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Origens e Desenvolvimento da Psicoterapia Infantil, Aguiar, Luciana .…

- - - - Família nuclear
        
        Nova ordem econômica (capitalismo) destitui a família de uma série de funções publicas que ela antes abarcava
        
        A família passa a constituir apenas uma unidade de consumo e reprodução e a a produção se desenrola agora no âmbito público
        
        A criança adquire novo valor e importância: percebe-se
        que ela é uma riqueza econômica em potencial (o trabalhador do futuro)
        
        Surge a necessidade de cuidar mais dessa criança e de educá-la. passa a ser alvo de todo cuidado e atenção
        
        Surgimento do “sentimento de
        infância”: profundas transformações no modo de tratar a infância, na
        configuração da família
        
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      - Constituída por um grande número de pessoas (familiares, agregados e empregados)
        
        Sua função básica: transmitir a vida, os bens e os nomes
        
        Não havia lugar para a exaltação de sentimentos (maternos e conjugais)
        
        O cuidado e a educação
        das crianças não ficava sob a responsabilidade de uma pessoa específica. Se dava na interação com todas as pessoas que constituíam essa família
        
        Assim que elas eram
        desmamadas e dava os primeiros passos eram inseridas em todas as atividades desenvolvidas pelos adultos (sem distinção)
        
        Caracterizava-se por uma imensa sociabilidade, na qual o público e o privado misturavam-se
  - - - Na busca de situações patogênicas (repressões sexuais estabelecida e sintomas surgido), Freud foi levado cada vez mais à vida pregressa do paciente, chegando até a infância
        
        Para Freud: impressões desse período da vida deixam marcas indeléveis e fundamentam a disposição para qualquer distúrbio neurótico
        
        Freud (1980) se depara com um novo fato: a sexualidade infantil. Em 1905, ele publica “Três ensaios sobre a teoria da sexualidade”. Caso Hans corroborou com aquilo que ele havia concluído a respeito da infância com base na análise de adultos.
        
        A ideia de que as crianças poderiam ser afetadas por aquilo que os adultos faziam ou falavam era extremamente nova; as crianças eram vistas como indivíduos que “não entendem” ou “não estão prestando atenção”
        
        Descobrir que as crianças eram afetadas pelo que os adultos diziam ou faziam não fez que eles mudassem o comportamento, mas possibilitou o terapeuta agir e falar de modo específico com ela a fim de que isso trouxesse algum benefício terapêutico
        
        “Além do princípio do prazer”, de 1920, Freud fundamenta algo que veio a ser de fundamental importância na inauguração de uma proposta clínica com crianças: o brincar como possibilidade de expressão e elaboração de frustrações e conflitos
        
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        Mediante essas duas contribuições (possibilidade da interpretação com as crianças e a importância do brincar) que Melanie Klein desenvolveu a primeira proposta sistematizada de trabalho clínico com crianças
        
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  - - - Adota o uso do brinquedo como recurso mediador da relação terapêutica, mas um processo terapêutico absolutamente centrado na criança. Mínimo de intervenção do psicoterapeuta, que tinha como principal função acompanhar a criança no espaço terapêutico, realizando intervenções essencialmente descritivas
        
        O comportamento da criança não é mais interpretado, mas significado pela própria criança com base na reflexão de sentimentos
        
        Princípios básicos dessa nova forma de compreender e trabalhar com a criança: A aceitação da criança exatamente como ela é, o respeito pelo seu tempo e pela sua capacidade de resolver seus problemas, o não direcionamento de suas ações ou conversas, o estabelecimento de um sentimento de permissividade e o desenvolvimento de uma sólida relação de confiança entre criança e psicoterapeuta