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3º Mapa Mental – Transtornos de Humor – Parte 1: Bipolaridade, Guilherme…
3º Mapa Mental – Transtornos de Humor – Parte 1: Bipolaridade
Caracterização do transtorno e suas diferentes fases — Sintomatologia dos
Transtornos bipolares
Depressão bipolar
Não difere clinicamente da depressão unipolar
Existem períodos de normalidade entre os extremos
Podem ocorrer vários episódios de depressão seguidos de vários episódios de mania.
A bipolaridade passa em torno de três polos/fases: Rebaixamento (depressão), eutimia (fase saudável) e mania. Esse transtorno oscila entre esses três polos.
Mania
: estado de grande excitabilidade. Ora rebaixado, ora exagerado
EPISÓDIO DE MANIA
Exacerbação de humor
Auto-estima inflada (autoconfiança sem crítica)
Ideias grandiosas
Delírios e alucinações (caráter grandioso)
Aumento da atividade motora (agitação psicomotora)
Dispersão (incapacidade de filtrar estímulos externos irrelevantes)
Pensamento e fala acelerada (pode chegar a discurso incoerente)
Aumento da atividade dirigida a objetivos (sexuais, trabalho)
Irritabilidade / Insônia / Alteração de apetite
Envolvimento com atividades prazerosas
Rebaixamento
: falta enérgica, de prazer, de motivação. É diferente de falta de vontade
Eutimia
: É, por exemplo, o acordar menos motivado e ficar mais motivado após exercício físico. É uma variação fisiológica do humor.
Dimensões dos sintomas — Construção do diagnóstico
Sintomas necessários para o diagnóstico de bipolaridade
: humor irritável e humor elevado/expansivo
Além disso, três ou mais destes são necessários para o diagnóstico ser bipolaridade (quatro se o humor estiver apenas irritável)
: autoestima aumentada (grandiosidade), aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação, correr riscos, menor necessidade de sono, distratibilidade/dificuldade de concentração, mais falante (pressão para falar) e fuga de ideias (pensamento acelerado)
Mania exacerbada pode chegar na Psicose. Porém, é importante que bipolar não seja confundido com esquizofrênico. Para isso, é necessária uma análise do paciente de aproximadamente 6 meses para um diagnóstico preciso.
Tipos (de acordo com DSM-5; espectro dos transtornos bipolares)
Tipo 1: Depressão maior com mania
Tipo 2: Depressão maior com hipomania
Estados mistos
Transtorno ciclotímico
Transtorno bipolar
não especificado
Transtorno bipolar devido
a outra condição médica
BASES BIOLÓGICAS — Variações de monoaminas nas fases de depressão e mania
Bipolaridade: desequilíbrio neuroquímico (NA, 5HT e dopamina) e neuroendócrino.
Estudos mais recentes são focados na modulação sináptica, sinalização intracelular, neuroplasticidade e mecanismos de morte celular (apoptose).
Fase de depressão:
noradrenalina e dopamina diminuídas no córtex pré-frontal e áreas do sistema límbico
Fase de mania:
serotonina e dopamina aumentadas no córtex pré-frontal e áreas do sistema límbico
TRATAMENTOS
Estabilizadores de humor
Carbonato de lítio
Baixa margem de segurança
Espaço entre nível plasmático eficaz (NPE) e tóxico (NPT) é pequeno. A janela segura (terapêutica), portanto, é pequena, sendo mais fácil de obter uma overdose dele.
Tempo de meia vida = +/-12h (ação prolongada)
Monitorização constante obrigatória
Feita por exames nos rins, na tireoide e em todas as partes que o lítio "ataca" em lugar do sódio. Ademais, nesse sentido, a monitoria também é feita pela alimentação do sujeito tratado. A monitoria é algo como um "check-up".
Efeito terapêutico – 2 semanas, enquanto que efeitos adversos são imediatos
PERIGOS DO LÍTIO
É muito eficaz, porém, tem alta toxicidade
Efeitos tóxicos
: Função renal, Função tiroidiana e SNC
Sinais de intoxicação
: vômito, diarréia, tremor, anorexia, ataxia, confusão, sonolência, convulsão, coma e morte.
Órgãos e partes mais vulneráveis ao lítio:
Rins, Tireoide e SNC como um todo
Lítio se parece muito com o sódio
Ele não tem receptor, entrando nas células com facilidade
Efeito colateral: acúmulo de água. Sujeito pode engordar
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS IMPORTANTES COM LÍTIO
. Esses fármacos aumentam lítio no sangue
Lítio e diuréticos tiazídicos (como furosemida, por exemplo)
Lítio e antinflamatórios não esteroidais, como
diclofenaco (Voltaren), ibuprofeno, etc.
Anticonvulsivantes
Foram feitos pra epilepsia (excitabilidade neuronal)
Demora pra fazer efeito na bipolaridade, porém, na epilepsia é imediato
Fármacos mais usados:
Àcido Valpróico e Carbamazepina
Ácido Valpróico: teratogênico (má formação do tubo neural) e metabolização hepática intensa (monitorização)
Carbamazepina: Hepatóxica e Indutor enzimático (PCYP3A4) – tolerância
Antipsicóticos
Apenas os de 2ª geração. Os de 1ª geração nunca são usados para pacientes bipolares, pois gera muitos sintomas extrapiramidais.
Alguns fármacos de antipsicóticosde 2ª geração:
Aripiprazol, clozapina, lurasidona, quetiapina, olanzapina, risperidona, ziprasidona.
Combinar medicamentos é comum para tratar bipolares
Antidepressivos sozinhos são perigosos, pois pode ir rápido para mania no paciente, causando possíveis sintomas suicidas
Antidepressivos + lítio segura mais a passagem pro estado de mania no paciente, mas não significa que não seja ainda perigoso
FÁRMACOS: Extra
Ainda não se tem mecanismos precisos dos fármacos. Não sabe-se como eles realmente funcionam. Acredita-se que é um mecanismo intracelular que se relaciona com a neuroplasticidade
IMPACTO DA BIPOLARIDADE -- Efeitos colaterais gerais
Sexta causa de incapacidade no mundo
Maior taxa de morbidade e mortalidade e sofrimento pessoal
Maior risco de doenças médicas como cardiovasculares, diabetes e câncer
Associação com obesidade, fumo e sedentarismo
Alto índice de suicídio (15%) 30 vezes maior população
Mortalidade por doenças diminui de 9 a 13 anos a sobrevida
Mortalidade por doenças cardiovasculares 38% (dobro da população)
Prejuízos cognitivos 30 a 60% (funções executivas)
Guilherme Santana de Mendonça - VD1 (RA00340667)