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TRAUMAS GENITOURINÁRIOS - Coggle Diagram
TRAUMAS GENITOURINÁRIOS
TRAUMA DE PÊNIS
Realizar
ATB e debridamento
de tecidos acometidos, deixando para um segundo tempo os enxertos cutâneos
Se acometimento ureteral, realizar
derivação urinária
Em casos de amputação traumática considerar
reimplante
TRAUMA DE URETRA
Clínica:
dor pélvica, retenção urinária, uretrorragia (jamais passar sonda), sangramento prolongado, equimose genital. O toque pode ser normal exceto nos traumas de uretra posterior.
Diagnóstico:
Uretrografia Retrógrada (exame obrigatório. Se não houver extravasamento de contraste é uma contusão, e o tratamento é conservador.
Classificação de Godman
I - V
Tipo I: Alongamento e distração uretral sem ruptura;
Tipo II: Lesão parcial ou total de uretra na junção
membrano-prostática acima do diafragma
urogenital;
Tipo III: Lesão parcial ou total combinada, anterior e
posterior, com lesão associada de diafragma
urogenital;
Tipo IV: Lesão de colo vesical com extensão para
uretra prostática;
Tipo V: Lesão isolada ou associada da uretra anterior
Manejo
Drenagem dos tecidos aonde existir extravasamento, correção de condições hemodinâmicas, correto diagnóstico da topografia da lesão.
Contusão da Uretra Anterior
= ttt conservador
Laceração da Uretra Anterior
= cistostomia
Laceração da Uretra Posterior
= cistostomia + aguardar cicatrização do processo. A transecção completa quase sempre requer reparação cirúrgica.
O trauma de uretra feminina está mais associado a incontinência urinária do que a estenose (mais comum em homens).
Resolução do trauma de uretra feminina: cistostomia e/ou sondagem prolongada e/ou cirurgia reconstrutiva
OUTRA FORMA DE MANEJO
MEDCOF
SUSPEITA DE TRAUMA DE URETRA
URETROCISTOGRAFIA RETRÓGRADA
PENETRANTE = REPARO PRIMÁRIO *mas não precoce
CONTUSA
CISTOSTOMIA OU SONDAGEM POR UROLOGISTA
REPARO IMEDIATO É EXCESSÃO
OPÇÕES
URETROPLASTIA MUCOSA
ABORDAGEM TÉRMINO TERMINAL
CASO A CASO
A abordagem cirúrgica sempre possui um resultado e prognóstico mais favorável do que o tratamento endoscópico
Complicações
- Estenose de Uretra
Líquen Escleroatrófico (BXO)
Estenose de uretra peniana - bulbar
Uretrite
Estenose variável
Trauma
Estenose secundária a espongiofibrose
TRAUMA DE BEXIGA
Clínica:
o mecanismo do trauma pode ser decorrente de trauma fechado, trauma aberto - ferimentos penetrantes ou lesão iatrogênica
Fratura de bacia, hematúria macroscópica, distenção abdominal, anúria ou baixo débito urinário, dor suprapúbica, coágulos intravesicais, líquido livre intraperitoneal, íleo paralítico e aumento de ureia/creatinina
Classificação
Contusão
- trauma de parede, gerando em hematúria e hematoma pré vesical, sem extravasamento de urina
Ruptura Extra Peritoneal
- ocorre comumente na parede lateral, gerando extravasamento de urina para o retroperitôneo, ppal em fraturas pélvicas.
Ruptura Intra Peritoneal
- ocorre extravasamento de urina para o peritôneo, (urinomas), pode causar peritonite e sepse
Ruptura Espontânea
- muito rara e associada aos quadros de tumores de bexiga
Manejo
Solicitar UGE, USG ou TC (Rx) e nunca realizar sondagem vesical com uretroragia. Também nunca esperar por uretroragia para suspeitar de trauma de bexiga ou de uretra associado. Exame padrão ouro - cistografia retrógrada
Exploração cirúrgica (debridamento, rafia e drenagem da lesão no espaço pré vesical) + Cirurgia abdominal e retroperitoneal + ATB de amplo espectro
TRAUMA RENAL
Classificação
Contusão
- presença de equimose, hematoma subcapsular, com cápsula intacta e sem laceração de parênquima
Laceração menor
- ruptura do parênquima cortical sem envolver o sistema coletor e a região medular
Laceração maior
- ruptura do parênquima renal superior a 1 cm envolvendo cápsula medular profunda sem atingir o sistema coletor
Laceração Maior
- laceração do parênquima maior que 1 cm atingindo o córtex e resultando em extravasamento de urina ou com lesão vascular contida
Avulsão
- gera desvascularização renal ou rim totalmente fragmentado
Indicações para a exploração cirúrgica
Traumas penetrantes em flanco e abdômen, independente do grau de hematúria, contusões externas com hematúria importante, PAS < 90 mmHg, pctes hemodinamicamente estáveis (realizar TC - padrão ouro)
Diagnóstico - UGE, USG, TC e RX. Avaliar as indicações para Arteriografia
Tratamento
Na maioria das vezes é conservador - reposição volêmica + exames de imagem para seguimento (USG) + repouso + internação por 72 dias + retorno as atividades normais de 7 a 10d
Exploração Cirúrgica (10-20% dos casos)
Sang. persistente, hematoma retroperitoneal pulsátil ou com aumento de tamanho, lesões vasculares em pctes hemodinamicamente instáveis.
Indicações relativas - extravasamento urinário (nefrostomia) - trombose arterial e hematomas estáveis
Complicações:
precoces x tardias
TRAUMA DE URETER
Clínica das lesões iatrogênicas
- dor lombar, febre, íleo paralítico, fístula urinária no 10 dia de PO de cirurgias pélvico abdominais, ginecológicas e retroperitoneais.
Realizar USG ou TC para confirmação do diagnóstico
Ferimentos penetrantes (PAAF, PAB)
- Hematúria. Prosseguir com UGE - se dúvida TC - se dúvida - Pielografia Retrógrada :
Tratamento
Lesão Imediata
- Realizar Anastomose Primária
Trauma de 1/3 distal do ureter
- Reimplante (com ou sem bexiga psóica) + implantação de cat. duplo J
Se tardia (ou com infecção)
- Derivação Urinária + Cirurgia Reconstrutiva após melhora de hidronefrose e infecção
TRAUMA DE TESTÍCULO
Clínica: ruptura da túnica albugínea, sangramento, hematoma e equimose perineal.
Ao exame
= edema mole da bolsa, hematoma e massa escrotal sem transiluminação. Confirmação diagnóstica: USG
Traumas pequenos e sem ruptura da túnica albugínea
- AINEs + suspensório escrotal + bolsa de gelo. Na maior parte dos casos que cursam com ausência de lesão vascular, o testículo pode ser preservado.
Traumas extensos ou com hematocele - ou se dúvida diagnóstica:
exploração imediata da bolsa escrotal
Nunca usar material sintético para o fechamento da túnica albugínea devido ao alto risco de infecção local (nylon ou algodão).