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AFECÇÕES DAS VIAS BILIARES - Coggle Diagram
AFECÇÕES DAS VIAS BILIARES
COLEDOCOLITÍASE
Obstrução do ducto colédoco por cálculos biliares
Quadro Clínico
Dor no QDS ou no epigástrio
Náuseas e vômitos
Febre, quando associada à colangite aguda ou outras complicações
Icterícia
Sensibilidade à palpação do quadrante superior direito ou epigástrio
Diagnóstico
Exames laboratoriais
Aumento da bilirrubina direta
Aumento das enzimas canaliculares: FA + GGT
Aumento ou não de TGO e TGP
Exames de imagem
Ultrassonografia abdominal
Colangiopancreatografia por ressonância magnética (CPRM)
Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (padrão ouro) - procedimento terapêutico devido ao risco de pancreatite pós CPRE
Tratamento
Colangiopancreatografia endoscópica retrógrada com remoção de cálculo
COLECISTITE AGUDA
Inflamação da vesícula biliar, geralmente após impactação de um cálculo no ducto cístico. É uma complicação da colelitíase.
Epidemiologia
Prevalência de 10% a 20% da população
Mais de 90% está associada a colelitíase, sendo sua complicação mais comum. A colecistite alitiásia está relacionada a maior morbimortalidade e corresponde à apenas 10%.
É mais comum em mulheres, até cerca de 50 anos de idade, igualando depois a prevalência entre os sexos.
Quadro clínico
Dor contínua em abdome superior, principalmente no hipocôndrio direito e epigástrio, que pode irradiar para o dorso
Dor que piorar após a ingesta de alimentos gordurosos, devido ao estímulo de contração da vesícula biliar
Náuses e vômitos
Febre
Sinal de Murphy pode estar presente
Diagnóstico
Exame Clínico
Exames laboratoriais
Leucocitose; aumento de amilase sérica.
Exames de imagem
Ultrassonografia abdominal (Padrão ouro)
Espessamento da parede da vesícula > 4mm
Fluido pericolecistico
Sinal de Murphy ultrassonográfico positivo (o ponto cístico é pressionado pelo transdutor)
Distensão da vesícula >8cm
Cálculos
Tomografia
Tratamento
Suporte clínico
Analgesia com anti-inflamatórios não esteroidais ou opióides
Hidratação
Antibioticoterapia - Ciprofloxacino + Metronidazol
Dieta zero
Colecistectomia nas primeiras 72h
Aberta ou por videolaparoscopia
COLELITÍASE
Tratamento
Assintomáticos: somente se vesícula em porcelana; cálculo > 2,5 -3cm; pólipo de alto risco (>1 cm; > 60
anos; crescimento); anemias hemolíticas;
Vesícula de Porcelana:
é uma condição na qual a parede da vesícula biliar fica coberta com depósitos de cálcio. Ocorre após longos períodos de inflamação da vesícula biliar.
Sintomáticos: colecistectomia
(preferencialmente Videolaparoscopia)
Cirurgia
Complicações
Migração do cálculo: colecistite aguda;coledocolitíase; pancreatite biliar; íleo biliar; colangite aguda; síndrome de Mirizzi
Outras: vesícula em porcelana; carcinoma de
vesícula (raros)
Diagnóstico
Colangiorressonância: segunda
escolha (muito cara; pouco acessível)
USG: melhor exame
Cálculos hiperecoicos +
região de sombra acústica
TC DE ABDOMEN : Indicada quando US é inconclusiva. Ruim para colelitíase. Mas tem a mesma eficácia que a USG para ver a dilatação das vias viliares
Clinica
Uma dor tipo cólica em HCD podendo irradiar para dorso ou escápula. Ou uma dor epigástrica que irradia para dorso, ombro ou escápula
Fator desencadeante: alimentos gordurosos em 50% dos casos.
O paciente apresenta náuseas e vômitos em 60-70% dos casos.
Tipos de Calculos
Amarelo: Colesterol; + comum; formado na vesícula (aumento da concentração de colesterol na bile; diminuição de sais biliares; estase na vesícula)
Pigmentar preto: Bilirrubinato de cálcio; formado na vesícula
(hemólise crônica; cirrose hepática, doença de crohn
Pigmentar castanho: Bilirrubinato de cálcio + colesterol;
formado na via biliar, no colédoco (estenose das vias biliares)
Os cálculos atualmente são divididos de acordo com seu aspecto macroscópico e pigmentação: Cálculos de colesterol (amarelos) e de cálcio e bilirrubina (pigmentados).
COLANGITE AGUDA
Etiologia
Coledocolitíase + comum
Estenose benigna
Estenose em anastomose
Colangiocarcinoma ou CA de papila
Próteses
CPRE
DIAGNÓSTICO
É clínico, associado a exames laboratoriais (leucocitose; aumento de bilirrubinas totais, fosfatase alcalina e gama GT- pois há um quadro de coledocolitíase associado).
EXAMES DE IMAGEM
:
USG, TC e RNM irão definir a etiologia, mas não dão o diagnóstico confirmado, pois dificilmente por exame de imagem se consegue detectar pus dentro da vesícula biliar. CPRE deve ser feita antes ou durante o tratamento.
QUADRO CLÍNICO
Tríade de charcot
: Febre com calafrio, dor em HCD e icterícia.
Pêntade de Reynold
- é a Tríade de charcot + Obnubilação (desorientado e confuso) + hipotensão (choque séptico). Isso indica que o paciente está em um quadro tóxico e deve ser operado urgentemente – Colangite tóxica.
TRATAMENTO
Clínico sempre é 1° opção
. ATB para o paciente, se não melhorar em 12-24 horas ou colangite tóxica o paciente tem indicação de tratamento cirúrgico.
Ampicilina – sulbactam + gentamicina- mais usados
CIRURGIAS
Drenagem das vias biliares, para que o pus não reflua para o fígado e circulação sistêmica e cause um quadro de sepse até o óbito.
Diagnóstico Diferencial
Apendicite Aguda
Pielonefrite Aguda
Abscesso Hepático
Colecistite Aguda
Pancreatite aguda
O termo colangite define a infecção bacteriana do trato biliar, quase sempre associada a uma síndrome obstrutiva. O primeiro a descrevê-la foi Charcot, e por isso seus sintomas cardinais (febre, icterícia e dor abdominal) receberam a denominação de tríade de Charcot.
Fisiopatologia
Obstrução do ducto biliar comum (DBC) → estase biliar → bactérias ascendem do duodeno → supercrescimento bacteriano e supuração → sépsis biliar
O aumento da pressão intrabiliar causada por obstrução também aumenta a permeabilidade dos ductos biliares → translocação de bactérias para o
trato biliar
A disfunção do esfíncter de Oddi pode resultar em perda da barreira mecânica ao refluxo duodenal → ascensão de bactérias e infeção subsequente
Procedimentos como o stenting biliar e a
esfincterotomia endoscópica também lesam a barreira que previne a entrada de bactériasno trato biliar.
TUMORES
Colangiocarcinomas e outros tumores da via biliar são raros (1 a 2/100.000 pessoas), mas geralmente são malignos.
Carcinoma da vesícula biliar é incomum (2,5/100.000). É mais comum entre indígenas norte-americanos, pacientes com cálculos grandes (> 3 cm) e naqueles com extensas calcificações consequentes a colecistites (vesícula em porcelana)
Pólipos da vesícula biliar são geralmenteprojeções de mucosa benigna assintomáticas que se desenvolvem no lúmen da vesícula biliar.
SÍNDROME DE MIRIZZI
Cálculo impactado/ volumoso no ducto cístico, realizando efeito de massa sobre o ducto hepático
Cursa com colecistografia + icterícia
Maior incidência de CÁ de vesícula biliar
Diagnóstico
Intra operatório ou por CPRE
Tratamento
A preferência é por COLECISTECTOMIA ABERTA (não dá pra fazer por vídeo porque a anatomia está distorcida).
Como há colecistite, também fazemos ATB
Classificação de Csendes
I: sem fístula
II: com fístula até 1/3
III: com fístula até 2/3
IV: com fístula em toda a circunferência do ducto