Nos últimos anos, constata-se um ativismo e interesse crescente dos demais Estados para com o Brasil: no 1º ciclo de 2008, apenas doze Estados fizeram quinze recomendações ao Brasil, e todas elas foram aceitas. No 2º ciclo de 2012, o Brasil recebeu 170 recomendações de 71 Estados, recusando somente uma recomendação da Dinamarca. Já no 3º ciclo de 2017, o Brasil recebeu, no total, 246 recomendações de 104 Estados e, dessas, o País aceitou 242 e rejeitou quatro, sendo duas da Venezuela, uma da Santa Sé e outra do Reino Unido
Nesse 3º ciclo, os principais temas das recomendações foram: 1) povos indígenas, meio ambiente e gênero; 2) violência policial, sistema prisional e Estado de Direito; e 3) direitos sociais e econômicos, com especial ênfase na educação e na luta contra a pobreza
Em 2021, relatores de direitos humanos que visitaram o Brasil destacaram as questões racial e migratória, especialmente após a morte de um refugiado congolês no Rio de Janeiro.
O representante permanente do Brasil junto às Nações Unidas em Genebra, embaixador Tovar da Silva Nunes, recordou que o Brasil já lançou sua candidatura para o CDH para o triênio 2024-2026, salientando que o País é um dos mais presentes no órgão, em seu 5º mandato (2019-2022). Informou que o Brasil ratificou 16 dos 18 principais tratados de direitos humanos[12] e, em 2022, ratificou a Convenção Interamericana contra o Racismo como status equivalente ao de emenda constitucional, o que comprova o compromisso pátrio com o mais alto padrão de respeito aos direitos humanos na seara internacional.