntivo)
Fazer exame histopatológico
Realizar também imunofluorescência (para confirmar)
Características clínicas
Geralmente afeta adultos de 50 a 60 anos
As mulheres são mais afetadas, em uma razão 2:1
As lesões bucais são observadas na maioria dos pacientes
Outras localizações
mucosa conjuntival
Mucosa nasal
Mucosa esofágica
Mucosa laríngea
Mucosa vaginal
Pele
Tratamento
Corticosteróides tópicos
cicatrização dentro de uma ou duas semanas
Sem remissão
usar corticoterapia sistêmica
dapsona
dexametasona
prednisona
Tratamento alternativo com tetraciclinas sistêmicas
Corticóide com imunossupressor
Os pacientes devem ser avisados de que a condição poderá recidivar
Os pacientes devem ser reavaliados constantemente
O paciente ainda deve ser acompanhado pelo oftalmologista
Infos
representa um grupo de doenças autoimunes mucocutâneas vesiculobolhosas crônicas
auto anticorpos ligados aos tecidos são dirigidos contra um ou mais componentes da membrana basal
“Oide” semelhante a pênfigo
doença mais branda
Provavelmente 2x mais comum que o pênfigo e mais indolente;
Também chamado de penfigóide cicatricial
sua evolução mais grave é o acometimento ocular e o processo de cicatrização das conjuntivas (pálpebra e globo ocular) causando cegueira
Se tratam de anticorpos contra a laminina, um componente da lâmina basal presente entre o epitélio e o conjuntivo
Se eu atacar um constituinte que liga o epitélio ao conjuntivo, eu vou ter um problema naquela adesão e formar uma fenda, uma bolha
a gente perde a adesão entre epitélio e o tecido conjuntivo na membrana basal formando uma bolha subepitelial (abaixo do epitélio)
não intraepitelial como no pênfigo
Líquen plano
Lesões cutâneas:
Pápulas pruriginosas, poligonais e púrpuras
Em superfícies flexoras e intertriginosas
Superfície das pápulas da pele
linhas brancas
finas
semelhantes a um rendilhado
OMS
A OMS considera o líquen plano erosivo com uma lesão com potencial de transformação maligna
índice de transformação de 5,6% de líquen plano erosivo em carcinomas
Esse assunto ainda é pauta de debate
Evolução
Até 75% dos pacientes com líquen plano cutâneo irão desenvolver lesões orais
De 10 a 20% dos pacientes com líquen plano oral irão desenvolver lesão cutânea
O diagnóstico é determinado pela correlação dos cacheados clínicos e histopatológicos
A seleção de sítio da biópsia é muito importante para um diagnóstico preciso do LPO.
Doença dermatológica crônica relativamente comum que afeta a pele, anexos cutâneos e mucosas (inclusive a oral)
Doença mucocutânea imunomediada
Relação com o estresse ou com a ansiedade é controversa
Acomete adultos de meia idade (mulheres 3:2)
Se apresenta muitas vezes bilateralmente.
O envolvimento gengival produz um padrão denominado de gengivite descamativa
Diagnóstico
O diagnóstico de líquen plano reticular pode ser realizado apenas com os achados clínicos
as estrias brancas entrelaçadas visualizadas bilateralmente na região posterior da mucosa jugal
são um sinal patognomônico da doença.
O líquen plano erosivo tem que biopsiar para excluir outras condições
Devemos biopsiar dentro da lesão
livrando as áreas atróficas ulceradas
O que acontece?
As células T CD8 (citotóxicas) autorreativas migram
produzem citocinas, fator de necrose tumoral (TNF)
agridem diretamente os queratinócitos da camada basal do epitélio
importante lembrar que eu não conheço o antígeno que provoca essa superatividade
por isso que ela é uma doença mediada imunologicamente
Tratamento
A terapia não é curativa
Terapia é dirigida para controlar a inflamação e os sintomas associados
deve-se orientar o paciente quanto à manutenção de uma boa higiene oral
ele deve ser avisado que a condição dele pode recidivar
terapias diferentes para cada tipo de líquen plano:
Reticular
Nenhum tratamento é necessário
Quando há candidíase sobreposta: prescrever terapia antifúngica
A reavaliação anual é necessária
Erosivo
Corticoterapia tópica ou injeção intralesional
prescrevo o sistêmico se não responder ao tópico
O uso de corticóide sistêmico de maneira crônica causa desequilíbrio
espécies que vivem ali começam a provocar doença
a exemplo a Candida Albicans
Os dermatologistas podem fazer uso de retinóides
Terapia a laser de baixa intensidade ou terapia fotodinâmica
Outras medicações
imunossupressores
antibióticos e outros
Infos
É uma desordem mucocutânea de etiologia desconhecida
doença imunomediada
caracterizada por uma resposta imunopatológica mediada por células do sistema imunológico
frente à alteração antigênica de queratinócitos na pele e mucosa.
Afeta aproximadamente 1-2% da população mundial;
Mais comumente mulheres na 3° a 7° décadas de vida
sem predisposição étnica
Raramente ocorre em crianças;
Acomete qualquer sítio da mucosa oral
em geral aparece bilateralmente
Lúpus eritematoso
Diagnóstico
Além das características vistas clinicamente e microscópicamente
vários estudos imunológicos podem auxiliar no estabelecimento do diagnóstico de LE
Exames
Imunofluorescência
anticorpos
Infos
É uma condição imunomediada
3 formas clínicas
Lúpus eritematoso sistêmico
Lúpus eritematoso cutâneo crônico
Lúpus eritematoso cutâneo subagudo
O lúpus é uma doença autoimune rara
mais frequente nas mulheres do que nos homens
provocada por um desequilíbrio do sistema imunológico
a defesa imunológica age contra os tecidos do próprio organismo como
pele
articulações
fígado
rins
cérebro
Difícil de diagnosticar em estágios iniciais;
As mulheres são mais acometidas: 8 a 10 vezes mais;
O paciente vai ter
febre
perda de peso
artrite
fadiga
mal-estar generalizado
Cerca de 40 a 50% dos pacientes possuem exantema apresentando um padrão de borboleta sobre a região malar e nasal
Luz solar causa agravo das lesões (isso por causa da localização destas);
Quadro vago inespecífico: Períodos de remissão ou de inatividade da doença.
As lesões bucais do lúpus eritematoso sistêmico se desenvolvem em 5% a 25% dos pacientes
Locais mais comuns
Palato
mucosa jugal
gengiva (com padrões inespecíficos)
Podem estar presentes graus variáveis de:
dor
eritema
ulceração
Tratamento
Evitar a exposição excessiva à luz solar
Anti-inflamatórios e imunossupressores
Corticoesteróides sistêmicos e tópicos
Prognóstico variável
A causa mais comum de morte é a insuficiência renal
Ulceração aftosa recorrente
O que eu devo solicitar a esse paciente que está sempre com afta?
Hemograma
ver a quantidade de ferritina
vitamina B12
ácido fólico
Tipos:
Ulcerações aftosas menores
Representa a maioria dos casos e são muito dolorosas
Úlcera pequena com halo eritematoso
com membrana fibrinopurulenta amarelada
Ulcerações aftosas maiores
São lesões com mais de 1 centímetro
Ulcerações aftosas herpetiformes
Podem ter até 100 lesões
Parece muito com estomatite herpética
a diferenciação em úlcera pode ser difícil
Conduta
Pesquisar e descartar doenças associadas
identificar os fatores precipitantes
Infos
Aphtae (acender fogo)
Todos os seguintes ítens têm sido relatados como responsáveis em certos subgrupos de pacientes
Alergias
Trauma
Predisposição genética
Influências hormonais
Fatores imunológicos
Agentes infecciosos
Deficiências nutricionais
Estresse (mental e físico)
Tratamento
Corticóides tópicos
Elixir de dexametasona líquida
bochecho de 5-10 ml
por 3 minutos
várias vezes ao dia
Propionato de Clobetasol 0,05%
bochecho de 5-10 ml
por 3 minutos
várias vezes ao dia
Laser de baixa intensidade (para aceleração da cicatrização)
Omcilon-a Orabase (triancinolona e acetonida)