Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
Desequilíbrio acidobásico, Nathália Lima - internato - Coggle Diagram
Desequilíbrio acidobásico
O diagnóstico correto de distúrbios do metabolismo acidobásico envolve a análise da gasometria arterial.
pH:
7,35 - 7,45
PCO2:
35 - 45
HCO3:
22 - 26
1º PASSO:
existe acidose ou alcalose?
Analisar o valor do pH. Menor que 7,35 é acidose; maior que 7,45 é alcalose.
2º PASSO:
classificar em respiratório ou metabólico.
Analisar o valor de PaCO2:
Se for acidose e PaCO2 for > 45 é acidose respiratória; se for alcalose e PaCO2 for < 35 é alcalose respiratória.
Analisar o valor de HCO3:
Se for acidose e HCO3 for < 22 é acidose metabólica; se for alcalose e HCO3 for maior que 26 é alcalose metabólica.
3º PASSO:
se for acidose metabólica olhar se o ânion gap está normal ou aumentado.
Calcular o ânion-gap:
AG = Na - (Cl + HCO3)
AG normal (8 - 12);
AG aumentado representa acúmulo de ânions não mensuráveis.
Acidose metabólica + AG normal pode ser pelo excesso de Cl (acidose hiperclorêmica).
4º PASSO:
o grau de compensação é normal?
Qualquer um dos 4 tipos de distúrbio acidobásico "puro" possui a sua resposta compensatória esperada.
Acidose metabólica:
PaCO2 esperada = (1,5 x HCO3) + 8.
Alcalose metabólica:
PaCO2 esperada = (0,9 x HCO3) +16.
Distúrbios específicos
Acidose metabólica com AG aumentado e Cl normal
Acidose láctica; cetoacidose diabética; cetoacidose alcoólica; IRA grave (uremia); intoxicação por AAS; intoxicação por metanol: intoxicação por etilenoglicol.
Acidose metabólica com AG normal e Cl aumentado
Perdas digestivas de bicarbonato; ureterossigmoidostomia; acetazolamida; diuréticos poupadores de potássio; NPT; DRC; insuficiência suprarrenal; hipoaldosteronismo hiporreninêmico; pseudo-hipoaldosteronismo; acidose tubular renal.
Tratamento
Tratar a causa base; reposição de HCO3 (em toda acidose com AG normal, na uremia, intoxicação e pH < 7,2.
Alcalose metabólica com Cl baixo extrarrenal:
vômitos; drenagem gástrica; adenoma viloso de cólon; diarreia de cloro congênita; gastrinoma.
Alcalose metabólica com Cl baixo renal:
diuréticos tiazídicos e de alça; alcalose após hipercapnia crônica.
Alcalose metabólica com Cl normal extrarrenal:
hemotransfusão maciça; consumo excessivo de leite; administração exógena de bicarbonato de sódio.
Alcalose metabólica com Cl normal renal:
hipocalemia; hiperaldosteronismo; hipertensão renovascular; síndrome de Cushing; exceção de ânions (nitratos, penicilinas).
Suporte ventilatório, IOT + VMI se necessário alteração do sensório, fadiga respiratória, pH < 7,25, para manter a PCO2 no valor normal ou prévio.
Alcalose respiratória aguda:
hiperventilação (ansiedade, angústia); intoxicação por AAS; insuficiência hepática aguda; crise asmática; TEP.
Alcalose respiratória crônica:
insuficiências hepática; hipertireoidismo; doenças do SNC; pneumopatias crônicas com hiperventilação.
Manter o paciente euvolêmico e repor potássio e cloreto se necessário. Tratar a causa base.
Acidose respiratória aguda:
fadiga respiratória; edema agudo de pulmão; obstrução de VA; doenças do SNC; crise miastênica.
Acidose respiratória crônica:
DPOC; esclerose lateral amiotrófica; síndrome de Pickwick (obesidade + apneia do sono); neuropatias e miopatias crônicas.
Nathália Lima - internato