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Streptococcus, Família Streptococcacea, Família Enterococcacea - Coggle…

- - - - por vezes pode ser gama
        
        são resistentes à optoquina
      - características:
        
        muito frequentes nas vias aéreas superiores - habitantes anaeróbios facultativos + frequentes da orofaringe
      - clínica:
        
        cáries dentárias
        
        principal agente de endocardite bacteriana de válvula nativa (não protésica)
        
        são muito frequentes na orofaringe, por isso podem entrar facilmente em circulação e depositar numa válvula lesionada (exemplo clássico é o doente que teve febre reumática em criança)
    - - epidemiologia:
        
        é um dos agentes patogénicos + frequentes em humanos - uma das causas principais de mortalidade e morbilidade
        
        uma das principais causas de otite média
        
        40 - 70% das crianças em idade pré-escolar são colonizadas assintomaticamente na nasofaringe
        
        colonização temporária por diferentes serotipos, ocorrendo doença geralmente após aquisição de novo serotipo
        
        a doença é frequentemente precedida por infeção vírica respiratória (pneumonia)
        
        infeções ocorrem geralmente: crianças, idosos e imunocomprometidos
        
        transmissão: gotículas
      - clínica:
        
        meningite
        
        pneumonia
        
        otite média, sinusite, mastoidite
        
        bacteriemia oculta
        
        quadro de sépsis inesperado (sem haver porta de entrada evidente)
        
        outras infeções: artrite e peritonite
        
        terapêutica:
        
        infeções respiratórias: penicilina
        
        resistência relativa: aumento da dose
        
        resistência total: macrólidos, cefalosporinas ou novas quinolonas
        
        meningite ou bacteriémia: penicilina se possível
        
        alternativa: cefalosporinas de 3ª geração
        
        se houver também resistência: vancomicina
        
        profilaxia: vacinas (redução drástica de casos de infeções invasivas)
      - características:
        
        diplococcus ou cadeia curta, lanceolados (forma de lança, arredondados)
        
        solúveis em bílis: não colonizam o intestino, porque não toleram a bílis
        
        inibidos pela optoquina: importante no diagnóstico - forma simples de o distinguir de outros alfa-hemolíticos (se se colocar num disco com optoquina, vai aparecer um halo sem crescimento à volta - quer dizer que ela matou a bactéria)
        
        maioritariamente capsulados
        
        nutricionalmente + exigentes: crescimento estimulado em 5 - 10% de CO2 (pode crescer sem CO2, mas este facilita)
        
        múltiplos fatores de virulência, sendo a cápsula a + conhecida (dificulta a fagocitose)
  - - - grupo A
        
        Streptococcus pyogenes :tongue:
        
        é raro ter uma patologia humana com uma bactéria do grupo A e não ser esta
        
        características gerais
        
        tem proteínas específicas à sua volta, que são o que lhe dão proteção: M e T (há dezenas de diferentes pyogenes com diferentes proteínas M e T (principalmente M), por isso, o doente pode ser infetado muitas vezes ao longo da vida
        
        epidemiologia
        
        coloniza apenas o Homem, frequentemente a nível da orofaringe e pode colonizar transitoriamente a pele
        
        5 - 15% dos indivíduos são colonizados assintomaticamente
        
        transmissão: gotículas e secreções respiratórias (ambientes fechados com muitas pessoas favorecem a transmissão - infantários); contacto direto com a pessoa infetada
        
        grupos de risco: crianças e adolescentes
        
        fatores de virulência:
        
        exotoxinas pirogénicas (A, B e C): termolábeis e produzidas apenas por algumas estirpes - causam escarlatina
        
        estreptolisinas O e S: importantes para o TASO, especialmente a O, causando hemólise dos eritrócitos, leucócitos e plaquetas (O - inativada na presença de O2 e é imunogénica; S - não é inativada pelo O2, sendo responsável pela hemólise superficial visível nas placas, e é não-imunogénica)
        
        estreptoquinase ou fibrinolisina: lise da fibrina no plasma humano, permitindo a disseminação rápida em tecidos infetados
        
        desoxirribonuclease (DNAse): degrada o DNA do pus, reduzindo a sua viscosidade
        
        hialuronidase: digere ácido hialurónico do tecido conjuntivo do hospedeiro, permitindo a sua disseminação; digere a sua própria cápsula
        
        clínica
        
        doenças supurativas
        
        faringite ou amigdalite (é o principal causador de amigdalite bacteriana)
        
        escarlatina (devido à produção das toxinas, porque a bactéria não está pressente na pele): quadro exantemático
        
        impetigo: infeção cutânea
        
        erisipela: infeção típica da face ou perna, devido a invasão subcutânea da pele
        
        celulite: invasão subcutânea
        
        fasceíte necrotizante: quadro grave, provocado por uma espécie de gangrena, com destruição muscular intensa
        
        síndrome de choque estreptocócico: quadro dramático, causado pelas toxinas - febre alta, hipotensão, exantema eritematoso difuso e envolvimento de vários órgãos
        
        bacteriémia
        
        doenças não supurativas (não ocorrem por toxinas, mas por mecanismos imunológicos)
        
        tipicamente, aparecem 2 - 3 semanas após uma amigdalite
        
        febre reumática: atingimento cardíaco preocupante
        
        glomerulonefrite: há uma semelhança entre a proteína M de alguns Streptococcus e a membrana basal do glomérulo -> possibilidade de reações cruzadas de anticorpos contra a membrana basal (também pode acontecer no coração) -> lesão local + formação e deposição de imunocomplexos
        
        terapêutica:
        
        uma das raras exceções que são ainda universalmente sensíveis à penicilina e seus derivados, sendo esta a terapêutica de eleição (amoxicilina e beta-lactamina)
        
        alergia à penicilina: macrólidos - eritromicina (utiliza-se pouco na rotina), claritromicina e azitromicina - pode haver alguma resistência a estes fármacos, sendo necessário o TSA
      - grupo B
        
        Streptococcus agalactiae :baby_bottle:
        
        por vezes pode ser gama
        
        é raro ter uma patologia humana com uma bactéria do grupo B e não ser esta
        
        características + epidemiologia:
        
        colonizam o trato GI, urinário e genital
        
        colonização transitória vaginal em 10 - 30% das mulheres grávidas e não grávidas: risco de colonizar o bebé durante o parto (60% dos bebés que nascem de mães colonizadas ficam colonizados)
        
        fatores que aumentam o risco de colonização do bebé:
        
        prematuro
        
        rutura prematura das membranas
        
        trabalho de parto prolongado
        
        prevenção: norma para saber se a grávida está colonizada
        
        rastreio para todas as grávidas - 35ª - 37ª semana
        
        pesquisa da bactéria com zaragatoa vaginal + retal (faz-se nos 2 para aumentar a sensibilidade)
        
        positivo: antibiótico intraparto - vai para os tecidos vaginais e diminui a probabilidade de infetar o recém-nascido
        
        reduziu drasticamente os casos de infeção neonatal
        
        clínica:
        
        período neonatal (transmissão vertical)
        
        manifestações precoces (< 7 dias)
        
        pneumonia
        
        meningite
        
        sepsis
        
        manifestações tardias (1 semana - 3 meses)
        
        sépsis
        e/ou
        
        meningite
        
        mulher grávida:
        
        infeção urinária
        
        infeção pós-parto: endometrite, sépsis puerperal, infeção da pele
        
        adulto:
        
        infeção urinária (sobretudo)
        
        infeções da pele e tecidos moles
        
        bacteriémia