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Ventilação mecânica, image - Coggle Diagram
Ventilação mecânica
Indicações
Anormalidades da ventilação: disfunção da musculatura respiratória, doenças neuromusculares, alteração do nível de cosciência, aumento da resistência nas vias aéreas.
Anormalidades da oxigenação: hipoxemia, necessidade de PEEP, trabalho respiratório excessivo.
Outras: pós-PCR, PO de grandes cirurgias, sedações intensas.
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Mecânica respiratória
A ventilação ocorre por gradiente de pressão nas vias aéreas, que geram o influxo de ar.
A expiração é um processo passivo, que deve ter duração suficiente para permitir o esvaziamento pulmonar. A relação Inspiração:Expiração é de 2s:3s
PEEP: pressão positiva expiratória final. É a pressão mínima necessária para impedir o colapso alveolar. Na VM, é preciso recriar a PEEP artificialmente. Quando há aprisionamento aéreo, o pulmão gera uma pressão positiva (auto-PEEP), que dificulda o disparo.
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Ciclo ventilatório
Fase inspiratória: inicia-se com um disparo. O VM insufla os pulmões, podendo ser limitado por pressão, volume ou fluxo. Pode ser realizada uma pausa inspiratória.
Ciclagem: mudança da fase inspiratória para expiratória, quando a variável de escolha é atingida (pressão, volume corrente, fluxo inspiratório, tempo).
Fase expiratória: o ventilador abre a valva expiratória, permitindo o esvaziamento pulmonar e mantendo a PEEP.
Disparo: mudança da expiração para a inspiração. Pode ocorrer pelo tempo determinado da FR, sensibilidade do esforço respiratório do paciente.
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Parâmetros
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Volume: calculado com base no peso esperado para a altura do paciente. Iniciar com 6-10 ml/kg, mantendo pressão de platô < 35 cmH2O.
FR: ajustar em valor próximo ao fisiológico (12 irpm). Quanto maior a FR, menor o tempo expiratório. Para equilibrar, tem que aumentar o fluxo inspiratório, buscando manter a relação I:E.
Fluxo inspiratório: 40-60 L/min. Em pacientes com DPOC, pode ser necessário fluxo mais alto, para permitir maior fase expiratória.
PEEP: usada para recrutar alvéolos, e mantém maior pressão nas vias aéreas, favorecendo a oxigenação alveolar. Quando há auto-PEEP, adicionar PEEP externa em 85% da auto-PEEP para minimizar o esforço necessário para o disparo.
Pausa inspiratória: fornece uma pausa durante a inspiração, que permite uma equiparação da pressão do sistema (pressão de platô) e permite melhor distribuição do O2 nos alvéolos, melhorando a oxigenação.
Doenças específicas
SDRA
- Volume corrente 4-6 ml/kg.
- FR necessária para pH > 7,15 e PCO2 < 75.
- Pressão de pico 35 cmH2O.
- Pressão de platô < 30 cmH2O.
- Fluxo > 60 L/min
DPOC
- Volume corrente 5-8 ml/kg.
- FR manter relação I:E 1:3.
- Pressão de pico 35 cmH2O.
- Pressão de platô < 30 cmH2O.
- Fluxo 40-80 L/min.
Asma
- Volume corrente 5-7 ml/kg.
- FR 7-11 irpm.
- Pressão de pico 50 cmH2O.
- Pressão de platô < 35 cmH2O.
- Fluxo < 60 L/min.
Desmame ventilatório
4 fases: desmame da pressão positiva, da PEEP, do tubo endotraqueal, do O2 suplementar.
Critérios de desmame
- Reversão do processo que levou à IOT - adequada oxigenação.
- PaO2 > 60 mmHg com FiO2 <= 40%.
- PEEP < 5 - capacidade de iniciar esforço respiratório.
- Tosse eficaz.
- Estabilidade hemodinâmica.
- Estabilidade respiratória.
- Estabilidade neurológica e Glasgow > 8.
- Correção de distúrbios hidroeletrolíticos.
Causas de falha: distúrbio hidroeletrolítico e/ou acidobásico, infecção não controlada, alterações cardiovasculares ou neurológicas, dor, desnutrição, privação do sono noturno.
Pneumonia associada à VM
Critérios
- Aumento da FiO2 mínima diária > 20% ou aumento da PEEP mínima diária > 3 por 2+ dias
- Tax > 38°C ou < 36°C; leuco > 12.000 ou < 4.000.
- Secreção respiratória purulenta.
- Cultura positiva: aspirado traqueal, lavado broncoalveolar, escovado brônquico.
Prevenção: elevar cabeceira a 30°; higiene oral com clorexidina oral; profilaxia para úlceras de decúbito; profilaxia para TVP.
Tratamento: iniciar ATB empírico, conforme perfil microbiano da unidade. Ajustar conforme perfil de sensibilidade das culturas.
Repercussões hemodiâmicas
- ⬇️ DC, retorno venoso, complacência do VE.
- ⬆️ Pressão no AD, pressão intratórácica.
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