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Abdome Agudo Vascular, No início, a obstrução de uma artéria determina a…
Abdome Agudo Vascular
Quadro Clínico
O aparecimento de sintomas dependa da: Lesão combinada de duas artérias, da qualidade de circulação colateral e da necessidade do segmento intestinal.
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A primeira resposta do intestino à isquemia é
um intenso vasoespasmo, o que explica a dor
intensa seguida de náuseas, vômito, diarreia e sangue oculto retal ou gástrico.
A dor, assim como na isquemia crônica localiza-se em região epigástrica ou periumbilical, e, é desproporcional aos achados do exame físico
Numerosas anastomoses naturais com grande potencial para desenvolver vias colaterais conectam os três principais troncos viscerais: Tronco celíaco, artérias mesentéricas superiores e inferior
Raramente, a doença oclusiva isolada a de uma única artéria causa sintomas de isquemia intestinal. Há necessidade, quase sempre, de que duas das três artérias digestivas estejam obstruídas, , implicando uma diminuição de 50% ou mais do fluxo sanguíneo destinado ao território esplâncnico para que se iniciem sintomas
Etiologia
Tem como causas principais a: embolia arterial
cardiogênica, a trombose arterial, a trombose venosa mesentérica e a isquemia mesentérica
não oclusiva.
Isquemia Crônica
Alterações Extrínsecas (compressões, bridas, neoplasias, etc)
Alterações Intrínsecas (aterosclerose, vasculites, fibrodisplasia, etc)
Isquemia aguda
Oclusão Arterial Mesentérica (Embolia Arterial, Trombose Arterial)
A embolia, predominantemente, tem origem nas cavidades cardíacas, geralmente é originada de um trombo mural associado a infarto do miocárdio e fibrilação atrial.
A extensão da lesão intestinal é variável e depende da localização topográfica do alojamento do êmbolo na AMS. A existência de placa ateromatosa prévia é a causa mais frequente de trombose.
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Nas Tromboses Esporadicamente, são secundárias à infecção intra-abdominal,hipertensão porta, hérnia estrangulada,
neoplasias ou coagulopatias.
Alguns medicamentos podem levar ao
infarto intestinal, assim como os digitálicos, a
ergotamina, os contraceptivos orais, os diuréticos, vasopressores e drogas como a cocaína
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Fisiopatologia
Na isquemia aguda, o dano tecidual parece acontecer tanto na fase de isquemia propriamente dita quanto na fase de restauração do fluxo sanguíneo um evento conhecido como síndrome de reperfusão mediado por interações leucócito-endoteliais causando mais destruição tissular.
Quanto mais prolongada a fase isquêmica, maior será o dano na reperfusão.
A circulação esplâncnica, que recebe aproximadamente 25% do débito cardíaco em repouso e 35% após uma refeição. A maior parte do fluxo sanguíneo mesentérico é direcionada para as camadas mucosa e submucosa do intestino, com o restante suprindo as camadas muscular e serosa.
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Controle intrinseco: incluem autorregulação pressão-fluxo, hiperemia reativa e vasodilatação hipóxica, que respondem a alterações instantâneas no fluxo sanguíneo.
Controle extrínseco: envolve as fibras vasoconstritoras α-adrenérgicas, que causam vasoconstrição dos vasos mesentéricos. Após períodos prolongados de vasoconstrição, ocorre um aumento compensatório do fluxo sanguíneo, possivelmente através da estimulação β-adrenérgica. A influência neural predominante sobre a circulação esplâncnica é o ramo adrenérgico do sistema nervoso autônomo.
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Isquemia não oclusiva:
reflete o vasoespasmo esplâncnico em resposta à baixa perfusão sistêmica como resultado de mecanismo ativados para privilegiar o fluxo cerebral e coronariano mediado pela vasopressina e SRAA
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Diagnóstico
Na isquemia aguda, ⅔ dos pacientes são
mulheres e, geralmente, com mais de 70 anos
. No início, o exame físico é relativamente
pobre, com abdome inocente.
Paciente com dor abdominal aguda e acidose metabólica apresenta isquemia intestinal até que se prove o contrário.
Nas primeiras horas, não há sinais de
irritação peritoneal, distensão ou febre8
Laboratorial?
A leucocitose invariavelmente está acima de 20.000;
Aumento da CPKMB em 6 horas do início do processo;
Amilase e lipase só aumentam nas fases mais avançadas, e acidose metabólica
Acidose metabólica com lactato aumentado
Exame de imagem?*
RADIOGRAFIA SIMPLES
só são sugestivas nas fases avançadas quando revelam edema de parede, separação anormal das alças, presença de gás nas paredes do intestino. (pneumatose intestinal) ou no sistema porta e na dilatação das alças de delgado e do colo transverso
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ARTERIOGRAFIA
Realizado pela técnica de Seldinger, pelo cateterismo retrógrado da retrógrado da
aorta abdominal.
Permite o estudo do óstio das artérias viscerais, onde se localizam os processos obstrutivos
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ANGIORESSONÂNCIA
É o método mais indicado para diagnóstico
de obstrução de artérias digestivas. acurácia elevada no estudo da aorta abdominal
e seus ramos viscerais.
Na isquemia aguda, este exame é dificultado
pela técnica a devido à falta de colaboração do
paciente, que muitas vezes não suporta o tempo do exame.
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No início, a obstrução de uma artéria determina a inversão do fluxo da rede anastomótica permitindo um enchimento retrógrado.
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Em um segundo tempo, há hipertrofia anatômica do circuito anastomótico, suficiente para manter o equilíbrio hemodinâmico
Em graus mais avançados: lesões tróficas
na camada epitelial das vilosidades intestinais, gerando síndrome de má absorção.
Na isquemia aguda, geralmente nas tromboses, a obstrução é ostial. Enquanto nas embolias localiza-se em nível troncular
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A inexistência de lesão arterial, a presença de
espasmo e a ausência de contraste nos ramos mesentérios ou arteríolas terminais são sugestivos de doença funcional ou não oclusiva.
a isquemia mesentérica crônica constitui um desafio para o diagnóstico diferencial da dor
abdominal crônica.
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Alguns pacientes experimentam dor abdominal intensa muito antes de o bolo alimentar alcançar o intestino
delgado, chama-se de "roubo gástrico" da perfusão mesentérica como fator desencadeante de hipóxia tecidual
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Os digitálicos são vasoconstritores específicos das artérias mesentéricas, A estenose concomitante no óstio da AMS contribui para a diminuição do fluxo esplâncnico. A hipóxia precipita espasmo arterial secundário, por ação simpática, reduzindo ainda mais o suprimento sanguíneo.*
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A teoria metabólica:
sugere que a demanda de oxigênio tecidual influencia a circulação esplâncnica, levando à vasodilatação e hiperemia em resposta a um desequilíbrio entre o suprimento e a demanda de oxigênio
A teoria miogênica
propõe que os receptores de tensão arteriolar regulam a resistência vascular em relação à pressão transmural
O abdome agudo vascular ocorre quando há sofrimento de uma víscera por interrupção súbita do aporte sanguíneo para esse órgão.
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A seta aponta para região de oclusão da artéria mesentérica superior, causada por um êmbolo
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A seta demonstra uma completa oclusão da artéria mesentérica superior, através da interrupção de fluxo na fase arterial.