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SAÚDE E SERVIÇO SOCIAL PROF. ANA SILVIA JULIATTO BORDINI - Coggle Diagram

- - - - Os assistentes sociais enfrentaram dificuldades no acesso aos equipamentos de proteção individual (EPI) e na demarcação de suas atribuições e competências profissionais. Mesmo que não estivessem atendendo diretamente os usuários com covid-19, os assistentes sociais frequentemente auxiliavam seus familiares. Dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) expressam um aumento no ritmo de contratação de assistentes sociais.
        
        O Ministério da Saúde, possibilitou que todas as atividades relacionadas com a informação e/ou comunicação com as famílias dos utentes em tratamento para a covid-19, incluindo as de âmbito médico, sejam solicitadas aos assistentes sociais no contexto da pandemia. Esses pedidos não são novos. Reiteram antigas práticas de saúde que concebem as ações da equipe multiprofissional não médica de saúde como mero subsídio ao ‘ato médico’
        
        O grupo CFESSCRESS agiu de forma rápida e adequada, editando a Instrução Normativa nº 032020, que destaca que tanto a comunicação do óbito quanto o repasse de informações clínicas não são atribuições do assistente social. Ratifica, portanto, que: O assistente social deve aderir às suas atribuições e competências profissionais.
        
        Apesar da complexidade e das profundas contradições expressas na atualidade, o Serviço Social brasileiro não tem fugido da luta. Vários assistentes sociais enfrentaram os desafios de expressões exacerbadas da questão social em tempos de políticas sociais ultraliberais. Foi por meio da articulação coletiva das equipes, da articulação com os demais profissionais de saúde dentro dos serviços, que se tornou possível ampliar as discussões e qualificar os terrenos para as tensões necessárias.
        
        Dos depoimentos, falas em diversas lives realizadas pelo país com o tema do trabalho profissional dos assistentes sociais em saúde no contexto do enfrentamento da covid-19, testemunhamos a coragem e o compromisso ético-político-profissional, muitas vezes em risco de doença e perda da própria vida. Mesmo em meio a tantas e tão complexas contradições, os assistentes sociais exerceram sua relativa autonomia profissional nos termos de Mota e Amaral.
        
        No Brasil, além da gravíssima e extremamente complexa crise sanitária, associada à crise econômica, foi preciso enfrentar um colapso técnico no enfrentamento da pandemia de covid-19. Assistentes Sociais de todo o país integraram e ainda integram o mutirão de agentes de saúde que bravamente lutam no cuidado da saúde da população.
        
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- - - - O Serviço Social historicamente esteve em constante mutação, vinculado à Igreja Católica na década de 1930, e atualmente passa por inúmeras transformações. A perspectiva modernizadora do serviço social pode ser vista como uma resposta à crise de legitimidade, ou seja, à necessidade de trazer um novo objetivo e conceito para o papel funcional e social.
        
        Nesta década, o Serviço Social enfrenta questionamentos sobre as políticas sociais, principalmente no que se refere à consolidação das políticas públicas nas áreas previdenciária e trabalhista. Tais preocupações têm contribuído para que o Serviço Social enfrente e continue enfrentando, juntamente com a sociedade civil organizada, os impasses, desafios e dilemas que a democracia, a cidadania e os direitos sociais colocam à prática social.
  - - - O direito à saúde está expresso na Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) (1948), principalmente em seu artigo 25. Esse direito também implica em ampla garantia de qualidade de vida, em associação com outros direitos básicos, como educação, saneamento, atividades culturais e segurança.
        
        No Brasil, onde o número de pessoas carentes é alto, os índices de desigualdade social são preocupantes e as oportunidades são desiguais, a assistência social é necessária e justificável. No contexto brasileiro, o direito à saúde, além de estar previsto na CF1988, também é considerado uma conquista do movimento da Reforma Sanitária.
  - - - Em 1869, é fundada em Londres a Charitable Organization Society, um marco para a organização da assistência social. Em 1899, a primeira Escola de Serviço Social do mundo foi fundada em Amsterdã. A igreja oferecia cursos específicos de formação para meninas de famílias tradicionais para o desenvolvimento de ações sociais. Foi então criado o Curso Intensivo de Formação Social para Raparigas.
  - - - A Previdência Social tem como marco na política brasileira o ano de 1923 através da Lei Eloy Chaves. Não há acesso às apólices da Previdência Social sem contribuição. Se o indivíduo nunca contribuiu, não terá direito a benefícios como auxílio-doença, aposentadoria, pensão por morte e outros.
        
        O pagamento da Previdência Social pode ocorrer tanto por meio de desconto em folha para quem exerce atividade laboral formal (CLT) quanto por meio do GPS (Guia da Previdência Social) onde ocorre o recolhimento individual quando a atividade exercida é não registrada ou autônoma. Após a implantação da Constituição Federal de 1988 no que se refere à política de Saúde, para ter acesso não há mais a necessidade de contribuição prévia.
  - - - Atualmente, as políticas públicas aplicadas à saúde e à assistência social foram descentralizadas, não mais centralizadas pelo governo federal. As decisões dessas políticas públicas devem ocorrer de forma participativa, ou seja, as decisões devem ser tomadas em um espaço institucionalizado. Portanto, a seguridade social é um direito humano individual, coletivo e universal e responsabilidade do Estado.
- - - - Serão detalhados os tipos de benefícios atualmente pagos pela previdência brasileira. Os benefícios incluem: aposentadoria, auxílio-doença, auxílio-acidente, auxílio-reclusão rural, auxílio-reclusão urbana e pensão por síndrome da talidomida, hanseníase e auxílio-doença aeronauta grávida.
        
        O teto máximo atualmente é de R$ 7. 087,00. Mesmo que o trabalhador tenha um salário maior no momento da aposentadoria, esse será o valor limite a ser pago pela previdência social. A saúde é de fato um direito universal de toda a população e a assistência social passa a ser um direito da população que dela necessita.
  - - - A previdência social no Estado brasileiro é uma obrigação constitucional. Mas permite que outras entidades (filantrópicas ou com fins lucrativos e iniciativa privada) também atuem nas áreas de seguridade social, saúde e assistência social. Nesse caso, os órgãos podem firmar convênio com o Estado e seguir a legislação geral.
        
        O grande desafio hoje para as políticas previdenciárias e assistenciais é ser compreendido, tanto pelos trabalhadores do serviço social quanto pelos usuários desses serviços. Visto que representa um direito do cidadão e responsabilidade do Estado. Desmistificar essa assistência é uma ajuda ou um favor, mas na verdade é um direito de todo cidadão, e precisa ser exercido por todos nós.
        
        Foi uma década em que grandes empresas estatais foram privatizadas. Mesmo o estado privatizou a política de assistência social, gerando uma evolução negativa dos investimentos políticos nas áreas de educação, cultura e saúde. Para enfrentar esses problemas, a sociedade civil organizada incentivou a criação de fundos sociais emergenciais, mobilização de solidariedade individual e voluntária.
        
        Na década de 1990, destaca-se também na criação de leis, que apenas nos dizem como deve ser a proteção de pessoas vulneráveis. Para nós, como assistentes sociais, é muito importante conhecer esta história para uma melhor compreensão de certas situações que vivemos atualmente. Além de contribuir para o zelo previdenciário promovido pelo Estado.
  - - - A pobreza, por exemplo, é uma vulnerabilidade efetiva, mas a condição de vulnerabilidade, embora a inclua, não se esgota na pobreza. Os modelos bismarckiano e beveridgeano levaram ao surgimento de instituições com diferentes formas de promover a seguridade social. Nos países capitalistas, esses modelos sofreram variações definidas pelas diferentes relações estabelecidas entre o Estado e as classes sociais.
- - - - A governança da gestão das políticas sociais, não apenas das políticas de saúde, é regional e municipal. A equidade é um dos princípios fundamentais do SUS, pois nem sempre a igualdade é o melhor para toda a população. Os princípios e diretrizes que sustentam os pilares do SUS e RAS (Redes ou Sistemas de Atenção à Saúde) a serem operacionalizados na Atenção Básica.
        
        A Atenção Básica na UBS deve acolher e ouvir todas as pessoas que procuram seus serviços, de forma universal. É proibida qualquer exclusão baseada em idade, sexo, cor, crença, nacionalidade, etnia, orientação sexual, identidade de gênero, estado de saúde, condição socioeconômica, escolaridade ou limitações físicas, intelectuais e funcionais.
        
        No Brasil, o controle social refere-se à participação da comunidade no processo decisório das políticas públicas e ao controle da ação do Estado. Participação Popular: destaca-se junto com o controle social como de grande relevância social e política. O Sistema Único de Saúde ainda tem um longo caminho a percorrer, quando estamos em campanha de vacinação contra uma doença, como a poliomielite.
        
        Não podemos ter um discurso vazio dizendo que o SUS é ruim, a proposta é bonita, mas a prática é ruim. A maioria das propostas está acontecendo lentamente, claro que às vezes sua execução pode ser mais rápida e ágil. Não podemos nos limitar ao senso comum de fazer um pré-julgamento sem conhecer, entender e compreender os assuntos de interesse da comunidade.
        
        O Serviço Social é a profissão que atua no campo das políticas sociais com o compromisso de defender e garantir os direitos sociais da população e fortalecer a democracia. A atuação e as competências dos profissionais do Serviço Social são norteadas por direitos e deveres contidos no Código de Ética Profissional e na Lei de Regulamentação da Profissão.
        
        O Serviço Social, na atualidade, tem um grande desafio não só na área da saúde, mas nas políticas sociais, ou seja, um longo caminho a percorrer. Os profissionais que atuam ou são gestores de políticas sociais devem participar desde a origem, execução, elaboração e propostas. Outro ponto a destacar em relação à década de 1990, o serviço social na área da saúde passou pelo projeto privatista.
        
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  - - - Antes de 1988, o sistema de saúde funcionava da seguinte forma: quem contribuía para a previdência tinha direito ao INAMPS, quem podia pagar buscava atendimento na rede privada. Na maioria dos municípios brasileiros, principalmente nos mais distantes, as famílias não tinham acesso a esses serviços gratuitos.
- - - - A assistente social tinha o prontuário dele e os demais profissionais tinham outros. Aonde quer que o usuário fosse, deixava um registro diferente numa “gaveta”. O argumento para isso era a ética do sigilo profissional. Não está muito claro até que ponto esta atitude é, em vez da “ética do sigilo”
        
        O modelo saúde-fábrica criou as bases para uma ação baseada em um discurso moralizador. Os assistentes sociais precisam ter cuidado para não repetir o modelo de produção em massa. A naturalização da pobreza foi projetada no campo da saúde pública, retirando o caráter político da miséria, prestando serviços precários e práticas vazias.
  - - - Na evolução do discurso dos campos do saber, percebe-se um deslocamento entre as terminologias para saúde coletiva e saúde coletiva. O campo da saúde coletiva traz breves questionamentos às políticas públicas de saúde em seu formato gerido exclusivamente pelo Estado “parceiro” das empresas de saúde. A nomenclatura “saúde coletiva” não representou apenas uma mudança entre termos, mas a incorporação de questões levantadas principalmente pelas lutas sociais.
        
        As lutas sociais no trabalho na década de 1990 expressaram a fragmentação da classe trabalhadora. Este período para muitos foi chamado de acumulação flexível. Diante dessa situação, o assistente social demarcou verticalmente seu papel na reprodução das relações sociais. A atuação dos profissionais de saúde retoma uma velha discussão no campo da ciência.
        
        A ESF retomou o debate que propunha menos trabalhadores para apenas apertar parafusos, mas inseriu uma leitura de que as políticas de saúde são, na verdade, políticas sobre a vida. Os agentes de saúde saíam diariamente das unidades de saúde com o objetivo de captar necessidades, exatamente como no modelo de acumulação flexível. Em cada casa que entravam, procuravam o hábito, o comum, o quotidiano, o lugar-comum, a rotina.
        
        No início dos anos 2000, observou-se a contratação em larga escala de agentes comunitários na área da saúde. Os assistentes sociais aos poucos acabaram percebendo a perda de espaço em seu campo de atuação. A técnica da visita domiciliar faz parte da história da profissão do assistente social. Entramos na esfera privada da vida das pessoas, no espaço residencial, doméstico.
  - - - Atualmente, o “livro negro” do Serviço Social na área da saúde é algo que já foi superado. Os hospitais públicos criados nesse período, além de grandes, tinham gestão do trabalho em formato semelhante ao concebido dentro das grandes fábricas. Os atendimentos e cirurgias eram realizados em massa, as internações contabilizadas pelo seu dispêndio financeiro.
        
        Até então, o Serviço Social criava e produzia normas institucionais de forma mecanizada para todos aqueles que o procuravam. O “Fordismo Moderno” proporcionou à área da saúde uma formação massiva de profissionais que tratam a vida como partes contidas em um todo. A estrutura administrativa centralizada desses hospitais levou à criação de um modelo de fábrica de saúde.
        
        O modelo estatal era pautado pela atuação no grande hospital-fábrica ou em centros de saúde que funcionavam por meio de um modelo militar de campanha. A hegemonia do discurso biomédico dentro da instituição hospitalar reforçou uma atitude audaciosa dos assistentes sociais para afirmar seu espaço na saúde pública. Esse modelo de Estado empresarial reflete não apenas o campo da saúde, mas como a única forma de Estado de bem-estar social que o país conheceu.
        
        Os assistentes sociais foram inseridos na serialização da saúde pública que o Estado fordista criou. As políticas fordistas no campo da saúde proporcionaram uma contradição. Por um lado, criou a “legitimidade” de um discurso “estatalista”.
- - - - O momento atual do Serviço Social deixa claro sua intenção de buscar incessantemente o novo. Uma busca por tendências e demandas de usuários que traz sua inserção definitiva na prática da pesquisa em instituições públicas e privadas. O Sistema Único de Assistência Social, modelo construído a partir da experiência do SUS, já demonstra preocupação com a criação do cargo de pesquisador no âmbito da gestão.
        
        O trabalho do assistente social não se limita a coletar depoimentos de usuários ou gestores. Os assistentes sociais pensam a realidade, captam seu movimento, desenham e imprimem ações que permitem enxergar a necessidade de ampliação e universalização. Esta vertente de relatoria da prática profissional do assistente social evidencia a dimensão investigativa do trabalho desenvolvido.
        
        Muitas vezes, esse gestor no campo das políticas públicas de saúde foi assistente social. Muitos assistentes sociais organizam comitês de pesquisa nas instituições e dificultam a entrada de pesquisadores externos à gestão das políticas públicas e sociais. Por outro lado, as próprias instituições públicas também começam a criar suas estratégias para garantir seus pactos empresariais.
  - - - As políticas de saúde se apresentam claramente com esse perfil “provedor” do Estado, aparecendo como políticas sobre a vida, com certo matiz “humanizador”. Enfatizando o processo de trabalho do assistente social em sua dimensão educativa dentro desta política aparentemente propiciando um “bem comum
        
        O assistente social dispõe de uma mão-de-obra especializada, produto da formação universitária que o habilita a realizar “trabalhos complexos”, nos termos de Marx. Essa mercadoria, a força de trabalho, é um poder, que só se torna trabalho quando combinado com os meios necessários à sua realização, grande parte do qual é monopolizado pelos empregadores.
        
        A saúde tem experimentado algumas tendências em seu diálogo com o Estado para a formação de novas agendas de políticas públicas. Os movimentos sociais atuais demonstram que as novas lutas trazem muito mais do que reivindicações por leitos hospitalares ou pela “humanização” do atendimento. as agendas formadas nesses movimentos apontam para um debate que começa a nortear um novo modelo de seguridade social ampliado e global.
        
        A saúde é uma das políticas sociais que manifestam uma enorme diversidade de demandas e necessidades da vida humana. Não é possível realizar ações estanques e padronizadas em políticas públicas que atuem diretamente na vida. Decifrar as novas mediações pelas quais a questão social se expressa hoje é de fundamental importância para o serviço social.
  - - - O assistente social tem sido cada vez mais convocado para atuar na gestão dessa força de trabalho no campo da saúde. O modelo de saúde flexível requer um assistente social além do modelo clássico de “encaminhamento de plantão”. As políticas de saúde reservam locais de trabalho desgastantes, equipes despreparadas, ambientes insalubres, condições inferiores para administrar seu processo de trabalho.
        
        A instituição hospitalar colocou-se na modernidade como uma máquina para resolver os problemas de saúde. O trabalho do assistente social não pode terminar aí, como se encontrasse um fim em si mesmo. A forma como se deu, e ainda se dá, a implementação da política de saúde traz aspectos importantes para analisar o modo fabril de realizar a ação do Estado.
        
        Foi aprovada a Lei 12. 3172010, que define jornada de trabalho de 30 horas semanais para assistentes sociais sem redução salarial. A questão trabalhista estava centrada em como fazer com que o perfil desse trabalhador reconhecesse sua peculiaridade de atuação profissional sem privá-lo de seu salário. Em alguns ramos, os empregadores acabam mudando a nomenclatura do cargo do profissional para não reduzir a jornada de trabalho.
- - - - Os profissionais do Serviço Social devem evidenciar em suas ações seu compromisso com a classe trabalhadora. O trabalhador deve entender seu trabalho como um momento de transformação humana, intelectual e cultural, essencial para a vida em sociedade. O que ocorre é que na sociedade capitalista, por ser obrigatório e cansativo, o trabalho acaba sendo tomado como algo externo à vida humana.
        
        Apesar de um contexto adverso, propiciado principalmente pelo projeto neoliberal, um SUS operante e de qualidade é voltado para a população. É importante que os assistentes sociais inseridos na APS (e em qualquer espaço socioprofissional) possam construir um projeto unificado. Isso demarca os campos de atuação, os espaços e projetos de intervenção e as possibilidades de atuação.
  - - - Outro problema identificado nesses programas é o foco dos programas de APS em grupos específicos. Quanto mais seletivos e focados, maiores serão as dificuldades do profissional para que os usuários tenham acesso a esses serviços. Isso contribui para a perda da perspectiva do espaço público como lócus de efetivação de direitos.
        
        Para além do conceito de saúde previsto na Constituição e na Lei Orgânica da Saúde (LOS), a saúde não pode ser abordada apenas do ponto de vista da sua conservação. Ações de longo prazo permitem fortalecer os processos educativos e de capacitação da população para a participação cidadã nos serviços públicos, além de contribuir para o controle social e a preservação de direitos.
        
        Os usuários dos serviços prestados pelo Serviço Social na APS sofrem diretamente as manifestações da questão social, ou seja, as desigualdades geradas pela sociedade de classes. Essas desigualdades levam à falta de emprego e renda, subemprego, falta de moradia, analfabetismo e fome, entre outras mazelas sociais. Iamamoto (2001) considera que, atualmente, a questão social tem sido objeto de intervenção imediata do Estado.
        
        A existência de um direito social não determina o acesso a ele como tal, segundo Vasconcelos (2000). certo. Esse universo de intervenção estatal incompleta na redução da desigualdade social expressa a necessidade de os assistentes sociais afirmarem seu trabalho sob a ótica do direito.
        
        Os assistentes sociais devem garantir que os usuários tenham acesso aos serviços que são deles por lei. O planejamento do trabalho é necessário para direcionar as atividades e demandas. Com o planejamento é possível visualizar o trabalho, tendo a possibilidade de articular, discutir, buscar recursos e parcerias. O trabalho não deve ser centrado no atendimento de demandas espontâneas, mas em estratégias coletivas.
        
        A definição de objetivos e atuação profissional não é suficiente para uma atuação qualificada e reflete diretamente nos resultados da atuação. O processo de avaliação do trabalho permite ao profissional identificar se suas ações estão condizentes com as necessidades dos usuários. Para a realização de um trabalho qualificado, um dos mecanismos mais importantes é a formação continuada envolvendo temas técnico-específicos.
        
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- - - - O assistente social vive diariamente no ponto de tensão no setor privado. O conflito entre o custo e o lucro das operadoras de planos de saúde e dos prestadores de serviços impacta seu trabalho. Infelizmente, embora seja na área da saúde, é um espaço de comércio, onde se ganha dinheiro com isso
        
        Por vezes, os profissionais têm dificuldades em direcionar suas ações no dia a dia. As atribuições do assistente social no setor privado são praticamente as mesmas atividades exercidas no setor público. As principais demandas do cotidiano, o funcionamento da rotina no hospital, cabe aos profissionais orientar os familiares e pacientes.
        
        As atividades rotineiras dos assistentes sociais também se articulam com o que vem sendo estudado na literatura. Os problemas relatados incluem demora no atendimento ao paciente, burocratização das atividades e processos administrativos. Na visão dos profissionais, o sistema privado de saúde também é precário, principalmente quando observam as emergências lotadas.
        
        No Brasil, há predileção pelo sistema privado de saúde e pela medicina privada. O trabalho do assistente social se expressa na forma de serviços. Estes têm uma objetividade social que aparece em suas ações e objetivos. Mesmo com sua relativa autonomia nas brechas do cotidiano, o profissional pode trabalhar em prol da saúde como direito.
        
        A atuação do assistente social no hospital privado atende ao eixo “assistência aos usuários”, que é a principal característica de sua atuação neste espaço ocupacional. O profissional da área deve buscar articular outros eixos de atuação conforme este documento que fazem parte das atribuições e competências do profissional.
        
        As demandas que se apresentam ao público, também se manifestam na esfera privada com diferentes nuances e complexidades. O serviço social deve lutar pela integralidade dos serviços a fim de superar o conflito de interesses existente na saúde. E que o atendimento prestado, seja na saúde pública ou privada em hospitais, deve seguir o Programa Nacional de Assistência Hospitalar.
  - - - O SUS não teve chance de ser implementado seguindo o modelo de proteção social do texto legal. O projeto privatista é mercantil, tem concepções individualistas e fragmentadas, contrariando as concepções do projeto da reforma sanitária. Com a universalidade restrita pela falta de investimentos que conciliassem a oferta com o aumento substancial da demanda, a saúde, assim como a educação, vive um sutil processo de privatização.
        
        O sistema de saúde visa garantir o acesso aos bens e serviços de saúde para a população. Segundo Elias (2011), três grupos de componentes fazem parte do sistema de saúde: hospitais, clínicas e laboratórios. No que diz respeito ao sistema privado de saúde, é importante expor a relação entre as operadoras de planos e seguros de saúde e seu principal prestador de serviços, o hospital.
        
        No sistema privado de saúde existem três atores: o usuário (demanda de serviços hospitalares), o hospital (que oferece a prestação de serviços) e a operadora de saúde. Há um conflito de interesses nesse segmento, pois eventos que geram lucro para prestadores de serviços, como hospitais, representam custo para operadoras de planos de saúde.
        
        No sistema de saúde brasileiro, observa-se que, além dos problemas que emergem da dicotomia público e privado, dentro do próprio sistema de saúde há uma disputa de mercado, em busca do lucro. O processo de trabalho coletivo nos serviços de saúde é definido a partir das condições históricas de desenvolvimento da saúde coletiva no Brasil.
        
        A década de 1980, período de luta por direitos, apresenta avanços e retrocessos principalmente a partir dos anos 90. A saúde demarca a distância do modelo de saúde fabril para um modelo flexível gradativamente. Nos anos 2000, tivemos grandes avanços em relação à saúde em uma perspectiva ampla, saúde como direito à vida.
- - - - O Serviço Social na saúde tem enfrentado muitos desafios que configuram a intervenção profissional neste setor. Pois as expressões da questão social têm se agravado paralelamente ao estreitamento dos canais de seu enfrentamento. A inclusão de assistentes sociais na área da saúde significa um avanço para a categoria. A capacidade de resposta aos problemas que surgem representa a legitimidade da profissão perante a sociedade organizada.
        
        O Serviço Social na área da saúde expressa a necessidade de qualificar ações que mobilizem e impulsionem novas formas de fazer saúde. No início dos anos 2000, assistimos à contratação em larga escala de Agentes Comunitários de Saúde (ACS). O trabalho dos agentes comunitários é de suma importância, mas ao mesmo tempo diminui o campo de atuação do assistente social.
  - - - A importância dos profissionais do serviço social é evidenciada por meio de ações como: Democratização da informação por meio de orientações e encaminhamentos. Fortalecer os vínculos familiares, com vistas a estimular os usuários e suas famílias a se tornarem sujeitos no processo de promoção, proteção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde. Enfatizar os determinantes sociais da saúde dos usuários, familiares e acompanhantes.
  - - - É necessário selecionar os indivíduos ou famílias a serem visitados, priorizando aquelas pessoas expostas a situações de risco ou com problemas de saúde contínuos. Os dados devem ser obtidos de familiares próximos, do ACS ou do prontuário existente na UBS do PSF. No desenrolar da visita, é interessante observar como os membros daquela família se relacionam, se for o caso.
        
        A visitação realizada sem planejamento pode se tornar uma atividade inadequada, não atingindo seus objetivos. Franco e Merhy (1999) recomendam que as visitas domiciliares não sejam realizadas pela equipe multiprofissional de saúde sem agendamento prévio com as famílias. Eles alertam que deve haver uma indicação explícita para que a visitação ocorra.
        
        Se houver visita a um familiar que tenha uma pessoa com patologia contagiosa, esta visita deve ser deixada por último. É fundamental a utilização de um vocabulário simples, de fácil compreensão e adequado às circunstâncias. Os profissionais de saúde precisam manter-se neutros sobre opiniões, comportamentos e estilos de vida, abstendo-se de emitir juízos de valor.
        
        A visita da equipe multidisciplinar de saúde não deve se transformar em um momento de cobranças. Durante qualquer diálogo com a família, o conhecimento das pessoas deve ser levado em consideração. O ideal, talvez, seja interagir, buscar o diálogo, ser flexível, negociar em conjunto e encontrar a melhor forma de promover educação e saúde.
- - - - Planejamento e assessoria também são consideradas atividades do assistente social. Consistem na realização de ações voltadas para o processo de reorganização do trabalho no SUS. Vale ressaltar que a participação da sociedade em atividades voltadas à mobilização da comunidade em relação aos seus direitos pode constituir uma tarefa da equipe de saúde.
        
        Na assistência hospitalar, a obtenção de dados por meio de entrevistas, preenchimento de ficha social ou questionário, é a primeira etapa do processo de atendimento e acompanhamento realizado pelo assistente social. A objetivação desta atividade se dá a partir do encaminhamento dos médicos plantonistas, quando da autorização de uma internação.
        
        O assistente social costuma ser o profissional que faz o primeiro contato com os pacientes encaminhados para as diversas clínicas especializadas. Seu principal objetivo é identificar os pacientes que necessitam participar de grupos terapêuticos e mobilizar o grupo de referência familiar para colaborar no sucesso do tratamento. Essa atividade deve auxiliar na busca de alternativas para garantir o diagnóstico e o tratamento em nível ambulatorial.
        
        Nos hospitais, as principais esferas de atuação do profissional de serviço social concentram-se no cumprimento de horários e na duração das visitas. Nas unidades básicas de saúde e centros clínicos e ambulatórios especializados, essa ação consiste na interpretação das normas e rotinas dos programas. Diante da reorganização dos serviços (hierarquização por nível de complexidade), o Serviço Social é chamado a interpretar a “nova sistemática” normativa do SUS.
        
        O assistente social precisa ter acesso e estar familiarizado com as portarias e normas de funcionamento das unidades e do próprio sistema de saúde. Em todas as etapas de atendimento e acompanhamento, e em todas as unidades de saúde, o assistente social realiza ações voltadas à informação e comunicação em saúde. O instrumento utilizado é basicamente linguagem e conhecimento.
        
        Nos hospitais, o assistente social tem como foco orientar sobre os cuidados a serem tomados durante a visita. Objetiva-se também, nas informações sobre prazos a serem observados, a importância do retorno para avaliação. Em casos de óbito, cabe ao assistente social repassar as orientações e encaminhamentos à família.
  - - - A inserção do assistente social no conjunto dos processos de trabalho destinados à produção de serviços para a população é mediada pelo reconhecimento social da profissão. A atual organização do sistema de saúde ainda não supera algumas contradições existentes, dentre as quais estão a demanda reprimida pela exclusão, a precariedade de recursos, a questão da quantidade e qualidade do atendimento.
- - - - Entrevista não estruturada: As perguntas devem ser formuladas sem introduzir as respostas, permitindo assim qualificar os dados com o entrevistado. Tem como objetivo obter dados relevantes sobre a intervenção profissional. permite ao entrevistador explorar amplamente uma determinada questão. De acordo com Lavoratti (2016) referenciado por Kisnerman (1978)
        
        Entrevista semi estruturada: A entrevista aberta semiestruturada é a mais utilizada, pois favorece maior interação entre entrevistador e entrevistado. Possui questões norteadoras e objetivos pré-estabelecidos, abrindo caminho para que outros aspectos não previstos pelo entrevistador sejam trabalhados. Neste tipo de entrevista são elaboradas perguntas abertas e fechadas.
  - - - A perícia social é uma técnica que requer planejamento, que consiste no levantamento de documentos e levantamento de dados existentes sobre determinada demanda social. No campo jurídico, a perícia social constitui um meio de prova, pois é uma prova técnica. O Serviço Social visa produzir as mudanças necessárias no cotidiano social dos usuários atendidos.
- - - - O projeto leva alegria e a vivência dos sonhos aos pacientes, familiares e equipe que os acompanha. É por meio da música e da dança que tanto as crianças quanto os acompanhantes conseguem deixar de lado aquelas aflições e preocupações relacionadas ao tratamento. O serviço social tem um grande peso neste projeto, pois está inserido desde a criação do projeto.
        
        A Declaração Universal dos Direitos da Criança afirma que as crianças têm direito à recreação, e o mais importante para elas é brincar. A humanização é um conjunto de iniciativas voltadas para uma assistência à saúde humanizada e qualificada. Espera-se que esta proposta venha de forma pedagógica e eficaz para servir de lembrete diário a todos os profissionais envolvidos.
  - - - Profissionais do Serviço Social foram chamados a colaborar no processo de criação e implantação de ouvidorias. O reconhecimento dos profissionais do serviço social em lidar com a questão da humanização e sua própria adesão a tal política ainda está associado à tradição e influência do pensamento humanista cristão. Mais recentemente chamados de “comitês de humanização” incentivando sua capacitação em todos os departamentos e unidades de saúde.
        
        O grande desafio do Serviço Social é realizar uma discussão crítica sobre as práticas de humanização. Avançar na construção e fortalecimento de práticas que visem potencializar a capacidade de participação como deliberação dos sujeitos individuais e coletivos (usuários e trabalhadores) na construção efetiva de condições objetivas dignas de trabalho e cuidado no SUS.
  - - - Os brinquedos proporcionam à criança hospitalizada a oportunidade de demonstrar seus sentimentos e diminuir a ansiedade. Para a mãe, brincar também pode ser uma forma de trabalhar a doença do filho e fortalecer esse vínculo. Para atender esse delicado tipo de usuário, é necessária maior atenção para diminuir os efeitos que a doença e o tratamento causam.
        
        A partir de 1990, surgiram estudos voltados para o atendimento ao acompanhante, visando às suas necessidades, para aprimorar o atendimento à criança hospitalizada. A humanização tem sido um termo amplamente utilizado nas instituições de saúde. O Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Humanização, que visa promover uma nova cultura de atenção à saúde.
- - - - O assistente social insere-se, no processo de trabalho em saúde, como agente de interação ou como elo orgânico entre os diferentes níveis do SUS. Para realizar um serviço, por mais simples que pareça sua atividade e os meios utilizados, o assistente social precisa conhecer a lógica de funcionamento do sistema de saúde, a dinâmica e a capacidade de atendimento dessas instituições.
        
        A objetivação do trabalho do assistente social, na área da saúde, também cumpre o papel particular de buscar estabelecer o vínculo “perdido”, rompido pela burocratização das ações. Também é possível verificar que muitas das demandas constitutivas para a ampliação do espaço ocupacional dos assistentes sociais, decorrem de uma “refuncionalização” das práticas tradicionais do Serviço Social.
        
        A legitimidade do Serviço Social no processo de trabalho coletivo em saúde se constrói “ao avesso”, ou seja, sua utilidade se afirma nas contradições fundamentais da política de saúde. As principais situações-objeto de intervenção do Serviço Social são as que envolvem os excluídos, os “incapazes” e os incapazes de receber os cuidados prestados pelas unidades.
        
        A atuação do assistente social na área da saúde cumpre a tarefa de restabelecer o elo orgânico entre setores, profissões, instituições e saberes. Tudo que comprometa, dificulte ou prejudique a qualidade do atendimento ao usuário está sujeito à mediação do assistente social, independentemente do local de ocorrência.
        
        É importante destacar que, apesar das contradições e tensões que permeiam a inserção do assistente social nas equipes de saúde, desenvolve estratégias para atender às necessidades imediatas. O Serviço Social, em geral, não tem conseguido dar um direcionamento intelectual ao seu trabalho, o que lhe permite dar visibilidade política e até mesmo abordagem técnico-administrativa.
        
        Nova estratégia de medir a produtividade do trabalho teve sérios impactos na prática dos assistentes sociais. Coloca em causa um conjunto de atividades profissionais que asseguram o funcionamento rotineiro do sistema. A dinâmica do SUS não é garantida apenas pelo modelo idealizado, mas por processos de trabalho coletivo, geralmente desconhecidos em estatísticas e mapas de produtividade.
  - - - O assistente social tem papel fundamental como instrumento que possibilita condições objetivas para a realização do processo de trabalho em saúde. Possibilita o acesso de segmentos excluídos do próprio serviço existente, constituindo uma espécie de vínculo invisível. Enfim, na realidade dos serviços de saúde, principalmente nos hospitais, todo e qualquer problema que envolva dificuldade de deslocamento, acesso a medicamentos, exames, alimentação, documentos são encaminhados ao assistente social.
- - - - Com os movimentos da Reforma Psiquiátrica em relação à pessoa com transtorno mental, a profissão foi pensada em uma nova conceituação. A construção de um modelo assistencial descentralizado, em que o manicômio não seja o dispositivo central da rede de serviços, demanda cada vez mais a necessidade de profissionais comprometidos com os princípios da reforma psiquiátrica brasileira. A reforma da psiquiatria significou a problematização social de saberes até então cristalizados.
        
        Na década de 1990, Vasconcelos (2000) afirma que entidades como a Organização Mundial da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde promoveram uma forte mudança nas políticas brasileiras de Saúde Mental. O movimento psiquiátrico aborda os objetivos na reorganização das políticas sociais públicas junto ao Processo de Reconceituação do Serviço Social.
  - - - O Assistente Social em Saúde Mental enfrenta muitos desafios, e utiliza os instrumentos técnico-operativos acompanhados de competência e extrema importância teórico-metodológica. A profissão, entretanto, mesmo com o advento das propostas neoliberais, está inserida no processo das relações sociais. A assistente social desenvolve uma crítica à sociedade burguesa e à loucura em sua correlação com o capitalismo.
        
        Os desafios colocados aos profissionais, em especial ao Assistente Social, estão pautados nas principais diretrizes: intersetorialidade, trabalho em equipe interdisciplinar, cooperação no ensino e na assistência. O Serviço Social deve articular e atribuir seu papel de atuação, teórico-metodológico, ético-político e teórico-operativo no campo da Saúde Mental.
        
        O Serviço Social tem o acúmulo teórico e operacional estudado na academia. Na prática profissional, na saúde mental, o profissional de Serviço Social junto ao usuário busca transformar a natureza da realidade apresentada. A outra matriz é o aspecto da territorialidade, para identificar o perfil e articular esses aspectos.
        
        O Serviço Social na área de Saúde Mental intervém junto aos usuários, no sentido de concretizar e garantir direitos. O profissional também visa garantir tratamento digno ao usuário e proporcionar ao usuário a inclusão social com base em seus direitos. Um dos desafios que o Assistente Social costuma enfrentar é a pauta da intersetorialidade.
  - - - As principais atividades desenvolvidas pelo assistente social são as atividades socioeducativas. Estes são de grande valia para o enfrentamento da questão social em saúde. Além desses respaldos legais, podemos inserir alguns princípios do Código de Ética do Assistente Social como equidade, justiça social, acesso universal a programas e políticas sociais.
        
        O assistente social é o profissional responsável pelo acolhimento, pois inicia o primeiro atendimento com os usuários para posteriormente encaminhá-los ao atendimento especializado. O assistente social na política de saúde atua de forma interdisciplinar, realizando sua intervenção em conjunto com diversos outros profissionais. A atuação do profissional do Serviço Social deve estar pautada em uma análise crítica, que visa ampliar e reconhecer os direitos sociais conquistados pela população.
        
        O assistente social, enquanto profissional de saúde, é responsável por intervir nos fenómenos socioculturais e económicos que reduzem a eficácia dos programas de prestação de serviços. A resolução do CFESS afetou diretamente os usuários da política de saúde para que tivessem seus direitos desburocratizados e garantidos.
- - - - Nas últimas décadas, os trabalhadores assalariados têm sofrido com a manutenção de altas taxas de desemprego, precariedade e instabilidade no trabalho. Diante das contradições impostas pela pandemia, os assistentes sociais souberam propor respostas qualificadas às complexas demandas da crise sanitária. Utilizaram estratégias coletivas de reflexão sobre a realidade, articulações internas e externas aos serviços, inclusive entre movimentos sociais.
        
        A pandemia do coronavírus impõe muitos desafios aos profissionais do Serviço Social. O vírus encontrou um Brasil que há anos tem problemas estruturais na saúde, na educação e na assistência social do poder público. Em período de pandemia, o assistente social precisa mostrar aos governantes essas falhas estruturais a serem corrigidas.
        
        Revisão do surgimento das primeiras escolas de Serviço Social, tanto no mundo quanto no Brasil. Buscou apresentar um entendimento sobre os aspectos constitucionais do Serviço Social e os direitos fundamentais que são regulamentados pela Constituição Federal de 1988. Social vendo a saúde como um direito de todos, a Previdência Social com seu caráter contributivo e a Assistência Social para todos que dela necessitam .
        
        Os profissionais do Serviço Social que atuam na área da Saúde estão na linha de frente da pandemia do Covid 19. Também foi estudada a questão da humanização no atendimento, onde foram trazidos exemplos concretos de atividades voltadas para a humanização. Para aprofundar os estudos e estar em constante aperfeiçoamento, seremos sempre a ponte entre os utentes e os serviços a que têm direito a usufruir.
  - - - Deixamos de encontrar nossos familiares e amigos e tudo passou a ser virtual, desde as comemorações de aniversário até as confraternizações. O momento tem sido extremamente difícil, pela falta de contato físico, e o famigerado “olho no olho”, que por vezes estimula a depressão e carências afetivas. Quem aprendeu mais rápido passou a ajudar os colegas remotamente no uso das ferramentas criadas para o novo dia a dia.
        
        A condição de trabalho no Brasil determina o acesso a duas das principais políticas sociais que compõem a seguridade social. A Previdência Social está vinculada ao trabalho formalizado ou à contribuição direta mensal dos trabalhadores. A assistência social é canalizada para pessoas pobres incapazes de trabalhar devido à idade ou deficiência.