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DISTÚRBIO HIDROELETROLÍTICO NO PACIENTE CIRÚRGICO, ROTHROCK, Jane C.…
DISTÚRBIO HIDROELETROLÍTICO NO PACIENTE CIRÚRGICO
Manutenção do Equilíbrio Hidroeletrolítico
Saúde e segurança do paciente cirúrgico
Homeostasia
Regulado pelo sistema renal e pulmonar
Incapaz de regular as necessidades de
líquidos e eletrólitos corporais
Pode ocorrer com rapidez no paciente cirúrgico
Causas
Restrições pré-operatórias
Alimentos
Líquidos
Perda hídrica intraoperatória
Estresse da cirurgia
Funções dos Eletrólitos e Reguladores
Sódio (Na+)
Faixa de referência
135-145 mEq/l
Funções
Interage com cálcio para manter a contração
muscular; Mantém o volume sanguíneo; Controla o desvio de água entre compartimentos; Importante cátion envolvido na bomba de sódiopotássio necessária para os impulsos nervosos; Principal cátion no sistema de tampão
acidobásico de bicarbonato e fosfato.
Regulação
Sistema reninaangiotensina -
aldosterona
Potássio (K+)
Faixa de referência
3,5-5 mEq/l
Funções
Afeta a osmolalidade; Promove os impulsos nervosos, especialmente no coração e músculo esquelético; Importante cátion envolvido na bomba de sódiopotássio necessária para a transmissão de impulsos nervosos; Ajuda na conversão de carboidratos em energia e aminoácidos em proteína; Promove o armazenamento de glicogênio no fígado; Ajuda na manutenção do equilíbrio acidobásico através da troca celular por hidrogênio.
Regulação
Sistema reninaangiotensina -
aldosterona
Cloreto (Cl-)
Regulação
Sistema renina-angiotensina-aldosterona
Funções
Inibe contração do músculo liso; Regula o volume líquido extracelular; Promove o equilíbrio acidobásico pela troca por bicarbonato nos eritrócitos; Promove digestão de proteína através do ácido clorídrico.
Faixa de referência
98-106 mEq/l
Magnésio (Mg2+)
Regulação
Paratormônio (PTH)
Funções
Promove o metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas; Favorece o metabolismo da vitamina b12; Promove a regulação do Ca, PO4 e K; Promove a transmissão de impulsos e a função cardíaca; Fortalece a bomba de sódio-potássio; Promove conversão de ATP em ADP para liberação de energia.
Faixa de referência
1,5-2,5 mEq/l
Fosfato (HPO4)
Faixa de referência
1,2-3 mEq/l
3-4,5 mg/dl
Funções
Promove rigidez dos ossos e dentes em sua forma não-ionizada; Promove equilíbrio acidobásico através do sistema de tampão de fosfato; Necessário na produção de ATP
Regulação
Paratormônio (PTH)
Cálcio (Ca2+)
Faixa de referência
9-10,5 mg/dl 4,5-5,5 mEq/l
Funções
Fortalece dentes e ossos em sua forma não-ionizada; Promove coagulação do sangue; Diminui irritabilidade neuromuscular, além de promover a conduão do impulso nervoso; Fortalece e espessa membrana celular; Ajuda na absorção e no uso da vitamina B12; Inibe a permeabilidade da membrana celular ao sódio; Ativa a contração da actina-miosina muscular.
Regulação
Paratormônio (PTH)
Hidratação do paciente cirúrgico
Hidratação pré-operatória
Pacientes hígidos, bem hidratados, candidatos à cirurgia eletiva de pequeno porte
Não necessitam, em geral, de fluidoterapia prévia
Para pacientes a serem submetidos à cirurgia eletiva de médio ou grande porte
Recomenda-se o início da hidratação 2h a 4h antes da operação mediante a oferta de 800 a 1500 ml de solução salina
De acordo com o tempo de jejum e, em princípio, o suficiente para manter volume urinário de 30 a 60 ml por hora
Hidratação intra-operatória
Não é possível na prática estimar com precisão, durante o ato operatório, as perdas pela exposicão de vísceras nem a perda interna no terceiro espaço
Infunde-se geralmente, de 2 a 10 ml de solução salina por quilo de peso corporal por hora de cirurgia
Hidratação pós-operatória
Operações são de pequeno porte, principalmente se não envolvem laparotomia
Hidratação pós operatória é curta, pode restringir se a 500 a 1000ml de solução isotônica, glicosada a 5% ou salina, administrada em poucas horas
Operações de grande porte
Paciente bem hidratado
Cloro: de 80 mEq/dia
Potássio: de 60 mEq/dia
Sódio: é de 100 mEq/dia
Glicose: 100 g
Água: aproximadamente a 30 35 ml/kg de peso corpóreo
Um paciente de 70 kg equivale a 2100 a 2450 ml/dia
Alterações do equilíbrio hídrico e eletrolítico
Hídrico
Desidratação
Hipotônica
Hipertônica
Isotônica
Super hidratação
Isotônica
Hipotônica
Eletrolítico
Sódio
Concentração entre 138 e 145 mEq/l,com média de 142 mEq/l
Hiponatremia
Absoluta (depleção de sódio)
Pele fria e pastosa; mucosa seca; turgor diminuído; pulso rápido; PA baixa; urina escassa; hematócrito elevado; ureia elevada
Administração de Na+ para a manutenção, que corresponde à perda de água prevista nas próximas 24h e para a reparação, que é o déficit existente de Na+
Diluição (intoxicação hídrica)
Pele normal e úmida; mucosa úmida; turgor normal; edema às vezes presente; pulso normal; PA normal; urina normal, ou poliúria ou diluída; hematócrito normal ou diminuído; ureia normal
Eliminação do excesso de água mediante uso de diurético osmótico (Manitol)
Hipernatremia
Sede, oligúria, mucosas secas, febre, taquipneia e alterações neurológicas que podem ser variadas, incluindo tremor, hiperreflexia profunda, confusão mental, alucinações e coma agitado
Tratar a doença base e suprimir temporariamente a entrada de Na+ e fazer se a reposição hídrica mediante infusão de SG 5%, administrando se metade do volume nas primeiras 8-12h
Cloro
Concentração entre 95 e 105 mEq/l e média de 103 mEq/l
Hipocloremia
Redução do tônus da fibra muscular lisa, principalmente do intestino e dos vasos, pelo que se manifesta clinicamente por íleo adinâmico e tardiamente por hipotensão arterial
Manutenção e reparação estimadas com base no volume extracelular, além da eliminação do excesso de água
Hipercloremia
Sede, oligúria, contrações musculares, tremores, confusão mental, estupor, febre em geral moderada
Tratar doença base e suprimir entrada do CI- e a sua diluição no compartimento extracelular mediante infusão de SG 5%
Potássio
Concentração é baixa variando normalmente entre 3,5e 4,5 mEq/l
Hipercalemia
Parestesias (face, língua, pés e mãos), paralisia flácida, arritmias cardíacas, risco de morte súbita por parada cardíaca em diástole, ondas T elevadas, pontiagudas, prolongamento do intervalo PR e do QRS e ondas S profundas
Tratamento preferencial é a diálise
Outras medidas terapêuticas
Supressão da entrada de K+
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Hipocalemia
Astenia, fraqueza muscular, parestesias, paralisias, íleo adinâmico, irritabilidade, letargia, com arritmias cardíacas tipo bigeminismo e/ou trigeminismo, e risco de parada cardíaca em sístole
Administração de K+ por VO (KCI xarope ou drágeas, ascorbato de K+ em comprimidos efervescentes) ou por EV (aumentando se a concentração de K+ nas soluções eletrolíticas usuais ou na forma de solução polarizante)
ROTHROCK, Jane C. Alexander: Cuidados de enfermagem ao paciente cirúrgico. 13ª edição. Elsevier, 2008.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
ENFERMAGEM EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO
DOCENTE: Profª Drª Mariangela Nunes
DISCENTES: Arthur Machado, Dalylla Silveira, Isis Pereira, Larissa Conceição e Victor Sobral
REFERÊNCIAS
CENEVIVA, R; ANDRADE, Vicente Y.A. de M.V. EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO E HIDRATAÇÃO NO PACIENTE CIRÚRGICO. Medicina (Ribeirão Preto), [S. l.], v. 41, n. 3, p. 287-300, 2008. DOI: 10.11606/issn.2176-7262.v41i3p287-300. Disponível em:
https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/274
. Acesso em: 30 set. 2022.