São substâncias líquidas a temperatura ambiente, que apresenta algum grau de volatilidade e lipossolubilidade. Muitos deles também são inflamáveis. A maioria dos solventes é obtida a partir do refino do petróleo. Estão presentes em nosso dia-a-dia em uma infinidade de produtos comerciais, como esmaltes, colas, tintas, thinners, propelentes, gasolina, removedores, vernizes. TOXICOCINÉTICA: Absorção: poderão ser inalados pelos trabalhadores expostos e, consequentemente, serem absorvidos por via pulmonar. Se inerte, o solvente orgânico se solubiliza no sangue, se reativo, há ligação química entre o solvente e os componentes sanguíneos. Interferem na absorção e distribuição: Fatores Ambientais (temperatura ambiental maior aumenta a respiração), fatores individuais (dieta e ingestão de bebidas alcóolicas). Biotransformação: Geralmente são biotransformados no fígado (sistema citocromo P450), mas podem ser também metabolizados nos rins e pulmões. Excreção: Na forma inalterada (pequenas porções) podem ser excretados na urina ou como metabólitos que podem ou não estar conjugados com compostos endógenos como o ácido glicurônico, sulfato, aminoácidos, entre outros. Fatores que podem alterar a biotransformação e excreção: Fatores ambientais (temperatura elevada que aumenta a sudorese do indivíduo; Ingestão de medicamentos que modificam a disponibilidade de metabólitos), Fatores individuais (dieta, tabagismo, bebidas alcoólicas), Interação entre solventes, fatores genéticos, fatores fisiopatológicos. TOXICODINÂMICA: Após a inalação o início dos efeitos acontece em 15 a 40min; Os efeitos são caracterizados por uma fase excitatória inicia, seguida de três fases de depressão de intensidade progressiva do SNC; Efeitos centrados no SNC , porém podem tornar o miocárdio mais sensível à adrenalina (aumento da Frequência Cardíaca); À longo prazo podem causar toxicidade medular, hepática, renais e no SNP.