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CONTABILIDADE NACIONAL: as Contas Econômicas Integradas (CEI) e a Tabela…
CONTABILIDADE NACIONAL
: as Contas Econômicas Integradas (CEI) e a Tabela de Recursos e Usos (TRU)
ANTECEDENTES
origens do SCN remontam ao relatório
Definição e Medição do Rendimento Nacional e Totais Relacionados
(Subcomitê de Estatísticas do Rendimento Nacional da Sociedade das Nações, 1947)
produzido sob orientação de Richard Stone
mostrava como obter a renda nacional e o PNB "por seleção e combinação de operações elementares de um sistema econômico e como apresentar a interdependência dessas operações"
Primeira versão do SNA (System Of National Accounts): 1953.
Pós-2GM: começa a haver um esforço, coordenado pelas Nações Unidas, p/ que as nações produzam infos sistemáticas e padronizadas sobre o funcionamento das suas economias
Versão atual: SNA-93, atualizado em 2008
.
publicado pelas Nações Unidas, em conjunto com o FMI, o Banco Mundial, a OCDE e a Comissão de Estatística das Comunidades Europeias (Eurostat)
Publicação de referência para que os países de economia de mercado ou em transição possam montar seu SCN
Atualmente, apenas a Coreia do Norte não adota o SNA-93
INTRODUÇÃO
Pós-2GM até 1985 - FGV era a responsável por construir o SCN do BR, por delegação do IBGE
A partir de 1985 - atribuição assumida pelo IBGE
"
As contas nacionais permitem que se integre o conjunto de dados sistematicamente disponível sobre a realidade econômica e social. Portanto, constituem a principal força por trás da consistência das estatísticas econômicas, sociais e demográficas
."
Uma visão geral do novo SCN: as CEI
(com base no SNA-93)
As Contas Econômicas Integradas (CEI) - estrutura central do SCN
funcionamento
Oferecem uma visão do conjunto da economia, descrevendo, para cada setor institucional, seus fenômenos essenciais - produção, consumo, acumulação e patrimônio - e suas inter-relações no período considerado.
são construídas em torno de uma sequência de contas de fluxos, devido ao
saldo de uma conta ser transportado para a conta seguinte
(saldo = recursos - usos)
consequência: se o valor de uma conta for alterado, todas as outras tb serão
trabalha apenas com
variáveis de fluxos
(qtd mensurada ao longo de determinado período de tempo)
lembrar: estoque = quantidade existente em um determinado momento; fluxo = variação ao longo de um determinado período de tempo
Verificar arquivo
CEI2020_20230316 na pasta de economia (essencial para obter uma imagem do que está escrito aqui)
terminologias
usos
: operações que
reduzem o montante do valor econômico de um setor
- lançadas ao lado esquerdo das contas-correntes, por convenção
Ex: remunerações - são um gasto para quem as paga (embora sejam um recurso para quem as recebe)
recursos
: operações que
aumentam o valor econômico de um setor
- lançadas ao lado direito das contas-correntes, por convenção.
Ex: uma receita
saldos = recursos - usos
saldos são o resultado líquido das atividades.
É por meio deles que a sequência de contas se articula
Ex de saldos: PIB, renda nacional, renda disponível, poupança bruta etc
nas
COLUNAS
, estão:
setores institucionais
: instituições que se caracterizam por
autonomia de decisão e unidade patrimonial
. São classificadas de acordo com sua atv. econômica principal.
total da economia
: soma dos setores institucionais, excluindo o resto do mundo
bens e serviços
: caso especial, é apresentada no todo, sem divisão por setor institucional
estruturação das CEI: 3 conjuntos de contas
contas-correntes
: produção, distribuição e utilização da renda
essas contas apresentam
conta de bens e serviços: é um resumo de todas as infos obtidas na TRU. Apresenta a oferta total e o destino desta oferta, pelas categorias de demanda (oferta = demanda)
PS: nesta conta, e apenas nela, recursos do lado esquerdo e usos do lado direito
como os recursos e os usos se equilibram, não há saldo contábil. Por isso, esta conta não está encadeada em uma sequência com as demais contas.
saldo: valor adicionado bruto, a preços básicos
agregado: PIB
geração de renda na produção
remunerações pagas por residentes aos residentes/não residentes
saldo:
excedente operacional bruto (agregado: EOB) = lucro
(PIB - remuneração - imposto)
impostos líquidos de subsídios sobre produção e importações
distribuição e redistribuição dos rendimentos pelas unidades institucionais
alocação da renda primária: tudo que tem na de geração de renda +
renda de propriedade enviadas (RPPE) e recebidas do resto do mundo (Rppr)
ex: Ambev tem uma fábrica em outro país e resolve arrendar sua máquina p/ outras empresas de lá. O valor dese aluguel gera uma renda de propriedade, que vem periodicamente ao BR
remuneração paga por não residentes a residentes
saldo:
RNB
distribuição secundária da renda
RNB
TUR
Saldo = RDB (RNB + TUR)
utlização da renda - mostra como a renda é utilizada
- alocação final entre consumo e poupança (última saldo das contas correntes: poupança)
RDB - despesa de consumo final =
poupança bruta (SD)
saldo de cada conta é registrado do lado esquerdo e representa a rubrica de abertura da conta seguinte, lançada do lado direito
contas de acumulação
- mostram a aquisição e cessão de ativos e passivos não financeiros.
abrem com a poupança e registram os "fluxo de transações" e "outros fluxos", que
representam mudanças nos ativos (lado esquerdo) e nos passivos e no patrimônio líquido (lado direito)
fluxos de transações: operações entre as unidades institucionais que têm significado econômico relevante - ex: produção, compra, venda etc
outros fluxos: mudanças no valor de ativos e passivos que não ocorrem em decorrência de transações econômicas
raciocínio: será que a poupança foi suficiente para financiar os investimentos internos?
relação entre contas-correntes e contas de acumulação se dá pela
poupança
, que pode ser usada para
adquirir ativos reais (bens de capital, por ex) ou ativos financeiros
se a poupança for inferior à aquisição de ativos reais, essa aquisição deve ser financiada
, seja pela cessão de ativos, seja pelo aumento do endividamento do setor institucional
subdivisão:
1º grupo:
conta de capital e conta financeira
- evidenciam o saldo contábil e a
capacidade/necessidade de financiamento
conta de capital: transferência de ativos não financeiros, não produzidos
conta financeira: fluxo de transações de capital. Está dividida em:
investimento direto, investimento em carteira, derivativos e outros investimentos
2º grupo -
conta de outras variações no volume dos ativos e conta de reavaliação
- registram as variações de ativos, passivos e patrimônio líquido resultantes de operações não registradas no grupo anterior
as infos desses dois grupos de contas são utilizadas na construção das contas de patrimônio, para registrar a variação patrimonial
contas de patrimônio
: mostram os
estoques
de
ativos
e
passivos
e o
patrimônio líquido
conta de patrimônio inicial
conta de variação de patrimônio
conta de patrimônio final:
conclui a sequência das CEI
relação entre as contas de fluxos e as contas de patrimônio se dá pelas "operações" ou "outros fluxos" registrados na sequência das contas-correntes e de acumulação, as quais afetam os ativos ou passivos detidos pelos setores institucionais (porque a
variação de estoques é resultado de uma acumulação prévia de fluxos
)
conceito
PATRIMÔNIO
em contas nacionais engloba os ativos:
tangíveis (bens patrimoniais físicos, mas exclui os bens duráveis possuídos pelas famílias)
intangíveis (ex: marcas e patentes)
financeiros (como a moeda, as ações e os títulos)
Uma visão geral do novo SCN: as Tabelas de Recursos e Usos (TRU)
(com base no SNA-93)
Relação com as CEI: As TRU vinculam-se às CEI por meio dos resultados de oferta e demanda e renda agregados por setores de atividade
As TRU representam operações de produção, importação e uso realizadas segundo as atividades econômicas.
Mostram as relações de troca entre setores
atividades econômicas: agropecuária, comércio, transporte, armazenagem e correio, limpeza urbana etc
Base para a construção da matriz de insumo-produto
As TRU são divididas em:
Tabela de recursos de bens e serviços
, a qual apresenta a
oferta
total de bens e serviços da economia (produção e importação)
Tabela de usos de bens e serviços
, a qual apresenta a demanda total (
consumo intermediário
+
demanda final
)
formação bruta de capital (ou investimento): soma algébrica da formação bruta de capital fixo e da variação de estoques
lembrar: FBKF = investimentos correntes em ativos fixos (construção, máquinas, equipamentos etc)
demanda final
- exportação, consumo final e formação bruta de capital
Componentes do valor adicionado por setor de atividade
me ajuda a te ajudar: olha o arquivo TRU2020resumo
As contas nacionais do Brasil: operações de bens e serviços
Conta de operações de bens e serviços: conta 0 - apresentada separada das CEI.
É a base de todo o sistema. É uma coluna síntese das operações de bens e serviços
Recursos e usos se equilibram (oferta=demanda), então não há saldo.
Nessa conta, por convenção, os recursos são lançados do lado esquerdo e os usos do lado direito
Objetivo: apresentar o
total da oferta de bens e serviços (produção doméstica + importações) no ano e o destino dessa oferta pelas categorias de demanda
Categorias de demanda: consumo intermediário, consumo final, FBKF, variação de estoque e exportação de bens e serviços
Metodologia: conta gerada a partir da
identidade entre o valor do PIB obtido pela ótica da produção e do consumo/gasto
PIB = VPpb - CIpc + IP e
PIB = Cpc + FBKFpc + VE + Xfob - Mcif
Igualando as duas identidades:
VPpb - CIpc + IP = Cpc + FBCFpc + VE + Xfob - Mcif
Alterando a identidade anterior, chegamos à identidade entre recursos e usos
VPpb + Mcif + IP = CIpc + Cpc + FBCFpc + VE + Xfob
Em que:
VPpb = valor da produção a preços básicos;
Mcif = importação de bens e de serviços de não fatores
IP = impostos sobre produtos líquidos de subsídios
CIpc = consumo intermediário a preço de consumidor
Cpc = Consumo final a preço de consumidor
FBKFpc = Formação Bruta de Capital Fixo a preço de consumidor
VE = variação de estoque;
Xfob = Exportação de bens e de serviços de naõ fatores, valoradas a preço FOB
preços FOB e preços CIF
FOB = Free on Board = custos de transporte são de responsabilidade da empresa solicitante
CIF = responsabilidade fica ao encargo do fornecedor do serviço de transporte
construção dessas variáveis
Valor da Produção (VPpb): considera a produção de bens e a produção de serviços
Produção no SCN: produção mercantil, produção por conta própria para uso final e produção de não mercado
produção mercantil
- todos os bens e serviços produzidos com intenção de venda a preços economicamente significativos
produção por conta própria para uso final
- seja agrícola, doméstica, renda atribuída aos utilizadores de imóveis próprios (aluguel imputado)
produção de não mercado
- bens e serviços individuais ou coletivos produzidos
pelo governo ou por instituições sem fim lucrativo a serviço das famílias
Consumo Intermediário (CIpc): todo o consumo de bens e serviços mercantis utilizados na produção de outros bens e serviços, mercantis ou não
Consumo final (Cpc) = bens e serviços de uso privado (famílias) ou coletivo (adms públicas)
Investimentos em ativos de capital (FBKF): investimentos dedicados à ampliação da capacidade produtiva
bens duráveis e serviços a eles incorporados adquiridos por meio de compra, troca, formação de capital p/ uso próprio e ajudas recebidas em espécie.
bens dedicados ao uso no processo de produção.
Vida útil normal: mais de um ano
bens de consumo duráveis não são considerados. Ferramentas de pequeno valor não são consideradas.
Variação de estoque (VE): variação líquida nos estoques de bens acabados ou em elaboração ou de matérias primas utilizadas no processo de produção.
Contabilidade Social - Carmem Feijó