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Abdome Agudo Obstrutivo, Paciente Idoso, Obstrução alta, Obstrução baixa,…
Abdome Agudo Obstrutivo
CONCEITO:
Abdome agudo obstrutivo é uma emergência cirúrgica definido pela agudização de um quadro de obstrução intestinal – sendo constituído por qualquer afecção que dificulte ou impeça o fluxo intraluminal intestinal, podendo ter natureza funcional ou mecânica.
A obstrução do intestino delgado é uma interrupção mecânica na patência do trato gastrointestinal que
resulta na combinação de vômitos, constipação absoluta e dor abdominal.
Intestino Grosso
Etiologia
1-
NEOPLASIAS
constituem a principal causa de obstrução colônica, sendo responsáveis por mais de 50% dos casos. A imensa maioria destas neoplasias é representada por adenocarcinomas.
Pacientes com câncer de cólon que sesubmetem à cirurgia de urgência por quadro de obstrução têm pior prognóstico do que aqueles que sofrem cirurgia eletiva
60% DOS CASOS
2-
Vólvulo intestinal
nesta condição, o intestino gira sobre si
mesmo, provocando angulação e obstrução “em alça fechada”. Nestes casos, o comprometimento da vasculatura intestinal se faz de maneira muito precoce (estrangulamento).
20% DOS CASOS
3- Estenose
A doença de Crohn e a enterocolite actínica, por promoverem estenoses, também podem ser, eventualmente, responsáveis por quadros obstrutivos
10% dos casos
Diagnóstico
Historia
Características comuns a todas as causas de obstrução incluem cólica e distensão abdominais, hábito intestinal alterado com insuficiência de passagem das fezes (obstrução completa) ou com passagem de alguns flatos ou fezes (obstrução parcial), náusea e vômitos; embora náusea e vômitos possam ser um sinal tardio.
Outras características específicas:
Malignidade colorretal
Volvo de cólon
Doença diverticular
Estenoses benignas
Exame físico
A distensão abdominal na distribuição dos segmentos do cólon afetados e o abdome timpânico são comuns a todas as causas de obstrução mecânica. Sensibilidade leve pode estar presente na obstrução inicial de qualquer causa
Sensibilidade grave e rigidez abdominal implicam em peritonite secundária à perfuração. A sensibilidade, especialmente no ceco, indica perfuração iminente. Hérnias irredutíveis devem ser excluídas e incisões prévias e virilha devem ser cuidadosamente inspecionadas.
Os ruídos hidroaéreos podem ser normais inicialmente, mas silenciam quando a obstrução evolui. O exame de toque retal descarta causa do reto baixo/médio (por exemplo, impactação) e avalia o conteúdo retal. Um canal vazio sugere obstrução total acima do alcance do dedo do exame. Fezes duras implicam
Exames laboratoriais
Amilase/lipase sérica, hemograma completo, eletrólitos séricos, função renal e estudos de coagulação devem fazer parte da avaliação inicial. Os marcadores tumorais podem ser úteis para identificar uma malignidade ovariana, mas os resultados podem não estar disponíveis tão rapidamente quanto outros testes de rotina e são improváveis de influenciar no manejo inicial.
Exames de imagem
Raio-X
A radiografia torácica ortostática deve fazer parte da avaliação inicial. Ela poderá demonstrar ar subdiafragmático livre se tiver ocorrido perfuração, embora a perfuração possa ocorrer na ausência de ar livre na radiografia torácica ortostática.
TC abdominal e de pelve
A TC pode confirmar a obstrução do intestino grosso em >90% dos casos e pode revelar a causa subjacente.Além disso, a TC pode detectar metástases locais e regionais em pacientes com obstrução do intestino grosso decorrente de neoplasia maligna e pode evitar a necessidade de enema com contraste quando a patologia colorretal ou pélvica/ginecológica é claramente identificável
Enema com contraste
Pode ser realizado após a avaliação inicial para confirmar o diagnóstico. Fornece informações sobre o nível, o grau e o tipo de obstrução.[22] O contraste hidrossolúvel flui livremente para a obstrução, onde há um ponto de corte característico dependendo da natureza da obstrução. No cenário de volvo de cólon sigmoide, um "bico de pássaro" liso e cônico é encontrado na junção reto-sigmoide.
Endoscopia
A endoscopia pode atuar para o diagnóstico e fins terapêuticos. Para as lesões obstrutivas malignas no cólon reto-sigmoide e esquerdo, a endoscopia flexível pode confirmar o diagnóstico baseado em características endoscópicas e com biópsia, mas sua principal função é terapêutica
Tratamento
perfuração suspeita ou
iminente: medidas de suporte e cirurgia de emergência
volvo de sigmoide (sem/com peritonite ou
gangrena da mucosa): sigmoidoscopia flexível ou rígida e cirurgia
volvo cecal: cirurgia
malignidade colorretal: cirurgia e colocação de stent
doença diverticular: cirurgia e colocação de stent
ingestão de corpo estranho: remoção transluminal ou laparotomia
estenoses benignas: tratar causa subjacente
endometriose: ressecção
abscesso pélvico: drenagem percutânea ou transrretal e ressecção
Intestino Delgado
Etiologia
Causas mais comuns em adultos
Cirurgia prévia com a formação de adesões intra-abdominais, incluindo cirurgia colorretal/ginecológica, ressecção de tumores intra-abdominais, laparotomia em casos de trauma
Hérnia inguinal com encarceramento; hérnias ventral, incisional, umbilical e parastomal
Doença de Crohn
Neoplasia maligna intestinal
Apendicite
Causas mais comuns em crianças
Apendicite
Intussuscepção
Atresia intestinal
Volvo
Diagnóstico
Exame fisico
Raio-x de tórax PA + raio-x de abdome AP em é e deitado
Pesquisar por distenção de alça, níveis hidroaéreos, edema de parede e parada de progressão gasosa, ausência de ar no cólon
Distribuição mais centralizada no abdome, visualização das pregas coniventes "empilhamento de moedas"
TC
É mais útil em pacientes com histórico de neoplasias
história
Diferentemente da obstrução baixa, a alta apresenta vômito mais precoce e bilioso, dor mais precoce
Tratamento
Emergência médica
OID completa com ou sem peritonite requerem cirurgia
OID parcial: descompressão nasogástrica e observação estrita
Cirurgia se houver resposta insatisfatória ao tratamento não operatório após 48 a 72hrs
Não cirúrgico
Ressuscitação fluídica com cateter de Foley para monitorar débito urinário
Descompressão do intestino com sonda nasogástrica
Antiêmese com descompressão nasogástrica
Metoclopramida é contraindicada
Analgesia com morfina
Profililaxia ATB se necessário cirurgia
Cirúrgico
Para pacientes com OID completa, peritonite, estrangulamento ou tratamento não cirúrgico malsucedido
Laparotomia exploratória + ATB amplo espectro (cefoxitina ou ampicilina associada a gentamicina)
OID completa ou complicada ou estrangulada: laparotomia de emergência associada a ressucitação fluídica + profilaxia ATB pré-operatório + descompressão nasogástrica + analgesia + correção da causa subjacente
OID completa ou complicada, ou estrangulada se cirurgia contraindicada: descompressão nasogástrica associada a ressucitação fluídica + analgesia + antieméticos + antiespasmódico
OID parcial: ressucitação fluídica e descompressão nasogástrica + correção da causa subjacente + analgesia + cirurgia + profilaxia ATB pré-operatória + correção causa subjacente + antieméticos
CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao mecanismo
Obstrução mecânica
Agente Físico causando obstrução do TGI
Neoplasias, corpos estranhos, bridas, volvos
Obstrução Funcional
Causada por alteração na motilidade intestinal sem agente físico obstruindo
Íleo paralítico ou adinâmico e na síndrome de Ogilivie
Quanto ao grau
Obstrução Total
Ocorre uma obstrução total do intestino e os sintomas são mais evidentes, com importante distensão abdominal, vômitos frequentes e Parada de eliminação de fezes e flatos
Obstrução Parcial
também chamada de suboclusão intestinal, em que os sintomas são mais frustros.
Quanto à gravidade
Simples
Não há isquemia
Estrangulada
Sinais de sofrimento intestinal
Quanto a Localização
Obstrução Alta
São as que ocorrem no INTESTINO DELGADO, ou seja, proximal à válvula ileocecal
Obstrução Baixa
são as obstruções colônicas, por exemplo, neoplasias colorretais, volvo de sigmoide e fecaloma.
Ocorre no intestino grosso
Pode ser com:
Válvula ileocecal competente (mais comum)
A válvula ileocecal impede que haja um retorno do conteúdo do intestino
grosso obstruído para o intestino delgado
Obstrução em alça fechada, maior risco de isquemia e perfuração do colón próximo ao ceco
Válvula ileocecal incompetente
A válvula ileocecal não impede que o conteúdo colônico obstruído retorne em direção ao intestino delgado
Maior distensão abdominal e pode apresentar vômitos com fecaloides
Menor risco de perfuração
Paciente Idoso
Neoplasia colorretal
Íleo biliar
Estenose por doença diverticular
Estenose por colite isquêmica
Obstrução alta
Brida / aderência
Hérnia interna
Tumor de delgado
Bolo de verminose / benzoar
Obstrução baixa
Neoplasia colorretal
Volvo de sigmóide / megacolon
Estenose de íleo terminal – Doença Inflamátoria Intestinal (Crohn)
Intussuscepção
Paciente com cirurgia abdominal prévia
Brida / aderência
Hérnia interna
Hérnias de parede abdominal (incisional)
Grupo 3: Ana Clara Santos Moura, Ana Júlia Martins Amorim, Bárbara Morais de Melo Oliveira, Isabella Ferreira Prado, Iza Bianca Targino Freire, Lucas Leal, Laura Carvalho, Mariana Nunes, Moser de Souza Caldeira.