RCC 8: Pancreatite
PANCREATITE AGUDA
Transtorno do pâncreas exócrino, associado com lesão da célula acinar com respostas inflamatórias sistêmica e local.
Etiologia
Idiopática (10%- 20%); bebida alcoólica; Hipertrigliceridemia; Hipercalcemia; Malignidade pancreática; Pós-colangiopancreatografia retrógrada endoscópica; trauma; infecções; medicamentos; Pancreas divisum
Fatores de risco
Quadro clínico
Fortes
Fracos
Mulheres de meia idade, homens jovens e de meia idade, cálculos biliares, bebida alcoólica, hipertrigliceridemia, medicamentos (diuréticos tiazídicos, furosemida, sulfonamidas...), CPRE, trauma, LES, Síndrome de Sjogren,
Hipercalcemia, paratidite, vírus coxsackie, CA de pâncreas, pneumonia por Mycoplasma, Disfunção de Oddi, história familiar de pancreatite
Dor em faixa no andar superior do abdome, náusea, vômitos, SIRS, anorexia, sinais de hipovolemia, febre
Dor na região epigástrica média ou no quadrante superior esquerdo que irradia para as costas é o sintoma manifesto mais comum, irradia para as costas, agrava-se com o movimento e é aliviada quando se assume a posição fetal
Casos mais graves: taquipneicos, taquicardicos, pulso agudamente fraco e filiforme, consistente com depleção de volume intravascular
Exame abdominal pode revelar um abdome sensível e distendido com defesa voluntária à palpação do abdome superior.
Homem, 26 anos
Dor na parte superior do abdome irradiando para as costas pós ingerir pizza e cerveja
Vômito sem melhora do quadro
Bebe socialmente
Sinais clínicos
Febril
Taquicárdico
Taquipneico
Refefre dor a palpação
Exames
Leucometria 18000/mm3
Hemoglobina 17g/dL
Asparto Aminotransferase 380 U/L
Alanina Aminotransferase 435 U/L
Desidrogenase Láctica 300 U/L
Amilase Sérica 6.800 UI/L
Gasometria pH 7,38
PaCo2 33mmHg
PaO2 de 68mHg e HCO3 21mEq/L
RX de torax revelou pequena efusão pleural
CA de pâncreas
Diagnóstico
TTO
PANCREATITE CRÔNICA
Laboratório
Exames de Imagem
Exame físico
Anemia
Quadro Clínico
Linfonodos Maria José
Prateleira de blummer
Ascite
Compressão do colédoco
Classificação
Sinal de courvosier terrier
carcinomatose peritoneal
Síndrome de Trousseau
Perda de peso
Definição
Reação inflamatória com fibrose progressiva e
irreversível do parênquima pancreático
de Virchow
TAP e TTPA aumentada
Aumento de Bilirruina, ALT, AST, Fosfatase alcalina e Gama GT
Etiologia
Alcoólica
Tropical
Hereditária
Autoimune
Neoplasia, pâncreas, trauma, RTP
USG
70-80%
100 g de etanol/dia por 5 anos
Abstinência melhora os sintomas, mas não evita
a progressão do processo de degeneração
Paciente ictérico - 1º exame
estresse oxidativo
TC
define diagnóstico
Massa hipodensa, mal limitada com necrose central, dilatação de vias biliares
Tríade
Esteatorreia
DM
Calcificação pancreática
PET TC
útil para tumores pequenos
Dor abdominal
Constante ou periódica e ocasionada por
ingesta de álcool ou alimento
CPRE
Dx de icterícia obstrutiva sem massa vísivel
Andar superior do abdome com irradiação
para o dorso
Não responsivo a analgésicos
Biópsia
antes de iniciar RTP e QTP
Flatulência, cólica, distensão abdominal
Deficiência de vitaminas lipossolúveis e B12
sintoma tardio
Complicações
Pancreatite crônica (PC) calcificante
PC obstrutiva
PC inflamatória
Abcesso
Fístula biliar
Deiscência de anastomose + comum
Esvaziamento gástrico retardado
95%
Paliativo Não cirúrgico
Curativo Cirúrgico
presença de rolhas de proteínas que podem se calcificar levando a obstrução de ductos
60% dos casos
alívio de icterícia, obstrução gástrica, alívio da dor
Rara, ocorre obstrução do ducto pancreático principal (Wirsung), apenas um segmento do pâncreas é afetado, geralmente a cabeça.
Caso de Ictéricia obstrutiva
Relacionada a doenças autoimunes como síndrome de Sjögren e a colangite esclerosante primária
anastomose biliodigestiva ou prótese
obstrução gástrica/duodenal
Complicações:
gastroenteroanastomose ou prótese intraduodenal
Dor
Necrose pancreática
Abcesso
bloqueio percutâneo/ablação cirúrgica do plexo celíaco
Pseudocisto
Ascite Pancreática
Epidemiologia:
Hemorragia
Retirar Pâncreas, duodeno todo e toda via biliar
mais comum em homens, a faixa etária de 60-80 anos e raro antes do 40 anos
Duodenopancreatectomia Gastroduodenopancreatectomia (WIPPLE)
Pancreatectomia Distal
CI
Fatores de risco
Pancretatite crônica, hereditária, tabagismo, carcinogênios, DM, obesidade, sedentarismo, dieta rica em carne e proteínas.
Tumor irresecável, estágio 3 e 4, invasão de retroperitônio, envolvimento de linfonodos, invasão arterial
Tipos
Tumores exócrinos:
Tumores das células das ilhotas do pâncreas- NEUROENDÓCRINOS
Adenocarcinoma ductal
• É o tipo mais comum e mais agressivo, responsável por mais de 90% dos casos., tem relação de causa e efeito com o tabagismo,. Localização mais comum: cabeça do pâncreas
Outros:
Prognóstico:
• carcinoma adenoescamoso, o carcinoma acinar, de células em anel de sinete, de células claras
pancreatite aguda melhorará dentro de 3 a 7 dias com o manejo conservador.
• Insulinoma, glucagonoma, somatostatinoma
Na pancreatite biliar, uma colecistectomia deve ser realizada antes da alta hospitalar em casos leves e em alguns meses após a data de alta hospitalar nos pacientes com sintomas graves.
Quadro clínico:
Em pacientes que não são candidatos à cirurgia, a colangiopancreatografia retrógrada
endoscópica (CPRE) deve ser considerada.
Perda de peso, icterícia obstrutiva, dor abdominal; sinal de Courvoisier Terrier
A manifestação mais comum é perda ponderal, mas quando está na cabeça do pâncreas o que dá o diagnóstico é a icterícia. O corpo e a cauda têm sintomas muito tardios, mas pode ter dor abdominal, anorexia, náuseas e vômitos.
Recomendações
Monitoramento
Instruções ao paciente
Monitoramento em longo prazo não é necessário
Se eles modificarem seus fatores de risco, outro episódio pode não recorrer mais
tarde.
os pacientes devem ser advertidos
para modificar os fatores de risco no estilo de vida
Classificação
De atlanta
De Balthazar
Patológica geral
DIAGNOSTICO
Apache
Amilase Sérica
Primeiro dia do quadro clínico (2-12h após o início dos sintomas), mantendo-se alta por 3-5 dias.
Pancreatite edematosa
Pancreatite hemorrágica
Dosagem sérica de amilase e lipase (que estarão > 3x o LSN)
usado para estabelecer a gravidade na UTI e prever o risco de morte
o parênquima e as estruturas retroperitoneias ao redor estão ingurgitados com líquido intersticial e infiltração de células inflamatórias
há sangramento para o parênquima e estruturas retroperitoneais ao redor com necrose pancreática extensa
Tratamento
Elevam a amilase acima de 3-5 vezes o limite da normalidade (> 500 UI/L)
pontos importantes
Lipase Sérica
Tratamento medicamentoso
Tratamento cirúrgico
Moderadamente grave
Permanece alta por um período mais prolongado (7-10 dias)
Grave
Leve
Tratamento
3 vezes o limite da normalidade (normal:
até 140 U/L; 3x o normal: > 450 U/L)
Sem falência orgânica
Refeições de pequenas quantidades, com restrição de gordura
Cessação do consumo de bebidas alcoólicas e do tabagismo
Nos episódios de reagudização, realizar tratamento semelhante ao da pancreatite aguda
Tratamento do diabetes
sem complicações locais ou sistêmicas
Tomografia Computadorizada
Contrastada
leve
jejum, hidratação e analgesia
Falência orgânica transitória (resolve em 48 horas)
complicações locais ou sistêmicas sem persistência de falência orgânica
dieta reintroduzidas na ausencia de dor
Falência orgânica persistente (única ou múltipla)
Bloqueadores H2 ou inibidores da bomba de prótons (IBP)
processo inflamatório
Necrose pancreática
grave
hidratação agressiva
Suplementos de enzimas pancreáticas nos casos de dor e/ou esteatorreia
C
D
B
E
A
É indicado quando existe uma complicação anatômica passível de correção
controle da dor
PÂNCREAS NORMAL
AUMENTO FOCAL OU DIFUSO DO PÂNCREAS
monitoramento
ALTERAÇÕES PANCREÁTICAS ASSOIADAS A INFLAMAÇÃO PERIPANCREÁTICA
Esfincterotomia endoscópica: retirada de cálculo ou de calcificações melhora a evolução em casos graves
Nutrição
COLEÇÃO LÍQUIDA EM APENAS UMA LOCALIZAÇÃO
DUAS OU MAIS COLEÇÕES E/OU PRESENÇA DE GÁS DENTRO OU ADJACENTE AO PÂNCREAS
Diagnóstico
Melhor método de imagem para avaliar a presença de complicações locorregionais num quadro de pancreatite aguda
Ultrassonografia
sinais ecogênicos clássicos de pancreatite aguda
o método de escolha para o diagnóstico da litíase biliar - causa mais comum de pancreatite
Dois dos 3 sinais
Dor ABD forte e sugestiva
Aumento enzimas >= 3x o normal
Exames de imagem característicos
Radiografia Simple
1º USG
Alça sentinela (íleo localizado).
2º TC ABD com constraste
- Sinal do cólon amputado:
Dilatação das alças (íleo paralítico inflamatório).
3º USG endoscópico- suspeita microlitíase
Aumento da curvatura duodenal (aumento
da cabeça do pâncreas)
Irregularidades nas haustrações do transverso, devido ao espasmo difuso
click to edit
Identificar litíase biliar
As alterações intestinais da pancreatite aguda
são decorrentes da extensão do exsudato inflamatório pancreático para o mesentério, mesocólon transverso e peritônio
Ressonância Nuclear Magnética
Pedir após 48-72 hrs
Na suspeita de pancreatite biliar, a colangiorressonância pode identificar mais de 90% dos cálculos na via biliar;
Imediata caso paciente grave ou piora
no paciente que evolui com IRA
no contexto da PA “grave”
Amilase
Lipase
Entre 120 e 150 UI/L
Até 160 UI/L
Ranson
menos de 30% de necrose
30 a 50% de necrose
ausência de necrose
mais de 50% de necrose