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Os sentidos da desigualdade na trilogia da resistência de Kleber Mendonça…
Os sentidos da desigualdade na trilogia da resistência de Kleber Mendonça Filho
Quem é Kleber Mendonça Filho?
Ele é um diretor, produtor, roteirista e crítico de cinema brasileiro, cujo trabalho também está voltado para denúncias das desigualdades sociais presente no Brasil contemporâneo e caminha para pensar a resistência, trazendo a realidade do Brasil, por meio da ficção.
Nascimento: 22/11/1968
Formação: jornalismo pela UFPE
O som ao redor (2012)
Cenário: Manifestação dos 20 centavos.
Protesto contra o aumento das tarifas dos transportes públicos nas principais capitais do país e depois se estenderam em outros pontos de reinvindicações, lembrando que era o governo da Dilma R.
Expressa um capitalismo mercantilista, de caráter colonial: Patriarcado, o homem cordial, a casa grande e a senzala, o racismo de entrelinhas, o patrimonialismo.
Som ao redor de que?
https://youtu.be/mferkHJ6UgY
Capital econômico e cultural
"A sucessão de imagens antigas em preto e branco de trabalhadores e um casarão de uma fazenda, dá o tom para as discussões sobre trabalho, raça, sexualidade, exclusão e desigualdade social que serão desenvolvidos ao longo da trama. " (p.41)
Dominação social ocultada
Oprimidos e opressores.
Violência simbólica
Formas de resistência
Consciência histórica.
Combate as formas de discriminação e preconceito.
Luta pelos direitos.
Escola por meio da educação intelectual, moral e humana, sobretudo crítica.
Quais outras?
Privilégios sociais
Precariedade
Diversidade
Sinopse: A vida dos residentes de uma rua de classe média do Recife toma um rumo inesperado quando uma empresa de segurança particular é contratada para trazer paz aos moradores. Para alguns deles, a presença dos guardas cria mais tensão do que alívio.
Bacurau (2018)
Cenário: Crise social e política que culminou na eleição de Bolsonaro.
https://youtu.be/fG03loFSENI
Expressa um capitalismo financeiro, de caráter especulativo, internacional.
Sinopse: Num futuro não muito longínquo, uma povoação de nome Bacurau, em pleno sertão brasileiro, some misteriosamente do mapa. Quando uma série de assassinatos inexplicáveis começam a acontecer, os moradores da cidade tentam reagir. Mas como se podem defender de um inimigo desconhecido e implacável?
"O filme traça paralelos com as crises políticas vividas pela democracia brasileira nos últimos anos e as transformações decorrentes do surgimento de grupos historicamente marginalizados, como LGBTS, negros, mulheres e indígenas ." (p. 53)
Relação do Brasil com o nordeste.
"Luta contra seu extermínio físico, social e simbólico, e contra a violência" (p.59).
Trilogia: O som ao redor (2012); Aquarius (2016); Bacurau (2018).
Aquarius (2016)
Cenário: O golpe de 2016
Expressa um capitalismo mais moderno e de viés produtivo e, ainda nacional.
Sinopse: Uma jornalista aposentada defende seu apartamento, onde viveu a vida toda, do assédio de uma construtora. O plano é demolir o edifício Aquarius e dar lugar a um grande empreendimento.
Também trás debates acerca das desigualdades brasileiras.
Racismo, esteriotipos, elites, jogos de poder.
Problemas estruturais na sociedade brasileira.
https://youtu.be/aGfcQVbCO14
Considerações finais:
Os filmes contemplam a realidade presente em nosso país, repleto pela desigualdade social, racismo, homofobia e pelas popularidades políticas construídas e fortemente intensificadas desde 2016, que vieram solapando as instituições públicas, ameaçando a democracia e intensificando as desigualdades sociais.
Camila da Silveira