ESCROTO AGUDO
TORÇÃO TESTICULAR
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
CONCEITO
Torção do cordão espermático que pode ser extravaginal ou intravaginal. Sendo que a primeira ocorre em RN quando o testículo desce e
gira em torno do cordão espermático antes de fixar-se à parede escrotal posterior. Já a segunda pode acontecer em qualquer idade, sendo mais recorrente na puberdade. Essa acontece por uma anomalia de fixação do testículo, que geralmente é em forma de badalo de sino.
Torção do apêndice
testicular
Dor localizada na parte superior do testículo com início mais gradual.
USG com doppler colorido mostrando um fluxo sanguíneo aumentado.
Pode ter edema e hiperemia da bolsa, e não está associada à vômitos e náuseas.
Orquiepididimite
Um processo inflamatório que geralmente é a evolução da epididimite.
sinal de Prehn positivo
Dor e edema desenvolvem de maneira mais lenta.
USG com Doppler colorido: epidídimo
está dilatado e hiperêmico
EF: blue dot com transiluminação
TRATAMENTO
Exploração cirúrgica urgente com distorção intraoperatória e fixação testicular (orquipexia).
Distorção manual
Se a cirurgia não estiver disponível em 2h.
Períodos >8h, avaliar orquiectomia.
Exploração cirúrgica ainda é necessária (orquipexia).
Preditores de sucesso:
Alívio da dor.
Conversão posição transversal para longitudinal.
Retorno pulsações arteriais normais no USG doppler.
Posição inferior do testículo no escroto.
Taxas de viabilidade do tratamento (testículo funcional)
Analgésicos podem mascarar o quadro de melhora.
●Detorção dentro de 4 a 6 horas: 97 a 100% viabilidade
●Detorção após 12 horas: viabilidade de 20 a 61%
●Detorsão após 24 horas: viabilidade de 0 a 24%
PARAFIMOSE
CONCEITO
Prepúcio com abertura estenótica, quando é retraído e fica preso no sulco belanoprepucial.
FATORES DE RISCO
CLASSIFICAÇÃO
FATORES DE RISCO
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
EXAME FÍSICO
Dor testicular
Surge e desaparece?
Intermitente?
Não alivia com a elevação do escroto
Inchaço ou edema escrotal
Eritema escrotal
Sensibilidade quando posicionado horizontalmente (testiculo afetado)
Testículo alto
Reflexo cremastérico
Ausente
Lado afetado
Inspeção e palpação
EXAME FÍSICO
Dor no pênis
Retração de tecido do prepúcio na glande
Edema
Tecido escuro
Eritema
Quadro clínico
DOR ESCROTAL
Início súbito
Intensidade progressiva
Náuseas e vômitos associados
Pode surgir e depois já desaparece
Sintomas infecciosos geralmente não estão presentes
Tempo de evolução?
Exames complementares
Ultrassom doppler colorido
Power Doppler
Ultrassom em escala cinza
Cintilografia
Hemograma, PCR, Uruálise
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Reações alérgicas
Picada de inseto
Fimose
Prepúcio não retrátil
Quadro clínico
Adultos
Dor no pênis
Crianças
Sintomas obstrutivos de micção
Determinar a duração do episódio
TRATAMENTO
Inchaço
Redução da parafimose
Controle da dor
Local
Gel de lidocaína
Opióides parenterais
Redução de inchaço
Gelo
Compressão
Uso de agente osmótico local
Redução manual
Postectomia
Anestesia local e regional
Infiltração local
Bloqueio nervo peniano dorsal
Lidocaína 1% s/ vasoconstritor
Tração com fórceps (caso haja falha na redução manual)
Pinça Babcock
Pinças de Adson
Idade < 25 anos
Neonato
Raro
Deformidade em badalo de sino
90% dos casos de torção intravaginal
Trauma/exercício
Criptoquirdia
Ausência de circuncisão
Cateterismo urinário
Fimose
Infecção bacteriana ou parasitária
Circuncisão inadequada
Em crianças
Anel fimótico retraído
Prepúcio edematoso
Abertura estreita do prepúcio
Obstrução urinária aguda
Fluxo urinário reduzido
Esforço a micção
Sensação de esvaziamento incompleto
Dor no penis
Dependência de um cuidador
FISIOPATOLOGIA
Intra-vaginal
Extra-Vaginal
Defeito na Túnica Vaginalis
Torção intravaginal
Torção extravaginal
Não há aderência
Rotação do testículos
Mais comum
RN com testículo necrosado
Rara
Período perinatal
Defeito na fixação no polo inferior
O testiculo desce e gira em torno do cordão espermático
Antes de se fixar a parede escrotal posterior
Sinal Badalo de Sino
Torção Testicular
Comprometimento venoso
Comprometimento arteial
Isquemia testicular
fixação anormal (alta) da túnica vaginal ao cordão espermático
Rotação testicular dentro da bolsa
Mesorquio longo
Quando longo, pode permitir que os testiculos se torçam e o epidídimo se mantenha fixo
FISIOPATOLOGIA
Aprisionamento no prepúcio
Comprometimento do fluxo
Linfático
Venoso
Arterial
Comprometimento de vasos bulbares
Infarto da Glande
ANATOMIA
Fixação do Testículo
Cordão Espermético
Hilo Testicular
Gubernáculo
Polo inferior do testículo
ETIOLOGIA
Homens qualquer idade
Relacionado a defeito anatômico
Anomalia de fixação testicular(badalo de sino)
Mesórquio longo
Relacionado ao trauma
Neonatos
Desconhecido e geralmente não se identifica alterações anatômicas
ETIOLOGIA
Pênis não circuncisado
Retração prepúcio sem retorno
Higiene deficiente
Relações sexuais (não circuncisado e com fimose)
Piercing peniano
Infecções parasitárias
Líquen escleroso
Circuncisão inadequada
Hemangioma do pênis