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01.03.23 - Constipação Intestinal na Infância, DAMARISMEDEIROS MEDICINA …
01.03.23 - Constipação
Intestinal na Infância
OBJETIVOS
Identificar os pontos importantes na anamnese para investigação
Utilizar os critérios de ROMA IV
Reconhecer os sinais de alarme
Caracterizar os achados no exame físico
Reconhecer as possíveis complicações
Elaborar um plano de cuidados
DEFINIÇÃO
A constipação pode ser definida como atraso ou dificuldade na defecação presente por duas ou mais semanas causando desconforto ao paciente.
Constipação crônica funcional resulta da retenção voluntária de fezes pela criança ou adolescente relacionada ao medo de evacuar causado por uma evacuação prévia dolorosa
Um ciclo vicioso é formado levando a impactação fecal e algumas vezes a incontinência fecal, perda de sensação de distensão retal e por último perda da urgência normal de defecar
A pseudoconstipação ocorre em aproximadamente 5% dos lactentes com idade inferior a 6 meses em aleitamento natural predominante. É definida como a ocorrência de eliminação de fezes macias em frequência menor que 3 vezes na semana. Tal condição é fisiológica e não requer tratamento
ANAMNESE
Idade do início dos sintomas
Sucesso ou fracasso no treinamento esfincteriano
Frequência e consistência das fezes (Escala de Bristol)
Dor ou sangramento durante a passagem das fezes
História dietética
Comportamento retentor
Mudança no apetite, náuseas e ou vômitos
Perda ponderal
Roma IV - Critérios diagnósticos para constipação funcional
Entre 0 e 4 anos (durante 1 mês pelo menos). Pelo menos 2 critérios:
massa fecal no reto;
comportamento de retenção;
história de evacuações duras ou dolorosas;
retenção excessiva de fezes;
duas ou menos evacuações por semana;
Criança com treinamento esfincteriano – critério adicional:
– pelo menos um episódio de incontinência fecal por semana;
– fezes volumosas que podem obstruir o vaso sanitário.
– Deve haver critérios insuficientes para o diagnóstico de síndrome do intestino irritável.
– Os sintomas não devem ser plenamente explicados por outra condição médica.
De 4 anos até adolescentes (uma vez por semana por pelo menos um mês). Pelo menos 2 critérios:
duas ou menos evacuações no banheiro por semana;
pelo menos um episódio de incontinência fecal por semana;
história de comportamento de retenção ou retenção voluntária excessiva de fezes;
história de evacuações dolorosas ou duras; – história de fezes de grande diâmetro que podem obstruir o vaso sanitário;
grande massa fecal no reto.
Deve haver critérios insuficientes para o diagnóstico de síndrome do intestino irritável.
Os sintomas não devem ser plenamente explicados por outra condição médica.
SINAIS DE ALARME
Atraso na eliminação do mecônio (após 48hrs de vida)
Febre
Vômitos
Sangramento retal
Distensão abdominal grave
EXAME FÍSICO
Distensão abdominal
Massa fecal palpável no abdome
Fissura anal
Fezes retidas (toque retal)
Tratamento da impactação
Oléo mineral; Hidróxido de magnésio; Lactulose; Polietilenoglicol 3.350; PEG 4000 - manipulação; Enema fosfatato;
MANUTENÇÃO
É fundamental que seja reforçada a importância do recondicionamento do hábito intestinal, o que inclui a orientação de permanência da criança sentada no vaso sanitário ou penico por um período de 5 a 10 minutos após as grandes refeições, a fim de aproveitar o reflexo gastrocólico.
Os vasos sanitários devem ser adequados à altura da criança ou deve se fornecer uma adaptação que permita o uso correto da musculatura abdominal envolvida na defecação. A criança deve conseguir apoiar os pés no chão ou deve-se usar um banco ou cadeira em frente ao vaso sanitário para que ela possa apoiar os pés
A utilização de laxantes por pelo menos 2 meses
Todos os sintomas da constipação devem estar resolvidos por pelo menos 1 mês antes da descontinuação do tratamento e a retirada do laxante deve ser gradual
O especialista deve ser consultado quando houver falha no tratamento ou quando existe a suspeita de doença orgânica
DAMARISMEDEIROS
MEDICINA
P4-FCMPB