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PANCREATITE AGUDA - Coggle Diagram
PANCREATITE AGUDA
DEFINIDA COMO
Condição inflamatória do pâncreas comumente causada por uma lesão ao trato biliar ou do abuso de álcool. Dano ao pâncreas causa liberação local de enzimas proteolíticas que auto digerem o pâncreas.
OCORRE POR
Ativação pancreática de suas enzimas, isso ocorre por uma obstrução do fluxo pancreático secundária a ele (ex. cálculos biliares, fibrose cística), ou por conta de dano direto às células acinares (álcool e drogas). Diante disso ocorre um aumento da atividade enzimática proteolítica e lipolítica, resultando em uma destruição do parênquima pancreático. Como resultado dessa destruição há atração das células inflamatórias (neutrófilos e macrófagos) → liberação de citocinas inflamatórias → inflamação pancreática.
MANIFESTAÇÕES -
DOR EPIGÁSTRICA SEVERA E CONSTANTE – classicamente IRRADIA PARA AS COSTAS, piora depois de refeições e quando em supino; melhora ao inclinar para frente
Nauseas e vômitos
Febre
No exame físico o paciente pode apresentar sinais de choque (TAQUICARDIA, HIPOTENSÃO, OLIGÚRIA/ANÚRIA) e possível icterícia.
Abdômen timpânico, distendido, íleo com ruídos hidroaéreos diminuídos e timpânico na percussão. Ascite. Sinal de Cullen (equimose periumbilical), Sinal de Grey Turner (equimose em flancos), Sinal da raposa (equimose sobre o ligamento inguinal).
FATORES ETIOLÓGICOS
Dentre os principais fatores, destaca-se cálculos biliares seguidos pela ingesta de bebidas alcóolicas, sendo a segunda a mais comum no mundo
Trauma, Infecções, Pós CPRE, medicamentosa, condições autoimunes, neoplasias, hipercalcemia, hereditariedade e disfunção no esfíncter de Oddi incluem as outras causas menos comuns
Classificações
Classificação de Atlanta
Pancreatite aguda leve
não apresenta falência de órgãos nem complicações locais ou sistêmicas, e geralmente remite na primeira semana
Pancreatite aguda moderadamente grave
presença de falência transitória de órgãos (resolve dentro de 48 horas) e/ou complicações locais ou exacerbação de comorbidades
Pancreatite aguda grave
Falência persistente de órgãos (>48 horas).
As complicações locais são as coleções peripancreáticas de fluidos, a necrose pancreática e peripancreática,pseudocisto e necrose delimitada
Classificação de Balthazar
baseada na extensão da inflamação pancreática e na presença ou ausência de coleção de fluidos ou gás sugerindo necrose à tomografia computadorizada
A
Normal
B
aumento focal ou difuso da glândula; pequena coleção de fluidos intrapancreáticos
C
qualquer uma das anteriores além de alterações inflamatórias peripancreáticas e <30% de necrose da glândula
D
qualquer uma das anteriores além de coleção única de fluidos extrapancreáticos e 30% a 50% de necrose da glândula
E
qualquer uma das anteriores além de extensa coleção de fluidos extrapancreáticos, abscesso pancreático e >50% de necrose da glândula
Classificação patológica
Pancreatite edematosa
o parênquima pancreático e as estruturas retroperitoneais ao redor estão ingurgitados com líquido intersticial e infiltração das células inflamatórias
Pancreatite hemorrágica
sangramento para o parênquima e estruturas retroperitoneais ao redor com necrose pancreática extensa
Exames laboratoriais
hemograma completo
lipase e amilase séricas
proteína C-reativa
hematócritos
gasometria arterial
Exames complementares
tomografia computadorizada (TC) abdominal
O exame de TC com contraste intravenoso (IV) é o estudo mais sensível e específico para confirmar o diagnóstico
colangiopancreatografia por ressonância magnética (CPRM)
radiografia torácica
descartar outros diagnósticos
ultrassonografia transabdominal
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de pancreatite é um diagnóstico de exclusão, devendo ser considerado em qualquer queixa de dor abdominal grave. É necessário 2 dos 3 critérios a seguir para diagnosticar pancreatite:
História clínica compatível (dor na parte superior do abdome)
Amilase ou lipase séricas elevadas ( > 3 o limite do normal)
Estudo de imagem (TC, RM ou USG) compatível com pancreatite aguda.
TRATAMENTO
A adequação da reposição de fluidos é o aspecto mais importante do tratamento clínico
Soro fisiológico ou
solução de lactato de Ringer é a abordagem de manejo hídrico de escolha
Na
pancreatite hemorrágica, pode ser necessária transfusão de sangue.
Oxigênio
É importante monitorar a oxigenação arterial, pois os pacientes podem estar hipoxêmicos, necessitando de oxigênio suplementar.
Analgesia e anti-êmese
O controle da dor com opioides pode reduzir a necessidade de analgesia multimodal
Fentanila ou morfina
Náuseas e/ou vômitos são sintomas apresentados em 70% a 80% dos pacientes. A ondansetrona é o antiemético mais comumente usado
Nutrição
A nutrição oral deve ser retomada logo que a dor e qualquer náusea/vômito comece a remitir. A American Gastroenterological Association recomenda a alimentação por via oral em 24 horas, conforme tolerada, nos pacientes com pancreatite aguda.