PAIF
Tipificação dos serviços socioassistenciais
Caderno de orientações do PAIF - Volume 1
Caderno de orientações do PAIF - Volume 2
Documentos importantes:
Aquisições dos usuários:
Segurança de Acolhida
Segurança de Convívio familiar e comunitário
Segurança de desenvolvimento de Autonomia
Tem a ver com as seguranças socioassistenciais
Quando vamos pensar em ações, oficinas, grupos, eventos, etc. é importante ter clareza sobre qual aquisição se pretende garantir ao usuário. Qual o objetivo?
Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família
Consiste no trabalho social com famílias
Caráter continuado
Finalidades/objetivos:
Prevenir a ruptura de seus vínculos familiares e comunitários, possibilitando a superação de situações de fragilidades sociais vivenciadas
Promover acesso aos demais serviços setoriais, contribuindo para o usufruto de DIREITOS
Fortalecer a função protetiva da família, contribuindo na melhoria de sua qualidade de vida
Prevê:
O desenvolvimento de potencialidades e aquisições das famílias
O fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários
Por meio de ações de caráter: :
Preventivo
Protetivo
Proativo
Oferta obrigatória e exclusiva nos CRAS
Promover aquisições sociais e materiais às famílias, potencializando o protagonismo e a autonomia das famílias e comunidades
Promover acesso a benefícios, programas de transferência de renda e serviços socioassistenciais, contribuindo para a inserção das famílias na rede de proteção social da assistência social
Apoiar famílias que possuem, dentre seus membros, indivíduos que necessitem de cuidados, por meio da promoção de espaços coletivos de escuta e troca de vivências familiares
Centrar esforços em intervenções que visam amparar, apoiar, auxiliar, resguardar, defender o acesso das famílias e seus membros aos seus direitos. Assim, a PSB deve incorporar em todas as intervenções o caráter protetivo, envidando esforços para a defesa, garantia e promoção dos direitos das famílias.
Está ligada ao reconhecimento, à tomada de responsabilidade e à intervenção frente a situações-problema que obstaculizam o acesso da população aos seus direitos, mas que ainda não foram apresentadas como tal. A ação proativa tem por foco intervir nas circunstâncias que originaram as situações de vulnerabilidade e risco social, possibilitando a criação de instrumentos que permitem prever ocorrências futuras, bem como o contínuo aperfeiçoamento da ação, de modo a efetivar, o mais rápido possível, o acesso das famílias aos seus direitos.
Ser PROATIVO no âmbito da PSB é tomar iniciativa, promover ações antecipadas ou imediatas frente a situações de vulnerabilidade ou risco social, vivenciadas pelas famílias ou territórios, não esperando que a demanda "bata à sua porta".
A ação preventiva tem por escopo prevenir ocorrências que interfiram no exercício dos direitos de cidadania. Assim, a prevenção no âmbito da PSB denota a exigência de uma ação antecipada, baseada no conhecimento do território, dos fenômenos e suas características específicas (culturais, sociais e econômicas) e das famílias e suas histórias. O caráter preventivo requer intervenções orientadas a evitar a ocorrência ou o agravamento de situações de vulnerabilidade e risco social, que impedem o acesso da população aos seus direitos.
Público:
Famílias em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, do precário ou nulo acesso aos serviços públicos, da fragilização de vínculos de pertencimento e sociabilidade e/ou qualquer outra situação de vulnerabilidade e risco social.
Isso não significa que todas as famílias residentes nos territórios de abrangência dos CRAS e que vivenciam tais situações precisam ser obrigatoriamente inseridas no PAIF. O atendimento pelo Serviço deve ser de total interesse e concordância das famílias, precedido de análise da equipe técnica.
Público Prioritário:
- Famílias beneficiárias de programa de transferência de renda e dos benefícios socioassistenciais;
- Famílias que atendem os critérios dos programas de transferência de renda e de benefício assistenciais, mas que ainda não foram contempladas;
- Famílias em situação de vulnerabilidade em decorrência de dificuldades vivenciadas por algum de seus membros;
- Famílias com PCD e/ou idosas que vivenciam situações de vulnerabilidade e risco social.
AUXÍLIO BRASIL E BPC
Impacto esperado:
Mapa mental por: Marcelle Santos Aleixo - Psicóloga e trabalhadora do SUAS
Redução da ocorrência de situações de vulnerabilidade social no território de abrangência do CRAS
Prevenção da ocorrência de riscos sociais, seu agravamento ou reincidência no território de abrangência do CRAS
Aumento de acessos a serviços socioassistenciais e setoriais
Melhoria da qualidade de vida das famílias residentes no território de abrangência do CRAS
ALERTAS:
O trabalho social com famílias desenvolvido no PAIF não engloba atendimentos jurídicos, compreendidos como disponibilização de advogados ou outros profissionais para aconselhamentos jurídicos ou representação de causas.
Não cabe à equipe técnica do CRAS responder diretamente demandas das instâncias do Poder Judiciário
As ações do PAIF não devem possuir caráter terapêutico.
De forma alguma o profissional do CRAS deve justificar a prática clínica nessa Unidade pela ausência serviços que oferecem essas ações no seu território ou pela necessidade da população não contemplada pelas políticas sociais responsáveis pela oferta de atendimento clínico.
O trabalho social do PAIF deve utilizar-se também de ações nas áreas CULTURAIS para o cumprimento de seus objetivos.
CRAS Itinerantes e equipes volantes: PODE
AÇÕES DO PAIF
Acolhida
Oficinas com Famílias
Ações comunitárias
Ações Particularizadas
Encaminhamentos
Processo de contato inicial de um indivíduo ou família com o PAIF - não raras vezes é o primeiro contato "qualificado da família com o SUAS. Escuta de necessidades e demandas trazidas pelas famílias, bem como de oferta de informações sobre as ações do Serviço, da rede socioassistencial, em especial do CRAS e demais políticas setoriais.
Ação ESSENCIAL do PAIF
Acolhida particularizada
Acolhida de uma família ou de algum de seus membros - de modo particularizado
Pode ser no CRAS ou no Domicílio
Acolhida em grupo
Realizada de modo coletivo, com a formação de pequenos grupos para fins específicos como:
- repasse de informações gerais sobre o serviço;
- escuta das demandas gerais das famílias;
- compreensão dos impactos do território sobre tais demandas;
publicização e discussão de assuntos de interesse de um grande número de famílias ou da comunidade (informações sobre o BPC, PAB, outras p.p., etc...
Encontros previamente organizados, com objetivos de curto prazo a serem atingidos com um conjunto de famílias, por meio de seus responsáveis ou outros representantes, sob a condução de técnicos de nível superior do CRAS.
Tem por intuito suscitar reflexão sobre um tema de interesse das famílias, sobre vulnerabilidades e riscos, ou potencialidades, identificando no território, contribuindo para o alcance de aquisições, em especial, o fortalecimento dos laços comunitários, o acesso a direitos, o protagonismo, a participação social e a prevenção a riscos.
Ações de caráter coletivo, voltadas para a dinamização das relações no território. Possuem escopo maior que as oficinas com famílias, por mobilizar um número maior de participantes, e devem agregar diferentes grupos do território a partir do estabelecimento de um objetivo comum.
Tem como objetivo promover a comunicação comunitária, a mobilização social e o protagonismo da comunidade; fortalecer os vínculos entre as diversas famílias do território, desenvolver a sociabilidade, o sentimento de coletividade e a organização comunitária- por meio, principalmente, do estímulo à participação cidadã.
Palestras
Campanhas
Evento comunitário
Objetivam a promoção e defesa de direitos, o estímulo á convivência comunitária, o repasse de informações, a valorização da cultura local ou de grupos culturais e das potencialidades do território. Os eventos comunitários devem constituir momentos de promoção da intersetorialidade.
Atendimento prestado pela equipe do CRAS à família (um de seus membros ou todo o grupo familiar), após a acolhida, de modo individualizado.
Deverá ocorrer em casos extraordinários e tem por princípio conhecer a dinâmica familiar mais aprofundadamente e prestar um atendimento mais específico à fampilia.
As ações particularizadas não preveem encontros periódicos, ao contrário do acompanhamento particularizado.
Processo de orientação e direcionamento
Objetiva a promoção do acesso aos direitos e a conquista da cidadania.
Pressupõe contato prévio e posterior - acompanhamento do processo para efetivo atendimento e inclusão