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HB 1) O Período Colonial - Coggle Diagram

- - - - Europa em 1150
        
        As distintas regiões, embora mantivessem certa coesão cultural graças às heranças do Império, evidenciavam a fragmentação e a descentralização do poder político
        
        A progressiva expansão agrícola passa a fortalecer os laços comerciais, ensejando o desenvolvimento de cidades mais integradas, nas quais começa a pairar ares de relativa liberdade.
        
        região predominantemente rural que havia regredido em termos econômicos e urbanos
        
        nascida das ruínas do Império Romano,
      - crise do século XIV
        
        baixa produtividade agrícola
        
        1347–1351: Peste Negra
        
        fome generalizada
        
        alto nível de mortalidade
        
        frequentes crises de sucessão dinástica
    - - Centralização política
        
        1383–1385: Revolução de Avis
        
        questão assume a forma de uma guerra pela independência
        
        Após crise dinástica, surge o perigo da submissão política ao Reino de Castela, que era apoiado pela grande nobreza lusa
        
        Ocorre uma revolta da burguesia comercial e uma grande sublevação popular, que resultou na ascensão de Dom João, mestre de Avis
        
        A precoce centralização política do poder Monárquico fortalece a capacidade de organização e atuação do Estado português, que passa a ser capaz de canalizar anseios dos mais variados segmentos sociais em um grande projeto nacional de expansão marítima.
      - posição geográfica favorável
      - experiência prévia com o comércio marítimo
      - A Escola de Sagres
      - inovações nos instrumentos de navegação
        
        Ex.: desenvolvimento da caravela
    - - interesses de diferentes setores da sociedade portuguesa
        
        comerciantes: novos parceiros e produtos
        
        Igreja: novos fiéis
        
        Coroa: novas receitas
        
        nobreza: cargos e prestígio
        
        povo: melhores oportunidades
        
        O único setor que não compunha essa linha convergente era a aristocracia rural, a qual se prejudicaria com a alta dos preços de mão de obra advinda das expedições.
      - contorno do périplo africano, rumo à Índia e à China, em busca de especiarias e ouro
        
        No caminho, eram estabelecidas feitorias, fortificações comerciais que garantiam o comércio nos entrepostos africanos
        
        Em certas ilhas do Atlântico, deu-se início ao plantio em larga escala
        
        ilha da Madeira (1420): plantio de trigo e cana de açúcar. Gozou de breve sucesso, e seu declínio resultou tanto de fatores internos como da concorrência do açúcar do Brasil e de São Tomé (1471)
      - 1492: descobrimento da América: Cristóvão Colombo, a serviço do Reino de Castela, chega ao continente americano e aporta na Ilha de San Salvador, nas Bahamas (Antilhas), pensando ter chegado ao Mar da China.
        
        Portugal passa a contestar a posse da nova terra
        
        1494: assinatura do Tratado de Tordesilhas (1494), o qual divide o mundo em dois hemisférios a partir de uma linha imaginária fixada a 370 léguas a oeste das Ilhas de Cabo Verde.
        
        A França, que não reconhece a legitimidade do tratado, passa a representar grande ameaça à América portuguesa, praticando a pirataria e realizando incursões na nova terra.
        
        controvérsias quanto aos reais objetivos da Coroa portuguesa
      - 1498: O navegador português Vasco da Gama chega a Calicute, na Índia
      - 1498: Duarte Pacheco Pereira, sob instruções secretas de D. Manuel I, realiza viagem à costa norte do Brasil, com o propósito de demarcar a linha de Tordesilhas
      - 1499: expedições espanholas à América do Sul conduzidas por Vicente Yañez Pinzón, Diego de Lepe e Alonso de Hojeda. O navegador Pinzón chegou a explorar a entrada do Rio Amazonas, que chamou de "Mar Dulce".
    - - Cerca de quatro milhões de índios habitavam então as terras brasileiras, pertencentes a mais de 100 grupos étnicos e linguísticos distintos.
        
        principais tribos
        
        Tupis: estabelecidos em vasta região litorânea do sul de SP até o Norte do País
        
        Guaranis: ocupavam, especialmente, a bacia Paraná-Paraguai.
        
        Tapuias: denominação genérica para índios que falavam outras línguas, concentravam-se em alguns pontos do litoral
        
        viviam da economia de subsistência, a partir da coleta, da caça, da pesca e da agricultura
        
        Guerras entre as tribos eram comuns e o comércio era raro
        
        Pode-se dizer que a chegada dos portugueses representou uma verdadeira catástrofe para os povos indígenas
      - 1500: o fidalgo português Pedro Álvares Cabral, à frente de uma frota de 12 caravelas a caminho das Índias, chega a Porto Seguro, na Bahia (22 abr), data oficial do descobrimento do Brasil
  - - - 1780/90 – 1822: crise do sistema colonial, culminando no processo de independência
      - 1549 – 1780/90: parte da instalação do Governo Geral e traduz os mais de dois séculos de montagem do aparato colonial, com suas marchas e contramarchas.
      - 1500 – 1549: reflete o escasso comércio no contexto das primeiras tentativas de colonização.
    - - 1550 – 1620: há um período rico, de desenvolvimento (principalmente cana de açúcar)
      - 1620 – 1690: período de crise e declínio (por razões internas, como a expulsão da Holanda e a produção nas Antilhas, e por razões globais, com o auge da lógica mercantilista na Europa).
      - 1690 – 1750: a prosperidade retorna (recuperação do preço de produtos portugueses, período inicial do Tratado de Methuen).
      - Devemos, no entanto, superar a historiografia esquemática da história do Brasil, entendido por “ciclos”, produzida por Roberto Simonsen durante a Era Vargas. “Ciclo do açúcar” e “ciclo do ouro” não fazem parte da historiografia cobrado para o CACD. Outra ideia excessivamente esquemática é o LEME (latifúndio, escravidão, monocultura, exportação): embora ilustre as atividades predominantes, deve ser superada pela incorporação da complexidade do período. Ou seja, não devemos abandonar completamente esses esquemas, mas superá-los com elementos de complexidade
  - - - Em 1505, com o término do arrendamento, a Coroa retomou os esforços exploratórios para si.
    - - Começa a exploração do pau-brasil, usado na tintura de tecidos
    - - 1504: navio francês realiza a primeira incursão na costa do Brasil. Os franceses iniciam ativo comércio de escambo com os indígenas, que irá continuar por todo o século XVI.
      - 1516: presença de navios franceses preocupa Portugal, que despacha uma expedição guarda-costas para a defesa do litoral brasileiro. A expedição alcança até o Rio da Prata.
    - - considerações políticas levaram Portugal ao entendimento de que seria necessário colonizar a nova terra, entre outros motivos, para protegê-la de invasores estrangeiros.
      - representando um momento de transição, a expedição tinha por objetivos patrulhar, explorar, ocupar e colonizar a nova terra, mediante concessão não hereditária aos povoadores que chegavam ao território.
    - - 1530: Primeira expedição inglesa ao Brasil
    - - O Brasil passa a ser dividido em 15 quinhões, divididas por linhas imaginárias traçadas da praia rumo ao interior, que seriam entregues aos capitães-donatários
      - A organização das capitanias hereditárias obedecia a um critério medieval: a doação hereditária de terras
        
        caberia aos capitães-donatários a tarefa de doar partes de terras dentro de suas capitanias (sesmarias), sob certas prerrogativas legais
        
        O sesmeiro, por sua vez, poderia arrendar terras a foreiros (que pagam foro)
        
        lógica hierárquica: capitão donatário > sesmeiro > foreiro
      - capitães-donatários
        
        comerciantes, burocratas, indivíduos da pequena nobreza e até militares, em geral ligados à Corte
        
        no dever de colonizar as novas terras, passariam a ser possuidores, mas não proprietários da terra (não poderiam vendê-la ou dividi-la)
        
        eram imbuídos de poderes administrativos, econômicos e legais, sendo responsáveis pela fundação de vilas e pela formação de milícias.
      - Coroa portuguesa manteve o monopólio das drogas e especiarias, assim como nomeou uma série de funcionários para garantir o recolhimento de sua parcela dos tributos cobrados nas respectivas capitanias.
      - o sistema de capitanias hereditárias fracassa
        
        notáveis exceções: São Vicente e Pernambuco
        
        razões variados: falta de recursos, inexperiência e ataques de índios
        
        Os quinhões vão sendo retomados pela Coroa ao longo dos anos
        
        1754: fim do sistema com Marquês de Pombal
        
        não permitia um grande controle da Colônia por parte da Coroa portuguesa
  - - - fracasso do sistema de capitais
      - crise nos negócios com a Índia
      - derrotas militares sofridas no Marrocos
      - 1545: descoberta espanhola da grande mina de prata em Potosí
    - - sede: Salvador
      - no esforço de centralização administrativa,
        criam-se cargos inicia-se a montagem das instituições e órgãos da administração colonial portuguesa
        
        Governador-Geral
        
        posteriormente reconhecido como Vice-Rei e Capitão-General do Mar e Terra do Estado do Brasil
        
        representava o monarca na Colônia
        
        1549: Tomé de Sousa é enviado como primeiro governador geral, com a missão de garantir a posse, colonizar e recolher tributos do Brasil colonial.
        
        Governadores das Capitania
        
        setor Militar
        
        Milícias (obrigatórias, não remuneradas)
        
        tropas de Ordenança (forças locais)
        
        comandadas pelo Capitão-mor (responsável pela vigilância da costa)
        
        tropa de linha (permanente)
        
        setor de Justiça
        
        ouvidor
        
        administrar a justiça
        
        juízes
        
        Tribunais da Relação
        
        presididos pelo governador ou Vice-Rei
        
        setor da Fazenda
        
        Junta da Fazenda
        
        presidida pelo governador de cada capitania
        
        arrecadação de tributos
        
        o provedor-mor
        
        controle da arrecadação, 1550 - 1580
        
        Câmaras Municipais