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Modelos de compreensão da Deficiência - Coggle Diagram
Modelos de compreensão da Deficiência
Modelo Biomédico
Deficiência vista como consequência natural da lesão em um corpo, e a pessoa deficiente como objeto de cuidados médicos.
Deficiência entendida como problema individual, ou seja, "tragédia pessoal"
Defendia que a experiência de opressão e exclusão decorreria das limitações corporais desses sujeitos
Acreditava que a experiência da opressão era condição natural de um corpo com
lesões
Afirmava que a experiência de segregação, desemprego e baixa escolaridade, entre tantas outras variações da opressão, era causada pela inabilidade do corpo lesado para o
trabalho produtivo
Perspectiva caritativa e assistencialista
Lógica de causalidade
Lesão levava à deficiência
Ou seja, uma desvantagem natural
O problema estava na lesão
Estabelecia uma relação de causalidade
entre lesão e deficiência
Deficiência como resultado de uma lesão
Modelo Social
Deficiência vista como uma questão eminentemente social
Contextos poucos sensíveis à diversidade é o que segrega o deficiente
Compreendia a deficiência como
o resultado da interação de um corpo com lesão em uma sociedade discriminatória
Ou seja, uma experiência vivenciada pelo indivíduo
A deficiência passou a ser compreendida como uma experiência de opressão compartilhada
por pessoas com diferentes tipos de lesões
Definia a deficiência
não como uma desigualdade natural, mas como uma opressão exercida sobre o corpo deficiente
As causas da segregação e da opressão sofrida por essas pessoas não seria a condição delas e sim nas barreiras sociais que dificultavam ou impediam suas vivências
Os teóricos não recusavam os benefícios dos avanços biomédicos para o
tratamento do corpo com lesões
A ideia era ir além da medicalização da lesão e
atingir as políticas públicas para a deficiência
A luta política era por retirar as barreiras e permitir a participação dos deficientes
no mercado de trabalho
O deficiente seria uma pessoa tão potencialmente produtiva como o não-deficiente, sendo apenas
necessária a retirada das barreiras para o desenvolvimento de suas capacidades
Sistemas sociais opressivos
levavam pessoas com lesões a experimentarem a deficiência
Deficiência decorrente dos arranjos sociais opressivos às pessoas com lesão
Primeira Geração:
Marxista
alargou a compreensão da deficiência como uma questão multidisciplinar
e não exclusiva do discurso
médico sobre a lesão
buscou esforço acadêmico por instituir centros de pesquisa e cursos sobre deficiência
nas humanidades
promoveu uma leitura sociológica: a de que a experiência da opressão pela deficiência era resultado da ideologia capitalista
materialismo histórico
Segunda Geração:
Feminista
a crítica ao princípio da igualdade pela independência
a emergência do corpo com lesões
a discussão sobre o cuidado
projeto de igualdade e justiça para os deficientes
O argumento de que a eliminação das barreiras permitiria que os deficientes demonstrassem sua capacidade e potencialidade produtiva
Ideia duramente criticada pelas
feministas, pois era insensível à diversidade de experiências da deficiência
O feminismo considerou prioritária a interdependência
Pois a sobrevalorização da
independência é um ideal perverso para muitos deficientes incapazes de vivê-lo
Isso porque há deficientes que jamais
terão habilidades para a independência ou capacidade para o trabalho, não importa o quanto as barreiras sejam eliminadas
O princípio de que a independência seria uma meta alcançável por meio da eliminação de barreiras foi reforçado a tal ponto que discutir as necessidades específicas do corpo com lesões se converteu em tabu político
Com o argumento de que todas as pessoas
são dependentes em diferentes momentos da vida, seja na infância, na velhice ou na experiência de
doenças, um grupo de feministas introduziu a ideia da igualdade pela interdependência como princípio
mais adequado à reflexão sobre questões de justiça para a deficiência