ESCROTO AGUDO e PARAFIMOSE

Epididimite

Definição

Quadro clínico

Tratamento

Diagnóstico

Definição

Torção testicular

Etiologia

Considerado uma urgência urológica

Definido como quadro dolorido súbito com aumento de volume da bolsa testicular, geralmente unilateral, com edema e rubor

Ocorre quando prepúlcio não pode ser retraído para expôr a glande.

Tipos

Extravaginais

Intravaginais

Ocorre em testiculos não descidos

Qualquer idade, principalmente puberdade

Anomalia de fixação do testiculo, permitindo que ele e o epidídimo flutuem livremente

Defeitos anatômicos congênitos

Badalo de sino

Recém nascidos

Fixações da túnica vaginal e do gubernáculo ao músculo dartos são frouxas

O prepúlcio pode ter uma cobertura estenótica que ao forçá-lo provoca edema, dor e perda do fluxo na extremidade .

10% das torções

90% dos casos

Considerado uma emergência urológica

Alunos: Anna Elysa Cabral, Silvio C, Jordana Roque, Pedro Paulo, Mayara Soares, Lucas Quintanilha, Stephanny Moreira, Priscila Moreira, Nelly Rubino

Referências bibliográficas: UpToDate, urgências urológicas não traumáticas

Quadro clínico

Diagnóstico

Tratamento

2022-09-14 09_52_59.572-0300

Dor testicular de início súbito

Associado à náuseas e vômitos

Aumento do volume da bolsa escrotal ao lado da lesão

Eritema e calor

Elevação e horizontalização do testículo afetado - Sinal de Angell

Perda do reflexo cremastérico ipsilateral

Complicações

Curto prazo

Infarto do testículo

Dano testicular permanente

Perda do testículo

Longo prazo

Infertilidade secundária à perda testicular

Período variável

Torção recorrente

Implicação psicológica

Deformidade estética

Sinal de Prehn

Diante elevação testicular, percepção dolorosa não diminui

Sinal de Brunzel

USG de escroto com Doppler colorido

Avalia

Anatomia do cordão espermático

Fluxo sanguíneo

Diminuído

Ausente

Cintilografia escrotal

Avalia irrigação sanguínea dos testículos

Inflamação do epidídimo

Cirúrgico

Foco de reverter a torção e restabelecer o fluxo sanguíneo de forma adequada para o testículo

Após distorção cirúrgica, realiza-se orquidopexia bilateral

Fixação testicular contralateral

Em casos de necrose testicular

Necessidade de orquidectomia

Retirada de testículo sem vitalidade

Colocação de prótese

Distorção manual

Tentativa de diminuir grau de isquemia

Não descartar tratamento cirúrgico

Medial -> lateral

Causa + comum no adulto de escroto agudo

Etiologia

Viral

Bacteriana

Idiopática

Quadro clínico

Início insidioso

Presença de sinais flogísticos

Eritema

Dor

Rubor

Aumento volume testicular

Epidídimo doloroso e espesso

Pode evoluir para orquiepididimite

Orquiepididimite = inflamação de epidídimo + testículo

Diagnóstico

História clínica

Exame físico

Exames laboratoriais (hemograma e urinálise+cultura )

Exames de imagem ( USG escrotal com Doppler)

Tratamento

Gram negativas e positivas

Medidas gerais

Repouso relativo

Gelo

Suspensão escrotal

Indicado para alívio das dores testiculares e redução da tensão de tendões e músculos da região escrotal

Analgésicos/ Anti-inflamatórios

Antibióticos

Ciprofloxacino

10-14 dias

Orquite

Inflamação aguda de testículo

Pouco frequente isoladamente

Ocorre juntamente a epididimite

Orquiepididimite

Pós infecção por caxumba

Orquite pós parotidite

Causa mais habitual

Etiologia: viral

Acomete 30% dos jovens adultos

Sintomas aparecem após 7 dias da parotidite

Unilateral (70% dos casos )

Início insidioso

Etiologia

Viral

Bacteriana

Idiopática

Diagnóstico

História clínica

Exame físico

Sinais flogísticos na região do escroto

Testículos aumentados e dolorosos

Dor/ edema/ rubor

Exames laboratoriais

Hemograma / urinálise + cultura

Exames de imagem

USG com Doppler

Tratamento

Medidas gerais ( repouso/ suspensão escrotal/ gelo)

Analgésicos/ anti-inflamatórios/ antibióticos

Escroto= Saco musculocutâneo em que estão contidos os testículos e os epidídimos

Dor

Inchaço na ponta do pênis

Hipermemia ou descoloração na ponta do pênis

Edema

Clínico

Cirúrgico

Postectomia ou
Circuncisão

Retirada do prepúcio

Anestesia local

Sedação anestésica

Reduzir inchaço do pênis

Aplicação de gelo

Recobrir a glande pelo prepúcio

Sem necessidade de exame complementar

Forma manual

Lubrificação do prepúcio e glande

Pequena incisão

Aliviar constrição

Evitar risco de necrose

Crianças

Extração formada do prepúcio para limpeza

Colocação de cateter urinário

Procedimentos como cistoscopia e exame peniano

Adolescentes

Masturbaçao

Ereção espontânea

Gangrena de Founier

Definição

É uma fasceíte necrosante do períneo que frequentemente envolve o escroto.

Epidemiologia

Pacientes diabéticos

Cateteres uretrais de longa gata

Trauma uretral

Manifestações clínicas

Dor intensa

Edema tenso

Crepitação

Gás subcutâneo

Manifestações gerais

Febre

Taquicardia

Hipotensão

Diagnóstico

TC e RNM

Podem mostrar ar ao longo dos planos faciais ou envolvimento de tecidos mais profundos

Não devem atrasar a exploração cirúrgica

Manejo

Exploração cirúrgica com desbridamento do tecido necrótico

ATB de amplo espectro

Suporte hemodinâmico conforme necessário

Um adolescente de 17 anos chega ao serviço de emergência (SE) após ter desenvolvido manifestação aguda de uma dor intensa no testículo direito, há cerca de 4 horas, enquanto jogava futebol. O paciente nega ter sofrido traumatismo recente na área, febre, disúria ou secreção peniana. Embora ele esteja nauseado, não há dor abdominal nem vômito.

Ao exame, sua temperatura é de 37,5ºC, a pressão arterial está́ 138/84 mmHg, a frequência cardíaca é de 104 bpm e a frequência respiratória é de 22 mpm. O paciente apresenta desconforto agudo em consequência da dor. Sua condição abdominal é benigna. À inspeção visual, o paciente apresenta inchaço e eritema escrotal de lado direito, na ausência de secreções ou lesões penianas. Devido à sensibilidade escrotal intensa e difusa, é difícil examinar a região de forma mais detalhada. Entretanto, não ocorre subida testicular quando a porção interna da coxa do paciente é golpeada. O exame de urina mostrou a presença de 3 a 5 leucócitos sanguíneos/campo de maior aumento (CMA).

Um menino, não circuncisado, de 6 meses de idade é trazido à clínica pediátrica com história de 24 horas de edema peniano. Os pais observaram que estava difícil retrair o prepúcio. Durante o banho, na noite anterior, a mãe finalmente conseguiu retrair o prepúcio por completo. Na clínica, o prepúcio permanece retraído atrás da glande, que está edematosa e ingurgitada. O lactente parece sentir dor quando o pênis é manipulado.

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Manobra para retorno da parafimos à fimose

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Compressão do anel fibrótico a baixo da glande

Realocação da glande para dentro do prepúcio