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ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL - Coggle Diagram
ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL
Definição
O Aneurisma de Aorta Abdominal (AAA) é uma dilatação patológica e permanente da aorta, com diâmetro > 1.5x o diâmetro anteroposterior esperado para o seguimento. Mais de 90% dos aneurismas se originam abaixo das artérias renais
Epidemiologia
Prevalência de 4-6x a mais em homens do que em mulheres
Mais prevalente em homens fumantes (5,9%)
Prevalência aumenta com a idade e o tabagismo
Em 2017 houve quase 10mil mortes atribuídas ao AAA nos EUA
Fatores de risco
Sexo masculino
Tabagismo
Idade avançada
Hipercolesterolemia
História familiar de aneurisma
Hipertensão arterial sistêmica
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
Etiologia
Degenerativa
Principal etiologia
Corresponde pela maioria dos aneurismas
Relação bem documentada com alguns fatores
genéticos.
Forte associação com o tabagismo
Há teorias que dizem que acontece uma degradação proteolítica do tecido conectivo da
parede da artéria que faz com que ela dilate.
Congênitos
São raros
Ocorrem por defeitos inatos da parede
Inflamatórios
4-10% dos AAA
Teoria de mecanismos auto imunológicos nas
gêneses deles
Parede espessa com importante fibrose nos tecidos ao redor do aneurisma (inclusive difícil de acessar cirurgicamente por isso)
Infecciosos
Ocorre a destruição da camada média por processos infecciosos.
Termo micótico caiu em disuso porque o maior agente etiológico é bacteriano e não fúngico.
Fisiopatologia
Há obliteração de colágeno e elastina nos meios e nas camadas média adventícia, perda de células musculares lisas com consequente afilamento gradual da parede medial, infiltração de linfócitos e macrófagos e neovascularização.
Mecanismos
Degradação proteolítica do tecido conjuntivo da parede da aorta
Inflamação e respostas imunes
Genética molecular
Estresse biomecânico sobre a parede
Predisposição para ruptura
Quadro clínico
Normalmente assintomático
Achados do exame físico
Massa pulsátil
Massa fusiforme notada acima da cicatriz umbilical (aneurismas pequenos)
Uma dilatação difusa ou tortuosa que se estende do abdome superior até abaixo da cicatriz umbilical (grandes aneurismas).
Isquemia de membros inferiores
consequência de embolização a partir de trombo mural dos AAA)
Cianose de pododáctilos (síndrome do dedo azul),
Sintomas Referidos
Dor abdominal vaga ou dor lombar.
hemorragia gastrointestinal
hematúria
sintomático com ruptura
Início súbito de dor abdominal, nas costas ou no flanco.
Presença de massa abdominal pulsátil
Hipotensão/choque
Classificação
Aneurismas são classificados como
Sacular: evaginações localizadas, tipicamente assimétricas, da parede da artéria
Fusiforme: alargamento circunferencial das artéria
Sacular: evaginações localizadas, tipicamente assimétricas, da parede da artéria
Classificação dos AAA com base na relação com as artérias renais.
AAA suprarrenal: o aneurisma envolve as origens de uma ou mais artérias viscerais, mas não se estende até o tórax.
Tipo 4
AAA pararrenal: As artérias renais surgem da aorta aneurismática, mas a aorta ao nível da artéria mesentérica superior não é aneurismática.
Tipo 3
AAA justarrenal: O aneurisma se origina logo após as origens das artérias renais. Não há segmento de aorta não aneurismática distal às artérias renais, mas a aorta ao nível das artérias renais não é aneurismática.
Tipo 2
AAA infrarrenal: O aneurisma se origina distalmente às artérias renais. Há um segmento da aorta não aneurismática que se estende distalmente às origens das artérias renais.
Tipo 1
Mais comum
Diagnóstico
Ultrassonografia com doppler
Método de escolha para pacientes assintomáticos
Exame de escolha para seguimento
Não está indicado em casos de suspeite de rotura
falso negativo em até 50%
Sensibilidade de 95% e especificidade de 100%
Angiotomografia com contraste
Padrão-ouro
Avaliação pré-operatória
Identifica lesões em outras artérias (renais e ilíacas)
Revela presença de anomalias vasculares (a. renais múltiplas e acessórias)
Avalia o retroperitôneo
Identifica presença de trombos e calcificações
Estabelece com precisão o diâmetro do lúmen aórtico
Pacientes sintomáticos
Indicado na rotura em pacientes estáveis hemodinamicamente
Devido ao uso de contraste e à radiação, fica reservados para os que irão operar e que os exames menos invasivos foram inconclusivos
Contraindicado em nefropatas
uso de contraste iodado
Angioressonância magnética
Vantagem: ausência de radiação ionizante e contraste iodado
Indicado para pacientes alérgicos a iodo e nefropatas
Limitação comparada a TC: impossibilidade de identificar calcificações na parede da aorta
Interfere no planejamento pré-operatório
Desvantagens
Emprego de gadolíneo ("meio de contraste" da RM), pode levar doentes renais crônicos a síndrome da fibrose sistêmica nefrogênica
Devido a quantidade variável de trombos por causa do aneurisma, o lúmen aórtico não fica bem delimitado
Arteriografia
Detecta o envolvimento de outras artérias (renais e ilíacas)
Nefrotoxicidade pelo contraste
Possibilidade de lesão arterial ou embolização durante a punção arterial requerida para o exame
Método limitado
Maior aplicação no intra-operatório
Diagnóstico diferencial
Diverticulite
Cólica ureteral
Síndrome do intestino irritável
Doença inflamatória intestinal
Apendicite
Torção ovariana
Hemorragias gastrointestinais
Oclusão aguda da artéria esplênica
Prevenção
Acompanhamento com o médico
Controle da HAS
Parar tabagismo
Tratamento Clínico
Acompanhamento clínico somente se assintomático
Acompanhamento periódico com USG
Entre 3 e 3,4 cm a cada 3 anos
Entre 3,5 e 4,4 cm a cada 12 meses
Entre 2,6 a 2,9 cm a cada 5 anos
Entre 4,4 e 5,4 cm a cada 6 meses
Tratamento cirúrgico
Cirurgia Aberta
Aneurismectomia
+
Enxerto com prótese
Cirurgia endovascular
Arterias adequadas para o acesso
Colos proximais e distais maior que 1 cm para fixação