A Assembleia Nacional, chamando a si o poder legislativo, procede à abolição dos direitos feudais, determina a venda de bens da Igreja para fazer face às exigências financeiras da crise e emite uma Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão onde se pode ver claramente a influência da Revolução Americana.
Surgem então os primeiros partidos políticos, que dividem entre si o poder, defrontando-se nas ruas e nas reuniões parlamentares. A supremacia dos mais radicais, por cuja iniciativa é proclamada a República, provoca a reação das monarquias europeias, que movem guerra à França, gesto que vem acirrar os ânimos na política interna.
O rei, Luís XVI, julgado pelos parlamentares, é considerado traidor e guilhotinado, o mesmo acontecendo a muitos outros, inclusivamente revolucionários extremamente populares. É o chamado período do Terror, cujos excessos, conjugados com as dificuldades da guerra, provocam uma reação que irá retirar o poder aos radicais, substituídos por elementos mais moderados.
A continuação da guerra e a instabilidade política e social no país conduzem a diversas experiências governativas, que só terminam quando o poder é depositado nas mãos de um cônsul, o general Napoleão Bonaparte, que irá alterar o curso da vida política e social da França, um decénio decorrido sobre o suscitar da revolução.