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Pancreatite Aguda, GRUPO 2 - Coggle Diagram
Pancreatite Aguda
Apresentação do Caso
Resumo: homem com 26 anos, com náusea, vômito e dor abdominal que se irradia para as costas após ingerir bebida alcoólica em excesso. A apresentação clínica com febre, leucocitose, hemoconcentração, elevação do nível de amilase e hipoxemia sugere pancreatite aguda grave.
Exames do Paciente
Exame Físico
- temperatura é de 38,8°C;
- frequência cardíaca é de 110 bpm;
- pressão arterial é de 110/60 mmHg;
- frequência respiratória é de 28 mpm;
- abdome está distendido e sensível à palpação nas áreas epigástrica e periumbilical.
Exames Laboratoriais
- leucometria de 18.000/mm3;
- hemoglobina de 17 g/dL;
- hematócrito de 47%;
- glicose de 210 mg/dL
- bilirrubina total de 3,2 mg/dL;
- aspartato aminotransferase (AST) de 380 U/L;
- alanina aminotransferase (ALT) de 435 U/L;
- desidrogenase láctica (LDH) de 300 U/L;
- amilase sérica de 6.800 UI/L;
- pH de 7,38;
- PaCO2 de 33 mmHg;
- PaO2 de 68 mmHg;
- HCO3 de 21 mEq/L.
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Definição
Processo inflamatório agudo do pâncreas com envolvimento variável de tecidos regionais ou sistemas orgânicos remotos.
Quadro Clínico
- Dor abdominal:
- dor epigástrica/abdome superior;
- irradiação dorsal, tórax ou flancos;
- intensidade e localização não têm relação com gravidade.
- Náuseas e vômitos.
- Forma grave:
- SIRS/sépsis;
- instabilidade hemodinâmica, IRA, insuficiência respiratória etc.
Etiologia
- Litíase biliar (40 a 70%);
- Alcoólica (25 a 35%);
- Hipertrigliceridemia (>1.000 mg/dL);
- Neoplasia;
- Medicamentosa;
- Doenças metabólicas: hipercalcemia, hiperparatireoidismo;
- Idiopática.
Diagnóstico
≥ 2 CRITÉRIOS
- Dor abdominal consistente com pancreatite aguda;
- Amilase e ou lipase ≥ 3 vezes o limite máximo normal;
- Achados característicos de imagem.
AMILASE
A amilase costuma aumentar em 6 a 12 horas após o início da pancreatite aguda, ou seja, eleva-se já nas primeiras 24 horas, com pico em 48 horas, e mantém-se elevada por cerca de 3 a 7 dias
Um aumento de amilase acima de 3 vezes o limite superior da normalidade apresenta sensibilidade de 67% a 87% e especificidade de 85% a 98% para o diagnóstico de pancreatite aguda.
LIPASE
A lipase é um marcador mais confiável do que a amilase para diagnóstico de pancreatite aguda, além de apresentar maior meia-vida. É considerado marcador mais acurado, específico e com maior janela diagnóstica no contexto da pancreatite aguda. O aumento da lipase inicia-se em 4 a 8 horas após o início dos sintomas da pancreatite aguda, com pico em 24 horas, e permanece elevada por 8 a 14 dias, quando retorna aos níveis habituais.
ULTRASSONOGRAFIA
Ultrassonografia (US) de abdome é exame OBRIGATÓRIO na admissão do paciente com pancreatite aguda. Esse exame não é necessário para o diagnóstico de pancreatite aguda, mas é mandatório para estabelecermos qual a ETIOLOGIA da pancreatite aguda
A ultrassonografia abdominal deve ser feita nas primeiras 48 HORAS DE ADMISSÃO do doente para avaliar etiologia biliar.
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Tratamento
Não existe um tratamento farmacológico específico direcionado ao tratamento da pancreatite aguda. Após o diagnóstico, geralmente na emergência, além da avaliação prognóstico do doente por meio de critérios de gravidade, três pilares devem ser observados:
- Controle álgico: a dor deve ser agressivamente tratada nas primeiras 24 horas com a utilização de analgésicos. No controle álgico, não há restrição quanto ao uso de nenhuma das possíveis medicações, a menos que o doente apresente injúria renal aguda, situação na qual deve ser evitada a utilização de anti-inflamatórios não-esteroidais. Não há indicação de restrição ao uso de opioides.
- Manejo dietético: frequentemente, o paciente com PA apresenta dor abdominal, náuseas e vômitos que impedem sua alimentação. Assim, na vigência desses sintomas, o paciente deve ser, inicialmente, conduzido em dieta zero. Todavia, atualmente, preconiza-se a rápida instituição da dieta tão logo possível
- Ressuscitação volêmica:
Etapa mais importante no manejo do paciente com pancreatite aguda. Deve ser realizada nas primeiras 12 a 24 horas, independentemente de instabilidade hemodinâmica. Auxilia na prevenção de necrose do parênquima pancreático, uma vez que tal necrose resulta da perda de líquido para o interstício, o que ocasiona hipoperfusão pancreática. Preconiza-se a utilização de cristaloides (soro fisiológico 0,9% ou ringer lactato).
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