Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
RCC 6, Referências:, G3 - 8ºP - Thayse Araujo, Gessica Montagner, Luma…
RCC 6
Torção de Testículo
Quadro clínico
Dor testicular aguda
Súbita
Aumento do volume testicular
Edema
Rubor
Sinal de Prehn
Piora da dor com elevação do testículo (torção)
Reflexo cremastérico
Ausente - Ausência de tração superior do testículo por suave toque na face interna da coxa
Febre
Sudorese
Náuseas/Vômitos
Testisredux
Elevação do testículo por contração cremastérica
Sinal de Angell
Em pé – testículo contralateral horizontalizado (elevação e horizontalização).
Diagnóstico
Clínico
Ultrassonografia com Doppler colorido se não for atrasar o tratamento definitivo
confirma a falta de vascularização
Tratamento
Distorcer - Exploração cirúrgica da bolsa testicular com destorção do testículo
Tratamento cirúrgico – ideal até 6 horas
Testículo viável – distorção e fixação dos 2 testículos
A incisão na bolsa pode ser mediana na rafe ou transversal em cada hemibolsa. Após a destorção do testículo comprometido envolvemos em compressa umedecida em soro fisiológico morno. Realiza-se então a fixação do testículo
contralateral com, no mínimo, dois pontos de fio não absorvível envolvendo as túnicas albugínea, vaginal e dartos.
Após a fixação do testículo sadio, já houve tempo suficiente para reavaliação do testículo isquêmico. Nesse momento, o cirurgião deve observar se o testículo doente assumiu coloração indicativa de boa perfusão tecidual ou se permanece com aspecto isquêmico/necrótico. Caso haja inclinação da equipe à preservação do órgão, a fixação deverá ser realizada. Caso contrário, proceder orquiectomia.
Necrose – orquiectomia e orquidopexia contralateral
Fisiologia
O testículo normal é envolvido e fixado posteriormente à túnica vaginal o que permite algum grau de mobilidade.
Intravaginal
: Algumas pessoas essa fixação é um pouco mais proximal e permite que o testículo gire livremente no cordão espermático dentro da túnica vaginal. Essa alteração congênita chamada de “testículo em badalo
de sino” está relacionada ao principal mecanismo de torção.
Extravaginal
: (mais comum período perinatal) - Em neonatos, ainda no processo de descida para o escroto, quando a fixação testicular não se deu por completo, o cordão pode torcer em conjunto com a túnica vaginal. O cordão espermático torce acima da inserção da membrana vaginal.
Parafimose
Quadro clínico
Dor
Eritema
Inchaço do prepúcio distal e da glande
Edema
descoloração da glande do pênis em azul ou preto e a firmeza da glande à palpação indicam isquemia/necrose, que é uma complicação rara
Irritabilidade em bebês
Diagnóstico
Clínico
história clínica do paciente + exame físico
Tratamento
Conservador
Redução manual
Simples compressão da glande e do prepúcio edematoso e inchado por vários minutos antes de tentar a redução. Isso permite que o edema do prepúcio retraído diminua antes de tentar reposicionar o prepúcio em sua posição usual. Um método simples que envolve comprimir manualmente o prepúcio edematoso enquanto puxa lentamente para cima o falo.
A redução manual também pode ser tentada colocando os polegares sobre a glande, com os dedos indicador e comprido ao redor do prepúcio preso. Em seguida, é aplicada uma pressão lenta e constante para avançar lentamente a porção do prepúcio para fora, de volta sobre a glande. Isso pode ser facilitado com um pouco de lubrificante.
Métodos osmóticos
Gaze embebida em solução de manitol a 20% também tem sido usada como agente osmótico para reduzir o edema da parafimose. A gaze é deixada no local por 30 a 45 minutos e foi relatado que erradica completamente o edema problemático, permitindo fácil resolução da parafimose com técnicas manuais. Esta técnica é relativamente indolor e é adequada para crianças.
Injeção de hialuronidase
A redução do edema peniano da parafimose pela injeção de hialuronidase diretamente no prepúcio edematoso. Isso tem sido eficaz, principalmente em crianças e bebês, na resolução do edema, o que permite uma redução manual mais fácil da parafimose. A hialuronidase aumenta a difusão do líquido aprisionado nos planos teciduais do prepúcio mal posicionado, o que reduz o inchaço e o edema.
Punção e aspiração
São mais invasivos e devem ser reservados para casos refratários a outras técnicas menos invasivas. A técnica de punção envolve perfurar o prepúcio edematoso várias vezes com uma agulha hipodérmica seguida de expressão manual de fluido edematoso através dos orifícios da punção. Profissionais de emergência experientes podem considerar a aspiração corporal de sangue no pênis.
Casos mais difíceis ou complicados podem exigir anestesia local com bloqueio peniano dorsal, analgesia sistêmica ou sedação processual.
Cirúrgico
Incisão longitudinal
Caso os métodos de
redução manual não tiverem êxito.
O método envolve a aplicação de dois hemostatos retos para agarrar o dorso do prepúcio contraído na posição de 12 horas. Em seguida, é feita uma incisão longitudinal de 1 a 2 cm da banda constritiva do prepúcio edematoso entre os hemostáticos, o que permite a passagem sobre a glande. Após a redução, o prepúcio inciso não é reaproximado, mas as bordas são exageradas com uma sutura absorvível 3-0 ou 4-0. Isso deixará a porção do prepúcio amplamente separada e aberta para evitar recorrências.
Fisiologia
É uma situação de emergência urológica caracterizada pela constrição da porção distal do pênis pelo anel prepucial rígido e estenótico retraído proximamente e que não se reduz espontaneamente a sua posição original.
A parafimose pode ser fruto de uma complicação da fimose, que evolui com um anel de constrição no corpo do pênis, levando a uma diminuição do retorno venoso, edema, podendo evoluir com isquemia e necrose
Em crianças pequenas, as parafimoses são causadas mais frequentemente pela retração forçada do prepúcio para limpeza, colocação de cateter urinário, procedimento como cistoscopia ou exame peniano. Nos mais velhos e adolescentes, masturbação
ou ereção espontânea são as causas mais frequentes.
Urgências Urológicas Traumáticas
Trauma Renal
Trauma Ureteral
Trauma Vesical
Trauma Uretral
Fratura de Pênis
Urgências Urológicas Não traumáticas
Priapismo
Fournier
Cólica Renal
Escroto agudo/ Torção Testicular
Retenção Urinária Aguda
Parafimose
Fimose
Primária (fisiológica) ou secundária (patológica)
Patológica
FIMOSE SECUNDÁRIA
Incomum em menores de 5 anos
Demanda a indicação de tratamento
Resultante de fibrose e palidez da abertura prepucial devido a condições como:
Doença dermatológica Trauma prepucial
Postite
Balanite xerótica obliterante
Fisiológica
Presente desde o nascimento, permanecendo por um período de tempo variável
Não tem indicação de intervenção
Classificação de Kikiros, através de graus de retração.
Expectativa de resolução espontânea durante o processo de maturação da criança
Referências:
Talini, Carolina et al . Postectomia: complicações pós-operatórias necessitando reintervenção
cirúrgica. Einstein (São Paulo), São Paulo , v. 16, n. 3, eAO4241, 2018 .
Velasco IT, Brandão Neto RA, Souza HP et al. Medicina de emergências. 13. ed.
Barueri: Manole, 2019.
Zerati Filho M et al. Urologia Fundamental. São Paulo: Planmark e Sociedade Brasileira de Urologia - SBU, 2010.
S. Tekgul, H. Riedmiller, H.S. Dogan P. Hoebeke, R. Kovcara, J.M. Nijman, Chr. Radmayr, R. Stein. Diretrizes para a urologia pediátrica. 2012
G3 - 8ºP - Thayse Araujo, Gessica Montagner, Luma Vasconcelos, Larissa Barreto, Jose Victor Carvalho, Adriany Ventura, Jose Arnor de Goes Junior, Karen Iaghy de Sousa.