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Aneurisma de aorta abdominal, Grupo 1 Alunos: Mayara Soares, Jordana…
Aneurisma de aorta abdominal
DEFINIÇÃO
Durante um exame físico de rotina, um médico de família identifica uma massa abdominal pulsátil assintomática em um homem com 62 anos. A ultrassonografia realizada em seguida demonstrou um aneurisma de 4,2 cm na aorta infrarrenal. O paciente então é encaminhado para avaliação e tratamento. Sua história clínica é significativa para hipertensão e angina estável. Ele fuma 40 maços de cigarro por ano. Suas medicações atuais incluem ácido acetilsalicílico, b-bloqueador e nitratos. O paciente se descreve como um homem aposenta- do ativo que joga golfe duas vezes por semana. Ao exame, os pulsos carotídeos e dos membros superiores estão normais. O abdome não está sensível e a pulsação aórtica é proeminente. É fácil palpar os pulsos nas regiões femorais e poplíteas e eles parecem mais proeminentes que de hábito.
Aneurisma
Dilatação focal e permanente da artéria com um aumento de pelo menos 50% do diâmetro normal do vaso
Aneurisma de aorta abdominal (AAA)
São os mais comuns, e considera-se AAA quando o diâmetro do segmento comprometido tiver pelo menos três centímetros
Consiste em uma protuberância cheia de sangue em uma parte da aorta que passa pelo abdômen
ANATOMIA
Aorta abdominal é uma estrutura retroperitoneal
Se inicia no hiato do diafragma e se estende até a bifurcação das ilíacas
Se situa ligeiramente a esquerda da linha média
Os ramos incluem: Suprarrenais, mesentérica, ilíaca comum esquerda e direita e gonadais
EPIDEMIOLOGIA
A prevalência entre homens é de 4 a 6 vezes mais elevada que em mulheres
Mais de 90% dos aneurismas se originam abaixo das artérias renais
Um estudo de rastreamento constatou que idades entre 50 a 79 anos, tem maior prevalência de AAA (AAA >3 cm) entre homens fumantes (5,9%)
FISIOPATOLOGIA
Principais mecanismos
• Inflamação e respostas imunes
Uma extensa infiltração transmural por macrófagos e linfócitos está
presente na histologia do aneurisma
• Estresse biomecânico sobre a parede
A diminuição da elastina está associada à dilatação da
aorta, e a degradação do colágeno predispõe à ruptura
• Degradação proteolítica do tecido conjuntivo da parede da aorta
Atividade desproporcional da enzima proteolítica na parede da aorta pode
promover degradação de proteínas da matriz estrutural
• Genética molecular
O AAA apresenta herdabilidade significativa
Histologicamente, há obliteração de colágeno e elastina nos meios e nas camadas média adventícia, perda de células musculares lisas com consequente afilamento gradual da parede medial, infiltração de linfócitos e macrófagos e neovascularização
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Como ocorre dilatação progressiva da aorta ela comprime outros orgãos em contato com ela
Veia cava inferior - gera trombose venosa
Ureter - causa obstrução da passagem da urina do rim até a bexiga, provocando falência renal
Duodeno - causa vômitos
Complicações próprias destes aneurismas
Dor abdominal, localizada no aneurisma
Embolia: desprendimento de coágulos que se formam dentro do aneurisma e caem na circulação, provocando entupimento de artérias dos membros inferiores
Rotura: a mais comum das complicações, resultando em sangramento (hemorragia) intra-abdominaL
Trombose: oclusão de vaso
Dor abdominal atípica ou “dor nas costas” podem estar presentes
Não há sintomas específicos, a maioria dos casos são silenciosos
Descobertos ocasionalmente durante exames de imagem para outras finalidades diagnósticas
RASTREAMENTO
Rastreamento de homens entre 60-65 anos de idade para AAA reduz significamente a mortalidade específica para AAA
As atuais recomendações incluem
Rastreamento seletivo em homens entre 65 e 75 anos que nunca fumaram
Com base na avaliação dos fatores de risco e decisão partilhada
Rastreamento para AAA anualmente com ultrassonografia é recomendado em homens de 65 a 75 anos de idade que já fumaram
Não há evidência que demonstre esse
benefício em mulheres
Em homens com 65 anos ou mais, caso a primeira ultrassonografia mostre aorta abdominal
com diâmetro inferior a 2,6 cm, não se recomenda rastreamento anual
DIAGNÓSTICO
USG : exame de escolha para estudo de aneurismas
Principal exame (triagem)
Detalhes minunciosos
Ressonância nuclear magnética
Tomografica computadorizada
Angiomiografia
Melhor exame para avaliação
TRATAMENTO
AAA roto
Se instabilidade hemodinâmica
Não é necessário exame complementar
Se estabilidade hemodinâmica
Exames de imagem abdominal devem ser realizados com urgência
Ressuscitação imediata
Reparo cirúrgico urgente
ATB perioperatória
AAA sintomático
Reparo cirúrgico
Sempre considerado como urgência
Achado incidental do AAA pequeno
Vigilância
Manejo agressivo do risco cardiovascular
Achado incidental do AAA extenso
É indicado com diâmetro superior a 5,5 cm em homens e 5,9 cm em mulheres.
Critérios para abordagem cirúrgica
Aneurisma com diâmetro maior ou igual a 5,5 cm para homens e 5 cm para mulheres
Crescimento maior que 0,5 cm a cada 6 meses ou 1cm/ano
Morfologia secular
Presença de outros aneurismas arteriais periféricos ou viscerais
Sintomatologia
Rotura
Abordagem cirúrgica
Avaliação pré- operatória
Avaliação fatores de risco
Exames pré-operatório
Exame de sangue com perfil bioquímico
Eletrocardiograma
Raio X de tórax
Ecocardiograma
Cateterismo cardíaco
Cintilografia cardíaca
Angiotomografia
Cirurgia aberta
Aneurismectomia com endoaneurismorrafia
Prótese arterial
Cirurgia endovascular
Inserção prótese via arterial
Mecanismo =Radioscopia por via artéria femoral
Endoprótese liberada na aorta infrarrenal e ilíaca comum
Necessária anatomia compatível
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Diverticulite
Cólica ureteral
Síndrome do intestino irritável
Doença inflamatória intestinal
Apendicite
Torção ovariana
Hemorragia gastrointestinal
Abdome agudo
Doenças que causam qualquer tipo de abdome agudo
Como por exemplo DIP
CLASSIFICAÇÃO
Tipo I
É o mais comum
Tem origem na aorta infrarrenal
Tipo II
Se originam em um segmento das aorta imediatamente após emergência das artérias renais
Justarrenais
Tipo III
Englobam a origem das artérias renais
Pararrenais
Tipo IV
São conhecidas como toracoabdominais
Envolvem a aorta abdominal em um segmento tanto abaixo como acima das artérias renais
FATORES DE RISCO
Mais comuns
Gênero masculino
Tabagismo
Idade avançada
Histórico familiar positivo
Principalmente familiares de primeiro grau
Hipertensão
Arteriosclerose
O risco de ruptura do AAA está associado a seu diâmetro
Diâmetro do aneurisma > 6cm no momento do diagnóstico é um fator de risco independente e significante para ruptura
LOCALIZAÇÃO
Aneurisma Suprarrenal
Se envolve na origem de uma ou mais artérias viscerais mas não se estende ao tórax
Aneurisma pararrenal
As artérias renais surgem da aorta aneurismática mas não da mesentérica superior
Aneurisma justarrenal
O aneurisma se origina logo além das origens das artérias renais
Aneurisma infrarenal
O aneurisma se origina distalmente as artérias renais
Grupo 1
Alunos: Mayara Soares, Jordana Roque, Anna Elysa Cabral, Lucas Quintanilha, Priscila Moreira,
João Pedro Lopes, Stephanny Moreira, Nelly, Silvio, Pedro Paulo
Referências bibliográficas: Projeto Diretrizes SBACV - ANEURISMAS DA AORTA ABDOMINAL DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
BMJ aneurisma da arta abdominal