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PANCREATITE AGUDA, GRUPO 1 - ALUNOS: Ana Lima, Ana Leticia Parizi, Eloize…
PANCREATITE AGUDA
Caso 8:
Homem com 26 anos é examinado no serviço de emergência em razão de uma dor abdominal que começou depois de retornar para casa de uma festa em que consumiu pizza e oito cervejas. A dor é constante, localizada na parte superior do abdome e irradia-se para as costas. Cerca de 3 a 4 horas após o início da dor, o paciente vomitou uma grande quantidade de alimento não digerido, mas a êmese não aliviou a dor. Seus antecedentes clínicos nada têm de notável; ele consome bebida alcoólica apenas nos fins de semana, quando vai a festas com os amigos. Ao exame, ele parece desconfortável
Exame físico:
Sua temperatura é de 38,8°C, a frequência cardíaca é de 110 bpm, a pressão arterial é de 110/60 mmHg e a frequência respiratória é de 28 mpm. O abdome está distendido e sensível à palpação nas áreas epigástrica e periumbilical
Exame laboratorial:
: leucometria de 18.000/mm3, hemoglobina de 17 g/dL, hematócrito de 47%, glicose de 210 mg/dL, bilirrubina total de 3,2 mg/dL, aspartato aminotransferase (AST) de 380 U/L, alanina aminotransferase (ALT) de 435 U/L, desidrogenase láctica (LDH, do inglês lactose dehydrogenase) de 300 U/L e amilase sérica de 6.800 UI/L. A gasometria arterial (ar ambiente) revela pH de 7,38, Paco2 de 33 mmHg, Pao2 de 68 mmHg e HCO3 de 21 mEq/L.
Exame de imagem:
A radiografia de tórax revela a presença de uma pequena efusão pleural
Etiologia
A causa mais comum é de forma idiopática, causada por consumo de alcool
Outras causa incluem
Hipertrigliceridemia
Hipercalcemia
Malignidade pancreática
Pós-colangiopancreatografia retrógrada (CPRE)
Infecções (caxumba, micoplasma...)
Medicamentos (furosemida)
Condições autoimunes
Pancreas divisum
Neoplasia mucinosa papilar intraductal
Disfunção no esfíncter de Oddi
Hereditariedade
Pancreatite aguda autoimune esclerosante
Em 80% dos casos idiopáticos encontra-se a presença de microlitíase ou sedimento biliar
Em 10 a 20% dos casos são considerados idiopáticos
Complicações
Cardíaco
Há falência aguda do miocárdio em decorrência do processo inflamatório agudo
Metabólico
Ocorrem hiperglicemia em decorrência da falência pancreática, acidose metabólica, hipocalcemia na fase aguda
Renal
Os fluídos que ocorre na fase aguda da pancreatite leva a um volume intravascular, podendo ser como insuficiência renal aguda
Outros
Fazem parte gastrite hemorrágica, úlcera de estresse, necrose
Pulmonar
Podem ocorrer atelectasia, derrame pleural e síndrome da angústia respiratória na fase aguda da pancreatite
Sistêmico
Coagulação intravascular disseminada, disfunção de múltiplos órgãos e sistemas e choque hipovolêmico
Podem acontecer a qualquer momento da sua evolução
As causas de mortalidade nas duas primeiras semanas são relacionada á Síndrome Inflamatória Sistêmica
Local
Na fase aguda, podem ocorrer hemorragia e necrose nos processos mais intensos
Classificação
Classificação de Balthazar
Extensão da inflamação pancreática
C: Qualquer uma das anteriores além de alterações inflamatórias peripancreáticas e <30% de necrose da glândula
D: Qualquer uma das anteriores além de coleção única de fluidos extrapancreáticos e 30% a 50% de necrose da glândula
B: Aumento focal/difuso da glândula; pequena coleção de fluidos intrapancreáticos
E: Qualquer uma das anteriores além de extensa coleção de fluidos extrapancreáticos, abscesso pancreático e >50% de necrose da glândula
A: Normal
Classificação patológica geral
Características patológicas/histológicas
Pancreatite edematosa
O parênquima pancreático e as estruturas retroperitoneais ao redor estão ingurgitados com líquido intersticial e infiltração das células inflamatórias
Pancreatite hemorrágica
Sangramento para o parênquima e estruturas retroperitoneais ao redor com necrose pancreática extensa
Classificação de Atlanta
Classifica como leve, moderada ou grave
Aguda moderadamente grave
Presença de falência transitória de órgãos (resolutiva em 48h) e/ou complicações locais ou exacerbações de comorbidades
Aguda grave
Falência persistente de órgãos (>48h). As complicações locais são as coleções peripancreáticas de fluídos, a necrose pancreática e peripancreáticas, o pseudocisto e necrose delimitada
Pancreatite aguda leve
mais comum, sem falência de órgãos ou complicações locais/sistêmicas, normalmente remite na primeira semana
TRATAMENTO
PA leve
jejum
hidratação
IBP
antiemético
analgesia
meperidina (dolantina) ou morfina
PA grave
UTI
jejum - SNG
reposição volêmica
controle eletrolítico
analgesia
suporte nutricional
ATB
PA com necrose infectada: metronidazol + ciprofloxacino ou impenem
EXAMES LABORATORIAIS
AMILASE e LIPASE isolados nao fazem diagnóstico de pancreatite aguda
1/5 dos pacientes tem amilase normal
Amilase: aumenta em algumas horas e diminui 3 a 5 dias
pode ser normal em pancreatite alcoolica e hipertrigliceridemia
Lipase: mais específica e mantém elevação por mais tempo
Fisiopatologia
Insulto → fusão de lisossomos + granulos de zimogênios → ativação enzimática dos ácinos (catepsina B)
Vai resultar em
AUTODIGESTÃO TECIDUAL
IL-1, IL-2, IL-6, TNF- alfa
Lesão endotelial, neutrófilos, cascata de coagulação
Ruptura de vasos → hemorragia → falência de múltiplos órgãos
Principais fatores diagnósticos
Comuns
Presença de fatores de risco
Mulheres de meia idade, homens jovens até meia idade, cálculos biliares, bebida alcoólica, hipertrigliceridemia, uso de medicamentos, CPRE, HIV/AIDAS, LES, síndrome de Sjögren
Náuseas e vômitos
Anorexia
Dor abdominal
Sinais de hipovolemia
Turgor da pele, membranas mucosas secas, hipotensão e sudorese, taquicardia e/ou taquipnéia
Incomuns
Sinal de Grey-Turner
Descoloração azul bilateral do flanco
Sinal de Fox
Equimose ao longo da área do ligamento inguinal
Sinal de Chvostek
Espasmo muscular facial
Hipocalcemia
Sinal de Cullen
Descoloração azul periumbilical
Hipotensão
Distensão abdominal
EXAMES COMPLEMENTARES
SANGUE
Hemograma
PCR
Pesquisa de distúrbios hidroeletrolíticos: NA, K, U, Cr, gasometria
Enzimas hepáticas e pancreáticas
IMAGEM
RX
USG - TODO MUNDO
TC com contraste, melhor em 5 dias, mas na dúvida fazer antes
RM
QUADRO CLÍNICO
Dor abdominal
dor epigástrica/ abdome superior
irradiação dorsal, tórax ou flancos
intensidade e localização NÃO tem relação com a gravidade
Náuseas e vômitos - importante, pedir enzimas pancreáticas
Forma grave
SIRS/ sepse
Instabilidade hemodinâmica, IRA, insuficiência respiratória, etc.
Definição
Processo inflamatório agudo decorrente da autodigestão do pâncreas causado pelas próprias enzimas pancreáticas
GRUPO 1 - ALUNOS:
Ana Lima, Ana Leticia Parizi, Eloize Casagrande, Ester Mairesse, Fernanda Paula, Laís Tavares, Laura Rosi, Gabriel Freitas, Marina Chaves, Sara Barros, Beatriz Oliveira, Karyme Aota, Heloene Machado, Gabriela Moreira.