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Ontologia e Linguagem na Idade Média, . - Coggle Diagram
Ontologia e Linguagem na
Idade Média
O problema da linguagem e a questão dos universais
problema vinculado à linguagem durante a Idade Média
pode-se resumir na discussão medieval dos universais
Essa discussão
Iniciada por Boécio a partir dos seus comentários sobre a obra Isagoge, de Porfírio, domina por completo o cenário da especulação
filosófica ao longo de toda a época medieval.
A primeira questão, como se pode observar, coloca duas alternativas:
1: os universais são entes reais;
2: são apenas nomes e noções do intelecto.
A terceira questão colocada por Porfírio se eles estão fora das coisas (ante rem)ou dentro das coisas (in re).
Conforme a teoria das ideais de Platão, os universais são transcendentes às coisas sensíveis e existem independentemente delas, fora do tempo e do espaço
Aristóteles, por sua vez, diferentemente do seu mestre, considera os universais como imanentes às coisas sensíveis (in re).
Boécio e o problema dos universais
A primeira questão formulada por Porfírio, a saber, se os universais são entes reais ou somente nomes, Boécio não vacila a responder que os universais são entes reais.
Na segunda questão levantada por Porfírio ("caso os universais sejam entes reais, são corporais ou incorporais?")
Não podem ser corporais e, portanto, são incorporais.
A terceira questão que coloca no escopo o topos ou o lugar dos universais, ou seja, se eles estão fora das coisas (ante rem) ou dentro das coisas (in re),
De acordo com essa concepção, os universais nada mais são do que as ideias de Deus que, enquanto tais, existem realmente fora das coisas e são, conforme isso, transcendentes ao mundo
criado.
Realismo versus nominalismo e a posição de Abelardo
De acordo com os realistas todas as entidades podem ser agrupadas em duas categorias: particulares e universais. Os nominalistas argumentam que só existem particulares.
O conceitualismo de Abelardo
Segundo Abelardo, os termos gerais não podem ser coisas
(res), porque a sua função lógica é serem predicados da proposiproposição,
isto é, que se referem a muitas coisas individuais.
Portanto,
os universais são palavras ou nomes.
A noção universal de homem, por exemplo, é possível porque Deus ordenou todos os homens em um degrau ontológico.
O nominalismo extremo de William de Occam
Este se coloca em plena defesa do nominalismo.
Segundo Occam, os universais não possuem existência real.
leva inevitavelmente ao absurdo, pois, se o universal existisse, ele deveria ser tratado como particular e, nesse caso, ele deveria ser uno.
Sendo assim, Occam interroga-se sobre a realidade do universal no interior do intelecto.
Para o nominalista, os universais não passam de criações mentais cujas funções consistem em significar,
Sendo assim, podemos concluir que, para Occam, os universais são apenas substitutos das coisas no discurso e, como tais, não existem na realidade.
Com essa sua posição, Occam atesta a sua adesão integral ao nominalismo.
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