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Esquizofrenia e transtornos psicóticos, Nathália Lima - internato - Coggle…
Esquizofrenia e transtornos psicóticos
Esquizofrenia
Perturbação que dura, pelo menos 6 meses, com pelo menos 1 mês de sintomas ativos.
Apresenta 2 ou mais sinais:
delírios; alucinações; discurso desorganizado; comportamento desorganizado ou catatônico; sintomas negativos.
Declínio funcional (uma vez iniciado, o estado cognitivo prévio não retorna mais).
Não há distinção entre homens e mulheres, faixa dos 25 anos.
É raro o aparecimento antes dos 10 anos ou depois dos 50 anos.
O aparecimento de sintomas da fase ativa marca a esquizofrenia.
Início geralmente insidioso, com pródromos (retraimento social; perda do interesse pela escola ou trabalho; deterioração da higiene e cuidados pessoais; comportamento incomum; ataques de raiva).
Sintomas positivos
Alucinações auditivas e visuais; delírios irreais; perturbação da forma e do curso do pensamento; comportamento desorganizado ou bizarro; agitação psicomotora; negligência dos cuidados pessoais.
Sintomas negativos
Pobreza do conteúdo do pensamento e da fala; embotamento afetivo; incapacidade de sentir emoções e prazer; isolamento social; diminuição da iniciativa e da vontade.
Outros sintomas
Audição dos próprios pensamentos em vozes; alucinações auditivas que comentam seu comportamento; alucinações somáticas; sensação de ter seus pensamentos controlados; sensação de ter suas ações controladas e influenciadas por algo exterior.
Transtorno esquizofreniforme
Quadro sintomático equivalente ao da esquizofrenia, mas que dura de 1 a 6 meses, sem necessidade de declínio funcional.
Transtorno delirante
1 mês de delírios não bizarros sem outros sintomas de esquizofrenia.
Tipos: erotomaníaco; grandioso; ciumento; persecutório; somático; misto; não especificado.
Tratamento
Antipsicóticos incisivos:
Bloqueio dopaminérgico; diminui sintomas positivos.
Indicações:
esquizofrenia; fase maníaca; psicose induzida por substâncias; transtorno delirante persistente.
Ex.:
haloperidol; pipotiazina; penfluridol.
Antipsicóticos atípicos:
Indicados em psicoses refratárias aos antipsicóticos tradicionais; intolerância aos efeitos extrapiramidais; sintomas negativos predominantes.
Ex:
quetiapina; risperidona; olanzapina.
Antipsicóticos sedativos
Sedação; indicados em caso de agitação psicomotora.
Indicações:
esquizofrenia; fase maníaca do transtorno afetivo bipolar.
Ex.:
clorpromazina; levomepromazina; tioridazina; amissulprida.
Transtorno esquizoafetivo
Perturbação em que episódios de humor e sintomas de fase ativa da esquizofrenia ocorrem juntos, mas que os sintomas de esquizofrenia começaram antes (delírios e alucinações, sem sinais proeminentes de humor).
Transtorno psicótico breve
Perturbação que envolve o início súbito de pelo menos 1 sintoma psicótico positivo.
Um episódio dura pelo menos 1 dia e no máximo 1 mês e o doente tem retorno completo ao nível pré-morbido de funcionamento.
Ação dos antipsicóticos
Bloqueio dos receptores dopaminérgicos D2. O bloqueio de outros receptores está relacionado a mais efeitos adversos.
Efeitos colaterais
Síndrome extrapiramindal
Acatisia:
Após 3º dia de medicação; inquietação psicomotora; desejo incontrolável de se movimentar; sensação interna de tensão.
Diminuir a dose ou mudar o antipsicótico.
Discinesia tardia:
Após 2 anos; movimentos involuntários e sincrônicos.
Parkinsonismo medicamentoso:
1ª semana de uso; tremos de extremidades; hipertonia; rigidez muscular; hipercinesia; fácies inexpressivas.
Tratar com anticolinérgicos ou antiparkinsonianos (amantadina).
Síndrome antipsicótica maligna:
Forma rara de toxicidade; síndrome extrapiramidal + hipertermia + aumento de CPK + redução da PA + distúrbios autonômicos.
**Suspender medicação, UTI, hidratação, agonista dopaminérgico (bromocriptina) e miorrelaxante (dantroleno).
Distonia aguda:
Nas primeiras 48h de uso da medicação; espasmos musculares do pescoço, boca, língua.
Tratar com anticolinérgicos (biperideno).
Nathália Lima - internato