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Início do Trabalho de Parto, tempo do trabalho de parto total: 12-20h…
Início do Trabalho de Parto
Contrações Uterinas
Definição
contrações das fibras musculares do miométrio
involuntárias e ritmicas
ocorrem no final da gestação e trabalho de parto
função: dilatação do colo e expulsão do feto
miométrio
fibras musculares dispostas em feixes
tecido conjuntivo (colágeno)
transmissão de força contrátil
complexo proteico de actina e miosina
junções comunicantes
coordenação do movimento
modificações na gestação
hipertrofia e hiperplasia das células do miométrio
Geração de contrações uterinas
marcapasso no fundo do útero
geram estímulos elétricos
estímulos elétricos espontâneos em algumas células do miométrio do fundo uterino
estímulo é propagado para o restante do miométrio por junções comunicantes
entrada de Ca intracelular, que se liga à calmodulina ativando MLCK, desencadeando a contração
Unidades Montevidéu
frequência x intensidade das contrações em 10 minutos
Regulação das Contrações
cAMP inibe a MLCK, e a progesterona ativa cAMP, por isso progesterona é um inibidor da contração uterina durante a gestação
no final da gestação, aumentam os hormônios pró-contração
PG: aumentam contrações uterinas
ocitocinas: aumentam diretamente a contração e aumentam PG
estrogênio: aumenta receptores de ocitocina
Tipos de contração
Pós parto, há contrações para dequitação e hemostasia, depois reduzem, e podem ser ativadas em baixa intensidade na amamentação, por causa da ocitocina
tipo A
baixa amplitude e alta frequência ( até 1 contração por minuto)
baixa intensidade (2-4 mmHg)
não causam dor nem alterações do colo uterino
tipo B (Braxton Hicks)
maior intensidade (10-20 mmHg)
por volta de 1 contração por hora, mais frequentes no final da gestação
cessam com repouso e antiespasmódicos, não causam dor no geral
não caracterizam trabalho de parto, mas podem confundir
tipo C (trabalho de parto)
ritmicas e regulares (por volta de 3 a 5 contrações a cada 10 minutos)
aumentam de intensidade progressivamente (30-50 mmHg)
esvaecimento e dilatação do colo, expulsão do feto
Entrada no Trabalho de Parto
Caracterização
alterações progressivas do colo
pelo menos duas contrações em 10 minutos (dinâmica uterina)
Tríplice gradiente descendente
modelo teórico que explica as contrações uterinas no parto
tríplice: duração, intensidade e propagação
contrações se iniciam no fundo uterino (próximo às tubas)
as contrações se propagam pelo corpo do útero, chegando mais fracas e menos duradouras no terço final
relação com estrutura do útero: o terço inferior do útero, por conta da embriologia, desenvolve menos fibras musculares do que o fundo uterino
Fases da contratilidade uterina
fase 0 (quiescência): predominam fatores inibitórios, com contrações pequenas e não perceptíveis
fase 1 (ativação): alterações hormonais próximas do parto (6-8 semanas), aumentando receptores de ocitocina e PGs
fase 2 (estimulação): contrações uterinas efetivas, inclui a fase ativa do parto
expulsão (fase ativa: 6h em primíparas e 3h em multíparas
dequitação (1-2h em primíparas, 20min-1h em multíparas)
dilatação (14h)
fase 3 (involução): involução uterina, ação da ocitocina e contração prolongada, hemostasia)
Alterações do colo uterino
descrito nas alterações anatômicas
Participação do feto
fatores liberados na circulação ou líquido amniótico
proteína surfactante fetal regula PGs
envelhecimento fisiológico das membranas fetais
CRH placentário
estiramento do útero aumenta ocitocina
Gatilho para o início do TP
não se sabe exatamente o que desencadeia o início do TP, mas envolve as alterações hormonais, anatômicas e a participação do feto
Alterações fisiológicas e anatômicas
Alterações hormonais
Progesterona é mantida alta, mas seus efeitos anti-contração são inibidos para o início do trabalho de parto
Estrogênio está alto, aumentando vascularização e receptores de ocitocina
Ocitocina está no pico, permitindo contrações uterinas no parto
PGs estão aumentadas para alterações do colo, aumento de contrações e redução da ação de progesterona
Relaxina aumentada afrouxa os ligamentos da pelve, permitindo passagem do feto pelo canal de parto
No trabalho de parto, há participação fundamental da ocitocina e redução da ação progestagênica da progesterona
Alterações no corpo da gestante
abdome: contrações abdominais para facilitar trabalho de parto
Útero: aumento de contrações do tipo B, afrouxamento de ligamentos
Colo uterino: dilatação, esvaecimento, anteriorização, amolecimento, perda do tampão mucoso pouco tempo antes do parto
Mamas: aumento do volume, possível presença de colostro
Cardiovascular: aumento da volemia, edema de MMII
bexiga: compressão pelo útero, com maior polaciúria
Queda do ventre
"encaixe" da cabeça fetal na pelve, com redução da altura uterina
aumento da polaciúria, porém melhora da dispneia
Anamnese e Exame Físico
Identificação do TP na anamnese
contrações: intensidade e regularidade
contrações do tipo C não melhoram com antiespasmódicos ou repouso, diferente da tipo B
perda de muco, sangue ou líquido pelo canal vaginal
aumento da pressão intra-abdominal
queda do ventre no final da gestação
melhora da dispneia e piora da polaciúria
Exame Físico
Exame geral, sinais vitais e peso
dinâmica uterina: avaliação das
contrações durante 10 minutos
toque vaginal: palpação das membranas fetais, avaliação da dilatação do colo, apresentação do feto
palpação do feto para avaliar posição
alterações do colo uterino
ausculta de BCF e cardiotocografia intraparto
altura fetal (planos de DeLee)
tempo do trabalho de parto total: 12-20h (primíparas), 8-12h (multíparas)
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diagnóstico de TP envolve esses dois elementos
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