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Hemorragia digestiva baixa, As hemorroidas podem levar a doença…
Hemorragia digestiva baixa
Definição
Sangramento distal ao ângulo de Treitz, variando desde um discreto sangramento até uma hemorragia maciça com instabilidade hemodinâmica.
Etiologia
Anatômica
Doença diverticular
Paciente acima de 65 anos
Localizado mais no cólon esquerdo
Clínica: dor na parte inferior do abdome, distensão, diarreia, hematoquezia leva a intensa
Ao exame retal pode ter coágulo sanguíneo ou sangue vivo
Os fatores de risco para o desenvolvimento da doença diverticular incluem falta de fibra alimentar, constipação crônica e anti-inflamatórios não esteroidais
Divertículos são protusões da mucosa e submucosa através da parede muscular do intestino
Divertículo de Meckel
Vascular
Angiodisplasia do cólon
Paciente acima de 65 anos
Clínica: episódios leves, intensos ou intermitentes de hematoquezia indolor (sangramento retal vermelho vivo)
Os fatores de risco para o sangramento da angioplastia incluem doença renal crônica e terapia recente com anticoagulante.
Malformação vascular degenerativa do trato gastrointestinal caracterizada por fragilidade e vasos sanguíneos vazantes.
Colite isquêmica
Clínica: dor abdominal aguda em cólicas, diarreia e hematoquezia (sangramento retal vivo).
Radioterapia para cânceres abdominais ou pélvicos
Sangramento decorrente da lesão de Dieulafoy no cólon
Infecciosa
Inflamatória
Colite ulcerativa
Doença de Crohn
Neoplásicas
Anorretais
Hemorroidas internas
Úlcera retal solitária
Varizes retais
Fissuras anais
Quadro clínico
Sangramento às evacuações: melena, hematoquezia, enterorragia
Alterações hemodinâmicas
Os pacientes de alto risco precisam ser identificados e ressuscitados agressivamente
Fluidos intravenosos
Transfusões de sangue
Características clínicas são:
Pressão arterial (PA) sistólica <115 mmHg
Frequência cardíaca >100 batimentos por minuto (bpm)
Síncope
Abdome não sensível
Sangramento pelo reto durante as primeiras 4 horas de apresentação
Uso de aspirina
Diagnóstico
Anamnese
Idade (>65 anos); duração do sangramento, cor do sangue, síncope, dor abdominal, constipação, perda de peso, dor retal, diarreia e tenesmo. Uso de medicamentos e se tem doenças prévias como doença inflamatória intestinal, doença diverticular.
Exame físico
Avaliação dos sinais vitais, palpação do abdômen, exame retal
Colonoscopia
Excluída a origem anorretal ou do trato gastrointestinal superior, pode localizar a origem do sangramento e oferece intervenções terapêuticas como sondas térmicas para angiodisplasia colônica
Anuscopia
Cintilografia com eritrócitos marcados
Angiografia
Realizada quando a colonoscopia apresenta negativa ou em pacientes que não podem se submeter à endoscopia. O sangramento deve estar ativo para visualizar o local. Oferece opções terapêuticas possíveis.
TC abdominal
Tratamento
A maioria cessa espontaneamente
Considerar tratamento por colonoscopia ou arteriografia
Cirurgia como conduta de exceção — Sangramento não identificado previamente = colectomia total
Síndromes Orificiais
Doença Hemorroidária
Fatores de risco
Constipação
Gestação ou lesão pélvica com efeito de massa
Ascite
Insuficiência hepática
Idade entre 45 - 65 anos
Fisiopatologia
Ao fazer força para defecar, as hemorroidas são puxadas para a parte inferior do canal anal – os coxins se ingurgitam - epitélio é facilmente rompido – sangramento.
Clínica
Pode apresentar sangramento vermelho vivo e indolor, dor ao defecar, sensação de evacuação incompleta, redução manual após defecação, sintomas como prurido e sensação de limpeza insuficiente após a defecação, lesão perianal palpável dolorosa e massa anal (prolapso)
Classificação
Hemorroida externa
Estão localizadas no canal anal distal, distalmente à linha dentada.
Tratamento
Com sintomas graves, a excisão cirúrgica pode ser a única opção de tratamento eficaz.
Hemorroida interna
Grau 1
A protusão é limitada dentro do canal anal
Tratamento
Modificação na dieta e no estilo de vida e uso de corticoides tópicos ao curto prazo.
Grau 2
Sai do canal anal, mas reduz espontaneamente
Tratamento
Ligadura elástica (tratamento de 1ª escolha) / Escleroterapia / fotocoagulação com infravermelho / ligadura arterial / hemorroidopexia por grampeamento
Grau 3
Sai do canal anal, mas reduz com pressão manual
Tratamento
Ligadura elástica / hemorroidectomia /hemorroidopexia por grampeamento / ligadura da artéria hemorroidária.
Grau 4
Sai do canal anal e não pode ser reduzida
Tratamento
Hemorroidectomia cirúrgica
Diagnóstico
Clínica
Exame físico
Envolve principalmente a inspeção com o anoscópio
Endoscopia
É obrigatório excluir as condições graves ou concomitantes do cólon e do reto
Exame laboratorial
Hemograma
Sangue oculto solicita apenas quando não há nenhum tecido hemorroidariano visível e não possui sangramento aparente
Diagnóstico diferencial
Fissura anal
Doença de Crohn
Colite ulcerativa
Câncer colorretal
Fistulas anal
Prolapso retal
Complicações
Anemia
Trombose
Encarceramento
Incontinência fecal
Sepse pélvica
Estenose anal
Fissura anal
Definição
A fissura anal é uma lesão ulcerada linear situada no canal anal que se estende da linha pectínea à margem anal (anoderma) e raramente ultrapassa a linha pectínea.
Etiologia
Traumático
anatômico
vascular
Clínica
Dor anal intensa, do tipo latejante ou em queimação; obstipação intestinal; sangramento vermelho rutilante; irritação perianal e infecção local.
Diagnóstico
Basicamente clínico. Na anamnese e no exame físico, nota-se lesão geralmente única e ulcerada no anoderma, de forma elíptica, medindo cerca de 10 a 20mm de extensão, no eixo longitudinal do canal anal. O toque retal é muito doloroso.
Tratamento
Tratamento conservador: utilizado para os casos agudos e com hipertonia não intensa.
Medidas não medicamentosas: introduz-se uma dieta rica em fibras e água
Medicamentosas: uso de pomadas tópicas, analgésicos orais e endoanais, bloqueadores de canal de cálcio e toxina botulínica.
Cirúrgico: Esfincterotomia posterior / Esfincterotomia lateral / Crioterapia
Abscesso anal
Acúmulo localizado de pus nos espaços perirretais.
Os abscessos têm origem em uma cripta anal.
Clínico
Os abscessos superficiais podem ser muito dolorosos; edema perianal, rubor e sensibilidade são característicos. Febre é rara.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito pela clínica e pelo exame físico, além de TC ou RM para abscessos mais profundos.
O tratamento é incisão e drenagem cirúrgica e antibiótico para pacientes de alto risco
Câncer de colón retal
O câncer colorretal ocorre mais frequentemente como uma transformação nos pólipos adenomatosos.
Fatores de risco
Os fatores predisponentes incluem colite ulcerativa crônica e colite de Crohn
Sintomas
Sangue nas fezes e mudança dos hábitos intestinais.
Diagnóstico
Triagem é feita por colonoscopia, exame de sangue oculto nas fezes e as vezes, sigmoidoscopia flexível. Pode ser feito também teste de DNA fecal ou colonografia por TC
Tratamento
Ressecção cirúrgica, às vezes combinada com quimioterapia e/ou radioterapia. Após a ressecção cirúrgica curativa do câncer colorretal, deve-se fazer colonoscopia de vigilância 1 ano após a cirurgia ou após a colonoscopia pré-operatória
Fístula anal
É um trajeto tubular com uma abertura no canal anal e outra geralmente na pele perianal.
Sintomas
Secreção intermitente ou constante é comum. O material eliminado é purulento, serossanguinolento ou ambos. A dor pode estar presente caso exista infecção
Diagnóstico
Anoscopia, sigmoidoscopia ou colonoscopia
Tratamento
Cirurgia
Tratamento da causa base
Etiologia
Doença de Cronh
Câncer
Diverticulite
Trauma
Tipos
Fístula Superficial.
Fístula interesfincteriana.
Fístula transesfincteriana.
Fístula supraesfincteriana.
Fístula extraesfincteriana.
A regra de Goodsall-Salmon para fístulas anais estabelece que, se imaginarmos uma linha atravessando o ânus transversalmente, todos os orifícios externos na região posterior terminam na cripta mediana posterior obedecendo a um trajeto curvo, enquanto os orifícios externos localizados na região anterior à linha terminarão na cripta correspondente, através de um trajeto retilíneo
As hemorroidas podem levar a doença hemorroidária através do esforço excessivo em decorrência da constipação ou diarreia crônica
GRUPO: Maria Carolina N. Ramos, Leonardo Gabriel Hussar Brisola, Felipe Ribeiro, Sarah Yumi, Letícia Fernandes, Pamela Tamara
Referência:
Hemorroidas - BMJ Best Practice. Última atualização:03 de janeiro de 2020
Avaliação da hemorragia digestiva baixa - BMJ Best Practice. Última atualização:17 de dezembro de 2019
Way, Laurence W. Doherty, Gerald M. Cirurgia: diagnóstico e tratamento. 14 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.