A ética na Grécia Antiga sempre estará relacionada à política, é impossível separá-las. Isso só mudará no período medieval, quando os principais filósofos daquele período, Santo Agostinho e São Tomás de Aquino, respectivamente nas Escolas Patrística e Escolástica, fizeram, pela primeira vez, uma separação entre ética e política. Nesse contexto, a ética estará relacionada à divindade, a Deus. Ético, então, não é aquele que se posiciona na praça pública, na polis, na Ágora.
Maquiavel dirá que um príncipe virtuoso, ligado à ética e à moral, não é mais aquele bom príncipe, mas, como político virtuoso, é aquele que permanece no poder. Outros pensadores que refletiram a ética a partir de um debate mais clássico são os utilitaristas, notadamente aqui J. Bentham e Stuart Mill.
Utilitarismo é a máxima do utilitarismo: uma ação só será considerada certa ou errada dependendo de suas consequências. Essa ética utilitária é uma das mais frequentes até os dias atuais, muitas pessoas a utilizam em seu dia a dia, mesmo que inconscientemente. Mas tem um oposto, tem um adversário filosófico digno, que é o pensamento deontológico.
Para que uma ética seja universal, seja realmente firme e forte, a ação tem que ser boa em si mesma, independente de intenções e consequências. Para Kant, matar será errado, mesmo que essa pessoa tenha salvado outras. Isso porque se pensarmos na ética a partir de suas consequências, podemos acabar nos corrompendo.
A ética deontológica kantiana parte de pensar que o que é certo ou errado é função da própria ação, independentemente das consequências. Esse pensamento também está de acordo com a visão cristã, que diz que temos que fazer o bem porque, se o fizermos, chegaremos ao paraíso.