Esquizofrenia e transtornos psicóticos

Esquizofrenia

Transtorno esquizofreniforme

Transtorno delirante

Tratamento

  • Perturbação que dura, pelo menos 6 meses, com pelo menos 1 mês de sintomas ativos.
  • Apresenta 2 ou mais sinais: delírios; alucinações; discurso desorganizado; comportamento desorganizado ou catatônico; sintomas negativos.
  • Declínio funcional (uma vez iniciado, o estado cognitivo prévio não retorna mais).

Quadro sintomático equivalente ao da esquizofrenia, mas que dura de 1 a 6 meses, sem necessidade de declínio funcional.

Transtorno esquizoafetivo

Transtorno psicótico breve

Perturbação em que episódios de humor e sintomas de fase ativa da esquizofrenia ocorrem juntos, mas que os sintomas de esquizofrenia começaram antes (delírios e alucinações, sem sinais proeminentes de humor).

  • 1 mês de delírios não bizarros sem outros sintomas de esquizofrenia.
  • Tipos: erotomaníaco; grandioso; ciumento; persecutório; somático; misto; não especificado.
  • Perturbação que envolve o início súbito de pelo menos 1 sintoma psicótico positivo.
  • Um episódio dura pelo menos 1 dia e no máximo 1 mês e o doente tem retorno completo ao nível pré-morbido de funcionamento.
  • Não há distinção entre homens e mulheres, faixa dos 25 anos.
  • É raro o aparecimento antes dos 10 anos ou depois dos 50 anos.
  • O aparecimento de sintomas da fase ativa marca a esquizofrenia.
  • Início geralmente insidioso, com pródromos (retraimento social; perda do interesse pela escola ou trabalho; deterioração da higiene e cuidados pessoais; comportamento incomum; ataques de raiva).

Sintomas positivos

Sintomas negativos

Alucinações auditivas e visuais; delírios irreais; perturbação da forma e do curso do pensamento; comportamento desorganizado ou bizarro; agitação psicomotora; negligência dos cuidados pessoais.

Pobreza do conteúdo do pensamento e da fala; embotamento afetivo; incapacidade de sentir emoções e prazer; isolamento social; diminuição da iniciativa e da vontade.

Outros sintomas

Audição dos próprios pensamentos em vozes; alucinações auditivas que comentam seu comportamento; alucinações somáticas; sensação de ter seus pensamentos controlados; sensação de ter suas ações controladas e influenciadas por algo exterior.

Antipsicóticos incisivos:

  • Bloqueio dopaminérgico; diminui sintomas positivos.
  • Indicações: esquizofrenia; fase maníaca; psicose induzida por substâncias; transtorno delirante persistente.
  • Ex.: haloperidol; pipotiazina; penfluridol.

Antipsicóticos atípicos:

  • Indicados em psicoses refratárias aos antipsicóticos tradicionais; intolerância aos efeitos extrapiramidais; sintomas negativos predominantes.
  • Ex: quetiapina; risperidona; olanzapina.

Antipsicóticos sedativos

  • Sedação; indicados em caso de agitação psicomotora.
  • Indicações: esquizofrenia; fase maníaca do transtorno afetivo bipolar.
  • Ex.: clorpromazina; levomepromazina; tioridazina; amissulprida.

Ação dos antipsicóticos

Bloqueio dos receptores dopaminérgicos D2. O bloqueio de outros receptores está relacionado a mais efeitos adversos.

Efeitos colaterais
Síndrome extrapiramindal

Acatisia:

Discinesia tardia:

Parkinsonismo medicamentoso:

Síndrome antipsicótica maligna:

Distonia aguda:

Nas primeiras 48h de uso da medicação; espasmos musculares do pescoço, boca, língua. Tratar com anticolinérgicos (biperideno).

1ª semana de uso; tremos de extremidades; hipertonia; rigidez muscular; hipercinesia; fácies inexpressivas. Tratar com anticolinérgicos ou antiparkinsonianos (amantadina).

Após 3º dia de medicação; inquietação psicomotora; desejo incontrolável de se movimentar; sensação interna de tensão. Diminuir a dose ou mudar o antipsicótico.

Após 2 anos; movimentos involuntários e sincrônicos.

Forma rara de toxicidade; síndrome extrapiramidal + hipertermia + aumento de CPK + redução da PA + distúrbios autonômicos.
**Suspender medicação, UTI, hidratação, agonista dopaminérgico (bromocriptina) e miorrelaxante (dantroleno).

Nathália Lima - internato