Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
PANCREATITE AGUDA, Grupo 3: Ana Clara Santos Moura, Ana Júlia Martins…
PANCREATITE AGUDA
DIAGNÓSTICO
É sempre feito por exclusão, sendo necessário 2 dos três critérios para ter-se um diagnostico de pancreatite aguda
História clínica
Necessária ser detalhada, para excluir os diagnósticos diferenciais da dor abdominal (consideradas etiologias metabólica, nutricional e procedimentos anteriores)
Idade e sexo do paciente
História familiar detalhada
Medicamentos em uso, principalmente AINES
Sintomas:
Dor intensa na região epigástrica média que irradia para as costas (principal)
Dor que piora ao movimento e melhora quando deitado em posição fetal
Agitação ou confusão
Anorexia
Náuseas e vômitos
Ingestão oral insuficiente
Exame físico
Sinais de hipovolemia, como redução do turvo da pele, membranas e mucosas secas, hipotensão e sudorese
Pulso é agudamente fraco e filiforme
Pode ter febre (indicação de inflamação ativa)
Redução de MV se houver derrame pleural (+ comum do lado esquerdo)
Abdômen pode ser sensível e distendido, com ruídos hidroaéreos diminuídos, podendo ter leve rigidez e sem dor à descompressão brusca
Sinais clínicos de hipocalcemia são raros mas podem estar presentes: Sinal de Chvostek, Sinal de Trousseau,
A pancreatite hemorrágica pode exibir: Sinal de Cullen, Sinal de Gray-Tunner ou Sinal de Fox, logo inicialmente ou 24-48 horas após o início dos sintomas.
Exames laboratoriais
Amilase ou lipase sérica elevada (>3 o limite superior do normal)- critério diagnostico
Teste de função renal, hepática e pancreática
Ureia e creatinina
Gasometria arterial
Proteína C reativa (usado para olhar gravidade e progressão da inflamação
Estudo de imagem consistente com pancreatite aguda
RX torácica: derrame pleural e atelectasia basal
RX abdominal: pode mostrar alça sentinela adjacente ao pâncreas, distensão por gás no cólon direito que termina bruscamente no cólon transverso
Colangiopancreatite por ressonância magnética
Colangiopancretografia retrógrada endoscópica
Ultrassonografia transabddminal
Ultrassonagrafia endoscópica (USE)
Tomografia computadorizara com contraste intravenoso (não indicada para pessoas com insuficiência renal)
CLASSIFICAÇÃO:
Classificação de Atlanta:
Pancreatite aguda leve: a forma mais comum, não apresenta falência de órgãos nem complicações
locais ou sistêmicas, e geralmente remite na primeira semana
Pancreatite aguda moderadamente grave: presença de falência transitória de órgãos (resolve dentro
de 48 horas) e/ou complicações locais ou exacerbação de comorbidades.
Pancreatite aguda grave: falência persistente de órgãos (>48 horas). As complicações locais são as coleções peripancreáticas de fluidos, a necrose pancreática e peripancreática (estéril ou infectada), o pseudocisto e necrose delimitada (estéril ou infectada)
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Úlcera péptica
dor epigástrica há bastante tempo
Piora algumas horas após a alimentação. Em poucos casos irradia para o dorso.
História: uso abusivo de anti-inflamatório não esteroidal (AINE) ou antecedente de infecção por Helicobacter pylori. E na úlcera péptica, a amilase e a lipase vão vir normais
Colecistite
Dor abdominal, geralmente no quadrante superior direito ou epigástrio, podendo se irradiar para o ombro direito ou para as costas.
Sinal de Murphy: palpação dolorosa do ponto cístico, com parada na inspiração.
Elevações de amilase e lipase na colecistite costumam ser leves, raramente ultrapassando 3 vezes o limite superior da normalidade.
TC de abdome, ela vai mostrar edema da parede da vesícula biliar.
Hepatite
Dor aguda no quadrante superior direito, anorexia e mal estar geral
Urina está escura (colúria), as fezes esbranquiçadas (acolia), icterícia e prurido
aminotransferases séricas estão bem aumentadas (em geral > 1000 UI/dL), com aumento da bilirrubina total e direta e da fosfatase alcalina.
Coledocolitíase e colangite
história de cálculos biliares ou que passou por um procedimento de manipulação das vias biliares (como a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica ou CPRE).
Com o início do quadro, as aminotransferases (ALT e AST) se elevam, o que é seguido por elevação da bilirrubina e da fosfatase alcalina. E a amilase e a lipase séricas estão normais também aqui.
Obstrução intestinal
Dor abdominal, vômitos, obstipação/constipação; cirurgia abdominal previamente ou doença de Crohn
No exame físico, pode ter distensão abdominal e ruídos hidroaéreos de timbre metálico.
TC vai dar pra ver alças intestinais dilatadas, com níveis hidroaéreos e o ponto de obstrução bem demarcado.
Abdome agudo perfurativo
Dor abdominal de início súbito, sintomas de irritação peritoneal, como dor à descompressão brusca ou rigidez à palpação.
A amilase pode estar elevada, mas é improvável que essa elevação seja acima de 3 vezes o limite superior de normalidade.
Na radiografia de tórax e abdome e na TC de abdome, podemos ver gás livre na cavidade, um flegmão tentando conter a perfuração e a região bem inflamada.
Isquemia mesentérica
Dor costuma ser periumbilical e desproporcional aos achados do exame físico.
Fatores de risco para a entidade clínica: idade avançada, aterosclerose, arritmias cardíacas, doença valvular cardíaca grave, infarto do miocárdio recente e neoplasia maligna intra-abdominal.
A amilase e a lipase podem vir um pouco aumentadas, mas não é aquele aumento da pancreatite aguda
TC de abdome pode haver espessamento da parede intestinal e pneumatose intestinal, com gás na veia porta. Outros achados são a presença de trombose arterial ou venosa e infartos hepáticos ou esplênicos.
FATORES DE RISCO
Alcoolismo;
Cálculos biliares;
Cirurgia abdominal;
Certos medicamentos;
Tabagismo;
Fibrose cística;
Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica, quando usado no tratamento de cálculos biliares;
História familiar de pancreatite;
Altos níveis de triglicérides no sangue (hipertrigliceridemia);
Infecção;
Lesão no abdômen;
Câncer de pâncreas.
TRATAMENTO
Na pancreatite aguda leve:
-Melhora significativa em 48hrs
-Reintrodução rápida da dieta
-Hospitalização curta (alta ainda na fase inicial)
-Não preciso de exames de imagem
Prescrição
:
Jejum
Hidratação
IBP – diminui a secreção pancreática
Antiemético
Analgésico
Pancreatite aguda Grave:
1-UTI
2-Jejum
3-Reposição volêmica
4-Controle eletrolítico
5-Analgesia (meperidina/dolantina ou morfina)
6-Suporte nutricional – posso usar uma sonda
7-Bloq de bomba de H+
8-Antibióticos só em casos muito graves (metronidazol + ciprofloxacino ou imipenem)
CIRURGIA
Para tratar etiologia
Colecistectomia indicada até na pancreatite aguda biliar leve após resolução do quadro agudo, na mesma internação
Descompressão biliar por CPRE apenas nos casos de coledocolitíase em colangite ou obstrução biliar
Duodenopancreatectomia (cirurgia de Whipple)
É removido o duodeno (cabeça do pâncreas), a parte final da via biliar e a vesícula biliar. Sua duração é de quatro a seis horas e é considerada uma das maiores cirurgias do aparelho digestivo .
Esta é a cirurgia mais frequente para remover o câncer da cabeça do pâncreas. Nesse procedimento é retirada a cabeça do pâncreas e, às vezes o corpo. Também são removidos intestino delgado, parte do ducto biliar, linfonodos próximos ao pâncreas e às vezes parte do estômago.
O restante do ducto biliar é ligado ao intestino delgado, para que as enzinas biliares e digestivas possam continuar chegando ao órgão. As possíveis complicações cirúrgicas decorrentes desse procedimento incluem vazamento entre as conexões dos órgãos envolvidos na cirurgia, infecções, hemorragia, alterações gástricas, perda de peso, problemas intestinais e diabetes.
Pancreatectomia Distal
Quando o tumor fica localizado na cauda do pâncreas, a cirurgia a ser feita é a pancreatectomia distal. Nesse procedimento, é comum que o baço seja removido juntamente com o pâncreas.
Portanto, antes da cirurgia, o paciente precisa receber vacinas para meningite e pneumonia – já que o baço tem grande importância no combate dessas infecções.
Essa cirurgia remove apenas a cauda do pâncreas ou a cauda e uma porção do corpo do pâncreas. O baço também é normalmente removido. Essa técnica é utilizada no tratamento de tumores encontrados na cauda e corpo do pâncreas. Essa técnica raramente é utilizada para tratar o câncer de pâncreas, porque geralmente o tumor já se encontra disseminado quando diagnosticado.
Pancreatectomia Total
Este tipo de cirurgia para câncer de pâncreas é raramente utilizado e tem como principal efeito colateral o aparecimento de diabetes no pós-operatório.
Existem modernas terapias com novas insulinas que ajudam a controlar as consequências. Além de dispositivos implantáveis, como as bombas de insulina.
Esse procedimento retira todo o pâncreas, assim como a vesícula biliar, parte do estômago e do intestino delgado e o baço. Essa cirurgia pode ser uma opção se o tumor se disseminou pelo pâncreas, mas ainda pode ser removido. Atualmente, esse tipo de cirurgia é usada com menos frequência do que as outras técnicas porque não parece mais ser uma vantagem a remoção de todo o pâncreas, além de apresentar grandes efeitos colaterais.
CA de pâncreas
Epidemiologia:
sexo masc, negros, idosos, tabagistas
90% adenocarcinoma ductal
60 % cabeça > 15% corpo > 5% cauda
20%: todo o órgão
fatores de risco:
pacreatite crônica, histórico familiar, tabagismo, exposição ocupacional (petróleo), poliposes, dieta alta em gordura e carne, mutaçãoes do gene K-ras
Clínica:
dor abdominal + emagrecimento
Diabetes
Se cabeça = síndrome colestática + sinal de Courvoisier-Terrier (vesícula palpável, sem dor)
Diagnóstico:
TC de abdome
CA 19.9 = acompanhamento
não precisa de biópsia
Tratamento:
Curativo: ressecção + quimioterapia adjuvante
→ Cabeça: duodenopancreatectomia
→ Corpo e cauda: pancreatectomia distal + espletectomia
Paliativo
COMPLICAÇÕES
Complicações locais
:
Ascite
Pseudocisto pancreático
Necrose pâncreas - infecciosa ou não
2 vezes mais freqüentes: - pancreatite alcoólica e biliar
Complicações em outros órgãos
Edema pulmonar
Síndrome do desconforto respiratório
Disfunção renal
Sangramento GI
CLASSIFICAÇÃO TOMOGRÁFICA
Classificação de Balthazar
Esta é uma classificação baseada na extensão da inflamação pancreática e na presença ou ausência de coleção de fluidos ou gás sugerindo necrose à tomografia computadorizada (TC) com contraste intravenoso
A: normal
B: aumento focal ou difuso da glândula; pequena coleção de fluidos intrapancreáticos
C: qualquer uma das anteriores além de alterações inflamatórias peripancreáticas e <30% de necrose
da glândula
D: qualquer uma das anteriores além de coleção única de fluidos extrapancreáticos e 30% a 50% de
necrose da glândula
E: qualquer uma das anteriores além de extensa coleção de fluidos extrapancreáticos, abscesso
pancreático e >50% de necrose da glândula.
Etiologia da pancreatite aguda
Cálculos biliares são a etiologia mais comum da pancreatite aguda.
outras causas
A pancreatite aguda é uma complicação grave que se ocorre após a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) em cerca de 5% dos pacientes.
Álcool
Células acinares pancreáticas metabolizam o álcool em metabólitos tóxicos através das vias oxidativas e não oxidativas e exibem efeitos que predispõem as células à lesão autodigestiva e predispõem o pâncreas à necrose, inflamação e morte celular.
Quadro clínico
Sudorese e FRc Aumentada
Febre
Náusea e Vômito
Icterícia
Dor em cólica (faixa)
Amilase e lipase aumentada
Grupo 3: Ana Clara Santos Moura, Ana Júlia Martins Amorim, Bárbara Morais de Melo Oliveira, Isabella Ferreira Prado, Iza Bianca Targino Freire, Lucas Leal, Laura Carvalho, Mariana Nunes, Moser de Souza Caldeira.