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Terapia Familiar: Conceitos e Métodos
1. Os fundamentos da Terapia Familiar
Mito do Herói
Se quisermos ser Heróis, necessitamos de um vilão.
Terapia Familiar X Terapia Individual
Terapia individual
Tratamento dirigido à individualidade da pessoa
É dirigido à constituição da pessoa.
Terapia Familiar
Acredita que as forças da vida estão localizada na família
Objetiva mudar a organização da família.
A família é mais do a simples soma de indivíduos. É um sistema orgânico cujas partes funcionam de uma maneira que transcende suas características separadas.
A terapia familiar nasceu em 1950, cresceu em 1960 e ficou adulta em 1970.
Quando as coisas dão errado nos relacionamentos, a maioria das pessoas dá o crédito ao outro. Heróis e Vilões.
Influência mútua
O poder da terapia familiar deriva-se de juntar pais e filhos para transformar sua interações.
Descongelamento
Só depois que algo sacode as crenças de um grupo é que seus membros estarão preparados para aceitar a mudança.
Quando o indivíduo decide conversar com o terapeuta já começou a descongelar antigos hábitos.
Reconhecer e se propor a falar sobre seus traumas
Principais Pensadores
Gregory Bateson: ala intelectual da terapia familiar (esquizofrenia)
Minton Erickson: Abordagem Pragmática de solução de problemas
John Bel: terapia de grupo
Murray Bowen
Nathan Ackerman
Don Jackson
Jay Haley
3. Modelos Iniciais e
Técnicas Básicas
Processo de Grupo
Existência de um líder (visto como pai)
Os demais membros do grupo, vistos como irmãos.
Análise das Comunicações
Objetivo da Terapia Familiar: melhorar os relacionamentos e o funcionamento do grupo.
Quando as pessoas se reúnem em um grupo, emergem processos relacionais que refletem os indivíduos envolvidos e seus padrões coletivos de interação
Estágios de
Terapia Familiar
O telefonema inicial
Breve, para evitar o desenvolvimento de uma aliança com apenas um membro da família.
Se o contato é para uma terapia individual, avaliar a pertinência da terapia familiar e, se for o caso, propô-la.
Enfatizar a necessidade de ouvir todos (como estratégia para trazer a família)
Identificar uma hipótese acerca do problema.
A primeira entrevista
Fazer contato com cada membro da família, reconhecer seu ponto de vista em relação ao problema, e seus sentimentos em relação à terapia.
Estabelecer liderança, controlando a estrutura e o ritmo da entrevista.
Desenvolver uma aliança de trabalho com a família, equilibrando simpatia e profissionalismo.
Elogiar as pessoas por ações positivas e forças familiares.
Ser empático com cada membro da família e demonstrar respeito pela maneira da família de fazer as coisas.
Focar problemas específicos e as soluções tentadas.
Desenvolver hipóteses sobre interações prejudiciais em torno do problema e investigar por que elas persistem.
Não ignorar o possível envolvimento de membros da família, amigos ou auxiliares que não estão presentes.
Negociar um contrato de tratamento que reconheça os objetivos da família e especifique como o terapeuta vai estrutura o tratamento.
Estimular perguntas.
A Fase Inicial do Tratamento
Identificar conflitos importantes e trazê-los para dentro do consultório.
Desenvolver uma hipótese e transformá-la em uma formulação sobre o que a família faz para perpetuar o problema.
Manter o foco nos principais problemas.
Dar tarefas de tema de casa que envolvam o tratamento dos problemas elencados.
Desafiar os membros da família a ver o próprio papel nos problemas que os afligem.
Lutar pela mudança, durante as sessões e entre as sessões.
Recorrer à supervisão para testar a validade das formulações e a efetividade das intervenções.
A Fase Intermediária do Tratamento
desafiar os membros da família sobre os conflitos/problemas familiares.
Evitar ser diretivo demais, para que a família aprenda a confiar na própria maneira de se relacionar, melhorando-a.
Estimular a responsabilidade individual e o entendimento mútuo.
Assegurar-se de que os esforços para melhorar os relacionamentos estão tendo um efeito positivo.
Se você atender subgrupos, não perca de vista o quadro familiar completo.
Identificar os papeis centrais da família e encorajar as pessoas a desempenharem seus papeis.
Término
O problema apresentado melhorou?
A família está satisfeita, sente que conseguiu o que buscava?
Se sim. Realizar um fechamento.
Alguns dias depois, entrar em contato e verificar se está tudo bem.
Escolas de Terapia Familiar
Terapia Familiar Sistêmica de Bowen
Fundado por Murray Bowen
Os relacionamentos humanos são impulsionados por duas forças: INDIVIDUALIDADE e PROXIMIDADE
Formulações Teóricas
Família molda o indivíduo
Diferenciação do self -
libertar-se parcialmente do caos emocional da própria família.(agir racionalmente)
Triângulos Emocionais -
uma terceira pessoa entra na relação para diminuir dividir/diminuir conflitos (Ex.: filho)
Processo emocional da família nuclear
- excesso de reatividade emocional pode trazer problemas.
Processo de projeção familiar
- pais transmitem sua falta de diferenciação aos filhos
Processo de transmissão multigeracional
- transmissão de ansiedade de geração para geração (filho mais envolvido na fusão familiar avança para um nível mais baixo de diferenciação do self)
Posição de nascimento dos filhos
- primogênito = poder; demais = questionadores do status quo, mais abertos a experiências.
7.
Rompimento emocional
- quanto maior a fusão mais a probabilidade de rompimento. (Busca de distância mudando-se para longe)
Processo emocional societário
- processos sociais tóxicos, como sexismo e preconceito.
Desenvolvimento Familiar Normal
: quando os membros são DIFERENCIADOS, a ansiedade é baixa e os parceiros mantêm um bom contato emocional com as próprias famílias.
(Pessoas saem de casa quando adolescente. Assim a transformação costuma estar incompleta. Continuamos com sensibilidade de adolescente junto aos pais, mesmo após adultos)
Desenvolvimento de
Transtornos de Comportamento
Quanto mais diferenciada a pessoa mais resiliente ao stress ela será
Objetivos da Terapia
Aprender mais sobre si mesmo
Ajuda os membros da família a irem além da culpa e da acusação, a fim de enfrentarem e explorarem o papel de cada um nos problemas familiares
Prestar atenção ao
PROCESSO
(padrões de reatividade humana) e à
ESTRUTURA
(rede interligada de triângulos)
Desenvolver a capacidade de distinguir entre pensamento e sentimento e aprender a usar esta capacidade para resolver problemas de relacionamento é o princípio mais importante da terapia boweniana
Diminuir a ansiedade e aumentar o foco no self – a capacidade de ver o próprio papel nos processos interpessoais – é o principal mecanismo de mudança
Técnicas Terapêuticas
1
Genograma
: diagrama familiar para coletar e organizar dados importantes da família.
Triângulo Terapêutico
: processos conflituosos. A família tentará envolver o terapeuta em seus triângulos. O terapeuta deve evitar tomar partido.
Experiências de Relacionamento
: Alterações estruturais em triângulos chave, objetivando ajudar os membros da família a perceberem os processos sistêmicos e seus papeis.
Treinamento
: Não significa dizer às pessoas o que fazer, mas fazer perguntas de processo destinadas a ajudar o clientes a entender os processos emocionais familiares e seus papeis.
A posição-EU
: Dizer o que sente ao invés do que os outros estão fazendo. Ex.: "Eu gostaria que você me ajudasse" ao invés de "Você é preguiçosa".
Terapia familiar múltipla
: trabalhar com dois casais, revezando o foco (casais podem aprender mais observando os outros)
Histórias de Deslocamento
: mostrar filmes e contar histórias para ensinar os membros da família sobre o funcionamento do sistema.
Terapia Familiar Estratégica
Terapia Familiar Estrutural
Terapia Familiar Experencial
Terapia Familiar Psicanalítica
A maioria dos terapeutas familiares vê a família como uma unidade. O Terapeuta psicanalítico focaliza menos no grupo e mais no indivíduo.
Fundadores: Jill e David Scharff
A essência do tratamento psicanalítico é descobrir e interpretar impulsos inconscientes e defesas contra ele.
As pessoas são conectadas, mas a natureza de suas interações é parcialmente ditada por uma organização psíquica.
A psicologia Freudiana da Pulsão: Possuímos pulsões sexuais e agressivas.
A Psicologia
do SELF
Todo ser humano anseia ser apreciado
Criança que teve afirmação amorosa na infância será um adulto com personalidade forte e autoconfiante.
A criança privada da afirmação amorosa seguirá pela vida ansiando pela atenção que lhe foi negada.
Self = Individualidade. Self Real X Self Ideal
A Teoria das
Relações Objetais
Ponte entre o estudo do indivíduo e dos relacionamentos sociais.
Essência: nos relacionamos com base em expectativas criadas pelas experiências iniciais. (imagens mentais do self dos outros)
separação/individuação = self diferenciado.
O mundo interno das relações objetais não correspondem ao mundo verdadeiro das pessoas reais.
Desenvolvimento
Familiar Normal
O bebê precisa de um estado de fusão e identificação com a a mãe para um futuro desenvolvimento do self solidamente constituído.
Se o relacionamento inicial for seguro e amoroso, o bebê será capaz de, gradualmente, se desligar de sua mãe (castração do complexo de Édipo)
Fase de Separação (mãe) X Individuação (self)
Espelhamento e idealização
O destino da família é amplamente determinado pelo desenvolvimento inicial das personalidades individuais que a constituem. (Pais adultos e felizes = família harmoniosa)
Desenvolvimento de
Transtornos de Comportamento
A ênfase psicanalítica passou dos instintos para as relações objetais, dependência infantil e desenvolvimento incompleto do self.
A fuga das relações objetais é a raiz dos problemas psicológicos
Transferência: deslocar os sentimentos sentidos por uma pessoa para outra. Ex.: substituir o sentimento pela mãe pelo sentimento pela esposa.
Identificação projetiva: quando você projeta seus comportamentos desejados nos outros.
O casamento é uma transação entre objetos internalizados escondidos.
Deseja-se que o parceiro se conforme a um modelo internalizado. Nem sempre esta expectativa irrealista se cumpre.
A quantidade de estresse que uma família é capaz de tolerar depende de seu nível de desenvolvimento.
Objetivos
da Terapia
Libertar os membros da família de limitações inconscientes, para que possam interagir como indivíduos sadios.
Alcançar a (Separação-Individuação) ou (Diferenciação). Ou seja, a
AUTONOMIA
.
Condições para a
Mudança de Comportamento
A terapia Psicanalítica funciona por meio de insight (estimular os insights)
Busca diminuir as defesas para que se tornem eles mesmos (aceitar quem são)
TERAPIA
Avaliação
Como a família interage em torno do sintoma, e como as interações familiares afetam o sintoma?
Qual é a função do sintoma atual?
O que impede a família de enfrentar seus conflitos?
De que maneira a situação atual está ligada a traumas passados?
Como o terapeuta resumiria o conflito focal em uma afirmação curta?
Técnicas
Terapêuticas
4 técnicas básicas
Escuta
Empatia
Interpretação
Neutralidade Analítica
4 Canais
A experiência interna
A história desta experiência
Como o parceiro desencadeia esta experiência
Como o terapeuta pode contribuir
Terapia Familiar Cognitivo-Comportamental
Terapia Focada na Solução
Terapia Narrativa
Premissa: a experiência pessoal é fundamentalmente ambígua
Comportamento humano só é compreendido por meio de um processo que organize os elementos, junte-os, atribua significa e priorize-os
As histórias que contamos a nós mesmos são poderosas porque determinam o que percebemos.
Tem como foco expandir o pensamento dos clientes, de forma que considerem maneiras alternativas de olhar para si mesmos e seus problemas.
fundado por Michael White e Cheryl White ... seguido por David Epston
Formulações
Teóricas
A verdade da experiência não é descoberta (abordagem psicanalítica), mas
CRIADA
.
Incentiva o
terapeuta a ...
Adotar uma posição colaborativa, empática, profundamente interessada na história do cliente.
Buscar momentos na história do cliente que ele foi forte ou capaz.
Fazer perguntas que demonstrem uma postura não impositiva, respeitosa, em qualquer nova história.
Jamais rotular as pessoas.
Ajudar as pessoas a se desligarem das narrativas culturais dominantes que internalizaram, para abrirem espaço a histórias de vida alternativas.
Acreditam que os problemas surgem porque as pessoas são doutrinadas a uma visão limitada de si mesmas e do mundo.
Externaliza o Problema: Ao invés de
TER ou SER
um problema o cliente
LUTA CONTRA
um problema.
O problema não é nem o paciente, nem a família. O Problema é o problema.
Desenvolvimento
Familiar Normal
Evitam julgamento sobre o que é "Normal"
Evitam rotular as pessoas dentro do das categorias de distúrbios do DSM-V
Características da
Família "Normal"
Têm boas intenções
São influenciadas pelos discursos em seu entorno
Não são os seus problemas.
Podem desenvolver histórias alternativas, depois de se separarem dos problemas.
Desenvolvimento de
Transtornos de
Comportamento
Quando as histórias contadas a si mesmas constroem experiências de maneira prejudicial, potencializam os problemas.
A narrativa negativa se sobrepõe à narrativa positiva
Terapeuta deve conduzir para a narrativa positiva
Ex.: Focar nos bons comportamentos do filho e potencializá-los ao invés de apenas criticar os maus comportamentos.
Em vez de observar dentro das famílias, os terapeutas narrativos olham para fora, ou seja, para as narrativas culturais que governam nossas vidas.
Objetivo da Terapia: Separar as pessoas do problema e depois unir a família para lutar contra um inimigo comum. O problema é visto como uma entidade externa
TERAPIA
Avaliação
Colher a história da família.
Não significa apenas coleta de informações. É uma investigação reconstrutiva, destinada a levar a família, do derrotismo, a um sentimento de poder sobre os problemas que os assolam
Personificar os problemas como entidades externas e mapear as influências dos problemas sobre a família
Técnicas
Terapêuticas
Externalizar: a pessoa não é o problema
. O problema é o invasor externo contra o qual devemos todos lutar. Ex.: Não sou uma pessoa depressiva (interior). As vezes sou dominado pela depressão (causa exterior)
Quem está no comando, a pessoa ou o problema?
Perguntas de influência relativa. Ex.:Quando a depressão vence seu pai, como isto afeta a vida familiar?
Lendo nas entrelinhas da história-problema
. Momentos em que se conseguiu evitar os efeitos do problema. Ex.: Você lembra de algum momento em que a depressão tentou dominá-lo, mas você não deixou?
Reescrevendo toda a história
. Mapear ações positivas que fizeram, em determinados momentos. vencer o problema.
Reforçar a nova história
. Criar ligas ou grupos de ajuda. Solidificar novas identidades.
Resumir a nova história utilizando uma linguagem externalizadora do problema e potencializando as vitórias alcançadas.
Desconstruir pressupostos culturais destrutivos
, os quais levam ao problema.
Ex.: desconstruir a imagem machista que um menino obteve de seu pai.
3 Estágios
1. O Estágio narrativo do Problema.
Reformular o problema como uma aflição ao focar seus efeitos em vez de suas causas.
2. Encontro de Exceções
Achar triunfos sobre o problema e exemplos de ação efetiva
3. Recrutamento de apoio
.