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História Da Música Popular Brasileira - Coggle Diagram
História Da Música Popular Brasileira
LUNDU
Origem e Evolução
Raízes Africanas
Contexto: Dança comunal praticada em batuques religiosos.
Chegada ao Brasil: Relatada desde meados do século XVIII.
Origem: Bantu (Angola).
Primeiros Registros
Bahia: Provável ponto de entrada.
Relatos: Documentados em Pernambuco e Rio de Janeiro (década de 1760).
Marco na Música Brasileira
Primeira gravação fonográfica: "Isto é Bom" (Xisto Bahia), 1902.
Transformação Cultural
Inicialmente sensual e marginalizado.
Fusão com fandango europeu: Adotou o estalar de dedos.
Evolução: Da dança lasciva para o lundu-canção, aceito nos salões imperiais.
Características
Musicalidade
Ritmo: Compasso binário com síncopes marcantes.
Letras: Satíricas, maliciosas e de humor social.
Instrumentação: Presença de viola e percussão leve.
Importância Histórica
Base rítmica de gêneros como o choro, samba e baião.
Influência em Portugal: Adotado no teatro e nos salões de Lisboa.
Dança e Coreografia
Formação em roda: Par ao centro com palmas e cantos.
Elementos: Umbigada, estalos de dedos e movimentos dos quadris.
Reconhecimento e Impacto
Pioneiro como gênero afro-brasileiro na música urbana.
Sincretismo cultural: Elementos africanos e europeus integrados.
MODINHA
Origem e Contexto
Raízes e Primeiras Manifestações
Mistura de música erudita e popular.
Introdução em Portugal: Por Domingos Caldas Barbosa (década de 1770).
Gênero lírico-romântico.
Desenvolvimento no Brasil
Retorno ao Brasil: Das câmaras portuguesas para as ruas e praças.
Primeiras composições impressas: Década de 1830.
Características Musicais
Características Musicais
Geralmente em duas partes (composições simples).
Uso predominante do modo menor (tom melancólico).
Compasso binário ou quaternário, com variações para o ternário.
Conteúdo Poético
Temática: Amorosa, lírica e sentimental.
Requebros melódicos: Influência direta da performance vocal brasileira.
Instrumentação
Comum: Cravo, guitarra e voz.
Exemplos impressos em periódicos como o Jornal de Modinhas (1792).
Fases de Desenvolvimento
Primeira Fase
Inspirada pela música operística italiana
Harmonização por músicos como Sigismund Neukomm.
Segunda Fase
Difusão no Rio de Janeiro como centro cultural.
Século XIX: Desenvolvimento de modinhas simplificadas.
Terceira Fase
Evolução para gêneros mais populares, como o samba-canção.
Início do século XX: Coletâneas de modinhas.
Importância Cultural
Expressão poético-musical brasileira.
Marco na transição entre música erudita e popular.
Repertório variado que influenciou compositores eruditos e populares.
Exemplos Importantes
“Minha Marília não vive” (Cândido Inácio da Silva).
“Quando na verde campina” (modinha do século XVIII, analisada por Lima).
Legado
Base para o desenvolvimento de canções brasileiras com caráter romântico.
Símbolo da integração entre culturas europeia e local.
Origem do Choro e Contexto Histórico
Surgimento: Rio de Janeiro, 2ª metade do século XIX.
Contexto:
Fatores sociais e urbanos:
Reforma urbana no Rio de Janeiro.
Abolição do tráfico de escravos (1850).
Formação da classe média suburbana: funcionários públicos, músicos de bandas militares e pequenos comerciantes (majoritariamente negros).
Influências externas:
Instrumentos e músicas europeias trazidos pela Corte Portuguesa (1808).
Popularização de danças como valsa, quadrilha, mazurca, polca, habanera e schottisch.
Instrumentos e Estilos Importados
Instrumentos Introduzidos
Piano (importante em salões e residências).
Bandas militares (clarinete, trombone, flauta, etc.).
Danças e gêneros musicais trazidos:
Valsa:
Origem: Alemanha (séc. XV), popular na Europa (séc. XIX).
Adaptação brasileira: do popular ao erudito.
Características: compasso ternário (3/4), dança de salão com pares enlaçados.
Quadrilha:
Origem: França.
Popular nos bailes da Corte; migração para festas juninas com variações regionais.
Outras danças:
Polca (1844): andamento rápido, compasso binário.
Mazurca (1840): compasso ternário, influenciada por Chopin
Schottisch (Xote) (1851): binário, influente no Sul e Nordeste
Habanera e Tango (1860): origem africana, chegada pela Espanha e Cuba.
Gêneros Formados no Brasil
Tango Brasileiro
Início: “Olhos matadores” (Henrique Alves de Mesquita, 1871).
Evolução:
Composições de Ernesto Nazareth (90 tangos), com influência do batuque e lundu.
Principais obras: Brejeiro, Odeon, Bambino, Escorregando, Dengoso.
Maxixe:
Origem: Rio de Janeiro, 2ª metade do século XIX
Características:
Dança de salão urbana, moderna e internacional.
Ritmos derivados da polca-lundu e tango-lundu.
Considerado vulgar inicialmente, mas ganhou popularidade
Choro:
Formação: modificação rítmica das danças europeias com síncopa afro-brasileira.
Características:
Estrutura em forma rondó (A-B-A-C-A).
Instrumentação: flauta, cavaquinho, violão, piano, clarinete, pandeiro, entre outros.
Destacado como “escola do músico popular brasileiro”
Figuras Importantes
Henrique Alves de Mesquita
Criador do tango brasileiro.
Ernesto Nazareth:
Sistematizador do tango brasileiro.
Composições
90 tangos, 41 valsas, 28 polcas.
Conexão entre música erudita e popular.
Primeira obra: Você bem sabe (1877).
Chiquinha Gonzaga:
Compositora e regente pioneira.
Integração das influências populares e eruditas ao piano.
Luta pela liberdade e direitos das mulheres.
Pixinguinha:
Principal nome do choro moderno.
Anacleto de Medeiros:
Maestro e compositor de destaque no choro.
Grupos e Legado do Choro
Primeiros Grupos:
Joaquim Callado e sua banda (aproximadamente 1870).
Oito Batutas (1919).
Grupos de Destaque ao Longo do Tempo:
Regional de Benedito Lacerda (1934).
Época de Ouro (1964).
Nó em Pingo d’Água (1979).
Obras Importantes:
O Choro – reminiscências dos chorões antigos (Alexandre Gonçalves Pinto, 1936).
Conclusão
O choro é fruto da miscigenação cultural e musical do Brasil no século XIX.
Surge da adaptação de danças europeias com síncopa afro-brasileira.
Representa uma das primeiras manifestações da música popular urbana brasileira.
Choro
Introdução
Recebe destaque em discos, festivais, programas de TV e Clubes do Choro.
Caracteriza-se por um processo de transformação constante, mantendo-se vivo ao longo do tempo.
O choro é um gênero central na identidade musical brasileira.
Anacleto de Medeiros e as Bandas
Contexto Histórico
Cidade marcada por modernização e tradições escravistas.
Mistura de influências musicais:
Ritmos afro-americanos: batuques e lundus.
Gêneros europeus: polca, schottisch, mazurca e valsa.
Final do século XIX e início do século XX no Rio de Janeiro.
Modinhas brasileiras.
Importância das Bandas
Atingiam públicos diversos em festas, salões e concertos.
Papel fundamental na profissionalização do músico e pioneirismo em gravações.
"Era das bandas" foi marcada pela popularidade e relevância dessas formações.
Contribuições de Anacleto de Medeiros
Papel de líder e inovador cultural.
Produziu composições que misturam:
Polca, valsa, tango, marcha, maxixe, "xótis" e choro.
Reconhecido como sistematizador do schottisch brasileiro.
Relevância como maestro e arranjador:
Primeiro regente da Banda do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro (BCBRJ).
Banda responsável pelos primeiros fonogramas gravados no Brasil.
Gravações da BCBRJ
Realizadas pela Casa Edson no início do século XX.
Repertório documentado: 33 valsas, 28 polcas, 23 dobrados, 11 schottisch, 8 tangos, entre outros.
Pixinguinha
Trajetória
Nasceu em 1897 no Rio de Janeiro.
Família musical; casa frequentada por importantes chorões.
Primeiro sucesso: tango "Dominante" (1914).
Gravações marcantes: "Rosa" (valsa) e "Sofres porque queres" (choro).
Oito Batutas
Formado em 1919 para apresentações em cinemas e turnês.
Experiência internacional em Paris: Influência do jazz e incorporação de novos instrumentos.
Contribuições ao Choro
Consolidou padrões de improvisação no gênero.
Parceira com Benedito Lacerda (1946-1951): Gravações inovadoras com diálogo melódico entre saxofone e flauta.
Participação em diversos grupos musicais: Ex.: Choro Carioca, Oito Batutas, Diabos do Céu.
Música de Barbeiros nas Cidades Imperiais
Primeira expressão de música popular genuinamente brasileira.
Realizada por escravos de ganho ou negros forros:
Ofício permitia tempo livre para prática musical.
Função multifacetada: música, barbear e pequenas práticas médicas.
A Continuação do Choro
Renascimento do Gênero (Década de 1970)
Resgate promovido por músicos, jornalistas e críticos.
Eventos marcantes:
Show Sarau (Paulinho da Viola e Época de Ouro).
Programa de TV "O chorão das sextas-feiras".
Formação de novos grupos jovens.
Clubes do Choro
Criados em diversas cidades brasileiras:
Ex.: Rio de Janeiro (1975), Brasília (1976), Recife, São Paulo e Salvador.
Estímulo ao mercado fonográfico e novos festivais.
Transformações no Gênero
Criação de novos estilos dentro do choro: Ex.: obras de Hermeto Pascoal e Wagner Tiso.
Jovens músicos destacaram-se como impulsionadores: Ex.: Raphael Rabello, Maurício Carrilho.
Conclusão da Unidade
Destacou-se a relevância de Anacleto de Medeiros:
Interação entre bandas e rodas de choro.
Pioneirismo nas gravações musicais no Brasil.
Pixinguinha foi essencial para consolidar o choro como um gênero musical.
Movimento de resgate nos anos 1970 revitalizou o choro, perpetuando sua influência na música brasileira.
Samba
Introdução
Origem no bairro do Estácio (final da década de 1920).
Caminho do samba: de artefato cultural marginal a símbolo nacional.
Samba como símbolo nacional e identidade cultural brasileira.
Samba: Estilo Antigo e Estilo Novo
Primeiros Registros e Etimologia
Ligação com coreografias afro-brasileiras (roda de samba e candomblé).
Etimologia: sembá (umbigo, em angolano).
Primeiro registro do termo "samba": jornal O Carapuceiro (1838).
Gesto da umbigada como elemento central.
Gênero Musical
Evolução do termo "samba": evento, dança e, posteriormente, gênero musical.
Influências: danças rurais, candomblé, lundu, batuques e maxixe.
Década de 1920: surgimento do samba amaxixado (exemplo: Pelo Telefone).
Estilo Antigo (Tia Ciata)
Compositores associados: Donga, Sinhô, Pixinguinha, Caninha e João da Baiana.
Instrumentos: pandeiro, prato-e-faca e palmas.
Estilo Novo (Estácio de Sá)
Compositores: Ismael Silva, Nilton Bastos, Bide, Brancura.
Instrumentos introduzidos: tamborim, cuíca e surdo.
"Paradigma do Estácio": nova fórmula rítmica com pulsação mais complexa.
Gravação de Na Pavuna
Primeiro registro de percussão de escola de samba: Na Pavuna (1929).
Instrumentos: pandeiro, surdo e tamborins.
Impacto cultural: popularização da batucada e profissionalização dos ritmistas.
Personagens Importantes
Donga
Participação em grupos como Os Oito Batutas, Guarda Velha e Velha Guarda.
Controvérsia sobre autoria de Pelo Telefone: composição coletiva na casa de Tia Ciata.
Compositor de Pelo Telefone (1917), marco do samba urbano.
Sinhô
Compositor pioneiro do samba carioca.
Características: sambas melodiosos, em modo maior, com forte sincopado do maxixe.
Contribuição: divulgação do samba e fixação do estilo antes de 1930.
Ismael Silva
Influenciado pelo maxixe, iniciou na adolescência no Estácio.
Fundador da primeira escola de samba, Deixa Falar (1928).
Contribuição: afastou o samba do maxixe e aproximou-o da marcha.
Conclusão
O samba moderno surge no Estácio e consolida-se na década de 1930.
Dois tipos de samba:
Antigo: associado à Tia Ciata e aos compositores de sua casa.
Novo: associado ao Estácio, com maior complexidade rítmica e novos instrumentos.
Pelo Telefone: Marco do Samba Urbano
Sucesso de público e comercialização em 1917.
Importância:
Registro como "samba carnavalesco", em um momento em que o samba ainda não era bem definido.
Início da fase comercial da música popular brasileira.
Ary Barroso, Noel Rosa, Carmen Miranda e Dorival Caymmi
Avanços Tecnológicos
Melhoria na captação de som:
Mudança na interpretação vocal (ex.: Mário Reis)
Uso de microfones, amplificadores e agulhas eletromagnéticas
Principais Nomes da Época
Ary Barroso (1903–1964)
Principais contribuições:
170 canções gravadas
"Aquarela do Brasil" (samba-exaltação)
Atividades adicionais:
Radialista, locutor esportivo, político
Parcerias: Lamartine Babo, Carmen Miranda, entre outros
Sucesso nos EUA: "Aquarela do Brasil" e "Na Baixa do Sapateiro" em filmes da Disney
Noel Rosa (1910–1937)
Transformações no samba:
Influência dos sambistas do Estácio
Temas das composições:
Cotidiano carioca, boêmia, crítica social
Produção intensa:
250 canções em 5 anos
Grandes sucessos: "Com que Roupa?", "Feitio de Oração", "Conversa de Botequim"
Carmen Miranda (1909–1955)
Carreira nacional e internacional:
Sucesso com "Pra Você Gostar de Mim" ("Taí")
Representação internacional da música brasileira nos EUA
Contribuições musicais:
Repertório rico em sambas e marchinhas
Participação em 14 filmes e gravação de 32 músicas nos EUA
Dorival Caymmi (1914–2008)
Temáticas:
Canções praieiras, sambas de roda, folclóricas e samba-canção
Contribuições marcantes:
"O Que É Que a Baiana Tem?" em parceria com Carmen Miranda
Canções icônicas: "Marina", "Saudade de Itapuã", "Maracangalha"
Influências:
Mozart, Debussy, Noel Rosa, Jorge Amado
Época de Ouro (1929-1945)
Contexto Histórico
Desenvolvimento da indústria cultural:
Profissionalização do rádio (anos 1930)
Gravações fonoelétricas aprimoradas
Popularização do cinema falado
Surgimento de novos estilos:
Samba
Marchinha de Carnaval
Música caipira e nordestina
Impacto do Rádio
Publicidade gerando receita e diversidade de programação
Expansão do público com a venda de rádios a prazo
Difusão nacional da música popular urbana
Centro: Rio de Janeiro
Conclusão
Rádio e avanços tecnológicos transformaram a divulgação musical.
Destaques como Ary Barroso, Noel Rosa, Carmen Miranda e Dorival Caymmi moldaram a identidade da música popular brasileira.
Os grandes cantores e a música romântica
Interpretes Icônicos
Os Quatro Grandes: Francisco Alves, Sílvio Caldas, Orlando Silva, Carlos Galhardo.
Características:
Vozes que despertavam "idolatria".
Intérpretes de sambas, marchas e valsas.
Outros destaques:
Orlando Silva (1915-1978): "Cantor das Multidões".
Nelson Gonçalves (1919-1998): Desenvolveu estilo próprio após início imitando Orlando Silva.
Aracy de Almeida (1914-1988): Grande intérprete de Noel Rosa.
Moreira da Silva (1902-2000): Ícone do samba de breque.
Gêneros Musicais em Destaque
Canção Romântica
Origens: Cresceu com as valsas no início do século XX.
Apogeu: Década de 1930.
Repertório sugerido (Valsas): Interpretadas por Francisco Alves, Orlando Silva, Carlos Galhardo, Sílvio Caldas.
Fox Brasileiro
Influências: Fox-trot norte-americano.
Fase mais importante: 1938-1945.
Grandes intérpretes: Francisco Alves, Sílvio Caldas, Orlando Silva, Nelson Gonçalves.
Samba
Popularidade: Representou 1/3 das gravações brasileiras entre 1931-1940.
Modalidades: Samba de breque consagrado por Moreira da Silva.
Compositores destacados: Ary Barroso, Noel Rosa, Wilson Batista, Geraldo Pereira.
Principais Nomes da Época
Herivelto Martins (1912-1992)
Contribuições:
Inovador no uso de breques em gravações.
Formação do Trio de Ouro com Dalva de Oliveira e Nilo Chagas.
Repertório sugerido:
Um caboclo apaixonado (1936).
Praça Onze (1942).
Cabelos Brancos (1949).
Ocupação: Compositor, violonista, cantor, ator.
Wilson Batista (1913-1968)
Contribuições
Retratou a boêmia, vadiagem e questões sociais.
Primeiro compositor a retratar mulheres no auge do machismo.
Parcerias: Nássara, Ataulfo Alves.
Repertório sugerido:
Desacato (1933).
Lenço no pescoço (1933).
Rosalina (1945).
Assis Valente (1911-1958)
Contribuições:
Compositor de sambas e marchinhas interpretadas por Carmen Miranda e outros.
Obras regravadas por Ney Matogrosso, Caetano Veloso, entre outros.
Repertório sugerido:
Boas Festas (1933).
Camisa Listrada (1938).
Brasil Pandeiro (1941).
Ataulfo Alves (1909-1969)
Influências: Toada rural.
Produção dividida em três fases:
Anos 1940: auge como intérprete.
Maturidade: obras-primas como Mulata Assanhada.
Anos 1930: composições para outros cantores.
Parcerias: Mário Lago, Wilson Batista, Roberto Martins.
Repertório sugerido:
O Bonde de São Januário (1941).
Ai, que saudades da Amélia (1942).
Meus tempos de criança (1956).
Haroldo Lobo (1910-1965)
Destaque: Compositor carnavalesco com músicas em todos os carnavais entre 1937 e 1966.
Parcerias: Wilson Batista, Benedito Lacerda.
Repertório sugerido:
Alá-lá-ô (1941).
Vou Sambar em Madureira (1946).
Época de Ouro: Os Grandes Cantores e a Música Romântica
Introdução
Período: 1929 a 1945.
Características principais:
Surgimento do samba, marchinha de carnaval, música caipira e divulgação da música nordestina.
Rádio, gravações e cinema falado impulsionando a indústria cultural.
Avanços
Profissionalização do rádio nos anos 1930 com publicidade.
Espaço ampliado para artistas populares.
Frevo e Música Caipira
Frevo
Dança
Passos inspirados na capoeira, com movimento frenético.
Passos rápidos, com ênfase em giros e saltos.
Subgêneros:
Frevo-abafo.
Frevo-ventania.
Frevo-coqueiro.
Características Musicais
Instrumentação predominante: sopro (clarinete, saxofone, trombone) e percussão (caixa, surdo, pandeiro).
Dinâmica intensa, celebrando a energia do carnaval.
Andamento rápido.
Marcos Históricos
1930-1940: Popularização no Rio de Janeiro, com influências das grandes marchas carnavalescas.
1950: Expansão através do trio elétrico (Dodô e Osmar).
Atualidade: Grupo Spokfrevo Orquestra, que revive o frevo tradicional com novos arranjos.
Divisões principais:
Frevo de Rua:
Instrumental.
Popular no carnaval, caracterizado pelo ritmo acelerado.
Frevo de Bloco:
Lírico e mais suavizado.
Maior presença feminina, com letras.
Frevo-canção:
Letra adicionada, popular na Era de Ouro do rádio.
Principais Autores e Intérpretes:
Compositores: Nelson Ferreira, Capiba, Levino Ferreira.
Intérpretes: Almirante, Mário Reis, Gilberto Alves.
Origem e Desenvolvimento
Influências: Marchas, dobrados, polcas e músicas militares.
Primeira menção: Jornal Pequeno, 9 de fevereiro de 1907.
Surgimento: Final do século XIX e início do século XX, Recife (PE).
Repertório Sugerido
Obras de Nelson Ferreira, Levino Ferreira, Zumba e outros.
Música Caipira
Origem e Função
Definição: Música popular de raiz rural, com forte vínculo com a cultura caipira.
Função social: Relato de histórias de vida no campo, crises e avanços, transmitidos oralmente.
Narrativa: Focada no cotidiano e nas tradições do campo.
Evolução e Desenvolvimento
Primeiras gravações: Cornélio Pires, pioneiro com a música caipira gravada, em 1929.
Década de 1940: Grande popularização com duplas como Tonico e Tinoco, Zé Carreiro e Carreirinho.
Década de 1950: Influências externas, como guarânia e chamamé, ampliam a sonoridade.
Década de 1960: Processos de modernização, com inserção de elementos urbanos e instrumentos eletrificados.
Características Musicais
Sonoridade rústica: Ritmos e melodias simples e diretas, transmitindo um toque genuíno do interior.
Instrumentação: Viola, violão, e mais tarde a introdução de guitarras e bateria na década de 1960.
Transformações e Hibridizações
Influência de gêneros internacionais como chamamé, guarânia e rancheira.
Década de 1960: Modernização com a presença de guitarras e baterias, alterando o som tradicional.
Impacto Cultural
Música caipira como símbolo de identidade paulista.
Reflexão da vida rural e dos acontecimentos históricos de relevância, como revoluções e desenvolvimento do campo.
Principais Autores e Intérpretes:
Compositores e intérpretes principais: Cornélio Pires, Tonico e Tinoco, Zé Carreiro e Carreirinho, Léo Canhoto e Robertinho.