Usina de Itaipu A construção e a gestão de Itaipu demonstram a complexidade das relações bilaterais entre Brasil e Paraguai, envolvendo negociações complexas e a necessidade de conciliar interesses divergentes. A usina é um exemplo de cooperação binacional bem-sucedida, embora haja algumas controvérsias em relação à divisão dos benefícios e ao preço da energia vendida pelo Paraguai ao Brasil.
O Brasil, com uma economia maior e maior demanda energética, investiu mais na construção da usina e consome a maior parte da energia gerada. O Paraguai, por sua vez, se viu em uma posição de dependência em relação ao Brasil, vendendo a maior parte de sua parcela da energia a preços considerados desfavoráveis
Essa assimetria gerou controvérsias e tensões entre os dois países, levando à revisão do tratado em 2009. O novo acordo triplicou o valor pago pelo Brasil pela energia paraguaia, mas não atendeu à demanda do Paraguai de poder vender sua energia a terceiros países. A Eletrobras, empresa brasileira de energia, concordou em permitir que o Paraguai negocie diretamente com operadores nacionais, mas o controle brasileiro sobre a comercialização da energia de Itaipu ainda é uma fonte de descontentamento para o Paraguai.