INFECÇÕES CONGÊNITAS

SÍFILIS

CITOMEGALOVÍRUS

HERPES

TOXOPLASMOSE

RUBÉOLA

ZIKA VÍRUS

Transmissão

Oral (mais frequente)

Vertical

Quadro clínico

Geralmente assintomático

Pode ter

Febre baixa

Adenomegalia cervical

Diagnóstico

Dados epidemiológicos

Quadro clínico

Exames laboratoriais

Métodos indiretos (ex: sorologias)

Métodos diretos (ex: PCR líquido amniótico, placenta tecidos maternos)

Mais usados

Tratamento

Antes de 16 semanas

Espiramicina 1g (2cp de 500mg 8/8h)

Amniocentese

Depois de 16 semanas

Se bebê infectado inicia o esquema tríplice

Sulfadiazina

Pirimetamina

Espiramicina

Se bebê não infectado manter o uso só da espiramicina (até o final da gestação)

Ingesta de carne mal passada

Rastreio universal para todas gestantes no 1 trimestre (sorologia na primeira consulta)

Definição

Classificação

O acometimento fetal é maior no primeiro trimestre da gestação, com maior risco de infecção nos trimestres subsequentes

Definição

Doença infecciosa resultante de transmissão do parasita Toxoplasma gondii de uma mãe infectada quando este ultrapassa a barreira placentária chegando ao feto

Infecção bacteriana sistêmica causada pelo T. pallidum, crônica, grave, potencialmente fatal, porém tratável

Quanto à evolução

Quanto à evolução clínica

Recente

Tardia

Primária

Secundária

Terciária

Latente

até 1 ano de evolução

+1 ano de evolução

Maior transmissibilidade

Transmissão

Sexual

Vertical

Contato direto com lesões de pele, mucosas, canal de parto

Quadro clínico

Primária

Secundária

Latente

Terciária

Cancro duro + linfoadenomegalia regional

Linfonodomegalia generalizada

Lesões acinzentadas nas mucosas, lesões pápulos-eritematosas

Erupção cutânea

Manifestações neurológicas

Febre baixa, adenomegalia, mialgia

Assintomática

Gomas sifilíticas

Acometimento cutâneo, ósseo, cardiovascular, e/ou neurológico

Tabes dorsalis

Perda da sensibilidade propioceptiva

Marcha característica

Diagnóstico

Métodos diretos

Testes imunológicos

Testes treponêmicos

Testes não treponêmicos

Teste rápido

ELISA IgM e IgG

FATAAbs IgM e IgG

VDRL

RPR

Se TR+ e VDRL+: diagnóstico de sífilis ou cicatriz sorológica

Tratamento

Sífilis recente: penicilina benzatina 2.400.000 UI

Sífilis tardia: penicilina benzatina 2.400.000 UI 7/7 dias (7.200.000 UI)

Neurossífilis: penicilina cristalina 4.000.000

Lembrar de tratar o parceiro

Seguimento do bebê

Clínico: puericultura

Laboratorial: VDRL 1, 3, 6,12 e 18 meses

Consultas audiológicas e oftalmológicas semestrais até os 2 anos

Definição

Doença aguda, de alta contagiosidade, que é transmitida pelo vírus do gênero Rubivirus, da família Togaviridae

Transmissão

Contato direto com a saliva ou o muco de uma pessoa infectada

Gotículas respiratórias produzidas ao tossir ou espirrar

Quadro clínico

Os sintomas costumam aparecer de duas a três semanas após a exposição, e também incluem febre baixa e dor de cabeça

Consequências para o feto

Tríade clássica

Surdez neurossensorial

Malformações cardíacas

Catarata

Púrpura

Hepatomegalia

Microcefalia

Transmissão

Quadro clínico no lactente

Definição

Diagnóstico

O CMV é um vírus da família do vírus Herpes que pode ser adquirido no período pré ou perinatal, sendo a infecção viral congênita mais comum

Aquisição transplacentária de infecção materna primária ou recorrente

Pneumonia, hepatoesplenomegalia, hepatite, trombocitopenia, síndrome semelhante à sepse e linfocitose atípica

Na gestante

No lactente

Análise do líquido amniótico pela amniocentese

Até 6 a 7 semanas após o início da infecção materna

Após 21 semanas de gestação

O vírus se torna detectável somente após 7 semanas de infecção fetal

Definição e transmissão

A infecção neonatal pelo herpes-vírus simples é, geralmente, transmitida durante o parto. Um sinal típico é erupção vesicular, que pode acompanhar ou progredir para doença disseminada

Quadro clínico

Infecção herpética primária

HSV- 1 e HSV-2

Indicação de parto cesáreo

Infecção recorrente

Diagnóstico

Cultura do vírus

Imunofluorescência

Microscopia eletrônica

PCR

Tratamento

Altas doses de aciclovir parenteral

Cuidados de suporte

Hidratação adequada, alimentação, suporte respiratório, correção das anormalidades de coagulação e controle das convulsões

ALUNA: Maria Clara Rodrigues Clínica Integrada III

Definição

A infecção por vírus Zika é uma infecção viral transmitida por mosquitos que, normalmente, não causa nenhum sintoma, mas pode causar em uma mulher grávida causa microcefalia e anormalidades oculares no bebê

Quadro clínico

Microcefalia, desproporção facial, craniossinostose, hipertonia/espasticidade, hiperreflexia

Convulsões, irritabilidade, anormalidades oculares e perda auditiva neurossensorial

Diagnóstico

Testes laboratoriais para detectar o vírus Zika

ELISA de imunoglobulina M (IgM) sérico/LCR

rRT-PCR soro/urina/LCR

Se presença de RNA do vírus Zika no soro, urina ou LCR coletados nos primeiros 2 dias após nascimento o diagnóstico é confirmado

Avaliação auditiva

Tratamento e acompanhamento

Cuidados de suporte

Fazer repouso

Líquidos para prevenir a desidratação

Paracetamol para aliviar a febre e as dores

Não tomar aspirina e/ou outros AINEs até que se tenha descartado dengue

USG a cada três a quatro semanas para monitorar o desenvolvimento do feto

Quando a gestante é infectada por um dos agentes relacionados à TORCHS+Z pode ocorrer transmissão para o feto e resultar em aborto espontâneo, óbito fetal ou anomalias congênitas, principalmente alterações do SNC